Arquivo diários:29/01/2021

Presidente pegou ar com o vice: “Se alguém quiser escolher ministro, se candidate em 2022”

Mesmo após Mourão anunciar a demissão do seu assessor que estava articulando o impeachment de Bolsonaro,  Bolsonaro nadou um recado direto ao vice-presidente Hamilton Mourão, o presidente afirmou nesta quinta-feira (28) que cabe a ele escolher e demitir ministros, chamou seu vice de palpiteiro e disse que quem quiser escolher os membros do primeiro escalão do governo deve se candidatar nas próximas eleições presidenciais.

As declarações foram dadas um dia após Mourão ter sinalizado a demissão de Ernesto Araújo, ministro das Relações Exteriores.
Ao chegar ao Palácio do Alvorada, no final desta tarde, Bolsonaro foi questionado sobre as declarações de Mourão. Inicialmente, o presidente afirmou que não iria comentar o assunto, ironizando ao dizer que não sabia nada sobre trocas de ministros e que as perguntas deveriam ser destinadas a Mourão.

Após uma oração com os apoiadores, no entanto, mudou de opinião. Começou atacando a imprensa, por “semear discórdia” ao noticiar possíveis mudanças de ministros e completou em seguida que a situação se agrava quando membros do governo também aventam essas possibilidades.

“Eu lamento que gente do próprio governo agora passe a dar palpites no tocante à troca de ministros. O governo vai indo bem, apesar dos problemas que nós temos, e estou falando da pandemia que realmente deu uma atrapalhada em quase tudo”, afirmou o presidente.

“O que nós menos precisamos é de palpiteiros no tocante à formação do meu ministério. Deixo bem claro que todos os 23 ministros sou eu que escolho e mais ninguém. Ponto final. Se alguém quiser escolher ministro, se candidate em 2022 e boa sorte em 23”, completou.

Nesta quinta-feira, o presidente já havia feito um agrado ao seu chanceler, que o acompanhou em viagem ao nordeste.

“Eu sempre digo, se ministro meu for elogiado pela mídia, ele corre o risco de ser demitido. Sem querer generalizar a nossa mídia. Temos bons jornalistas. Mas os figurões da mídia o tempo todo criticam o nosso Ernesto Araújo. O nosso homem que faz as relações públicas com o mundo todo.”

Ernesto se encontrou em situação delicada a partir do momento em que o Brasil passou a necessitar de insumos chineses para a vacina contra o novo coronavírus. O chanceler era uma das principais vozes com ataques e críticas ao país asiático.

Em entrevista à rádio Bandeirantes, Mourão havia sido questionado sobre a situação do atual chanceler, nesse contexto. O vice-presidente então sinalizou que haveria mudanças ministeriais após a eleição no Congresso, sendo que Ernesto poderia sair.

“Não resta dúvida que tem alguns ministros que são destaque inconteste pela sua capacidade gerencial e sua visão estratégica. Não preciso citar nomes. Mas o caso específico que você colocou [Ernesto Araújo], na questão das Relações Exteriores, isso é algo que fica na alçada do presidente, né? Eu acho, julgo, não tenho bola de cristal para isso, nem esse assunto foi discutido comigo, que, num futuro próximo aí, após essa questão das eleições dos novos presidentes das duas Casas do Congresso, poderá ocorrer uma reorganização do governo para que seja acomodada a nova composição política que emergir deste processo”, disse Mourão.

“Então, talvez, nisso aí, alguns ministros sejam trocados e, entre eles, o próprio do Ministério das Relações Exteriores. Então, prefiro aguardar. Até porque esse assunto não foi discutido comigo em nenhum momento, e tudo o que eu puder falar aqui será pura especulação”, concluiu.

Na semana passada, houve rumores entre diplomatas brasileiros de que o ex-presidente Michel Temer poderia ser o substituto de Ernesto, mas a chegada do carregamento de vacinas da Índia ao Brasil pareceu, nos bastidores, dar uma sobrevida ao ministro.

Nesta semana, porém, parte do núcleo militar do governo passou a dizer que o desconforto com a figura do chanceler havia chegado “ao limite” por causa de seus embates com a China num momento crucial da pandemia e, de acordo com esses militares, a saída de Ernesto havia se tornado inevitável.

As declarações de Mourão nesta quarta foram interpretadas como forma de externar o sentimento que já dominava parte do setor militar e dos técnicos do Itamaraty.

Luciano Huck pode desistir de eleição presencial por vaga de Faustão, diz site


Após a notícia de que o apresentador Fausto Silva irá deixar o comando do Domingão após 32 anos na Globo despertou o interesse de diversas pessoas para a vaga na emissora. Além de nomes como Ivete Sangalo, o apresentador Luciano Huck está cogitando desistir de concorrer da eleição presidencial para ocupar este lugar. De acordo com a Veja, amigos do marido de Angélica dizem que a possibilidade de migrar para os domingos “abalou a convicção política”.

“Antes dessa notícia da saída do Faustão, eu juraria que o Luciano estaria na urna no ano que vem. Agora, com esse universo de possibilidades que se abre para ele no próximo ano, já não sei”, disse um amigo do apresentador. O posto aos domingos traria mais prestígio e valores financeiros.

De acordo com a coluna “Radar”, Luciano deixaria a Globo no meio do ano para concorrer ao cargo de presidente do Brasil em 2022. As especulações sobre sua possível candidatura já existiam há algum tempo.

Em setembro de 2019, a emissora emitiu uma nota informando que, caso Luciano decidisse entrar política, que deveria se desligar da empresa, e deixar o comando de seu programa “Caldeirão do Huck”, que está no ar há 20 anos.

Em 2018, o global disse que a candidatura à presidência nunca foi projeto pessoal. “Eu quero ajudar a construir um país mais justo. Uma pessoa como eu, que está há 20 anos rodando o país, eu sei onde estão os problemas, eu vi, ninguém me contou. Eu sei como esse país é injusto, como as pessoas moram mal”, falou.

Fábio Faria não é qualificado para ser Ministro, diz deputado

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O deputado estadual Francisco do PT não deixou barata a declaração do ministro Fábio Faria, que afirmou que o presidente Jair Bolsonaro é “o melhor governador do Rio Grande do Norte”. Questionado durante entrevista à 95MaisFM, nesta quarta-feira (27), o deputado disse que Fábio tinha que pedir desculpas ao RN pelo “péssimo” governo do pai dele, Robinson Faria e que ele só é ministro por causa da TV de seu sogro, Sílvio Santos, dono do SBT.

“Para dar pitaco sobre o Rio Grande do Norte talvez Fábio Faria não seja a pessoa mais indicada pelo péssimo governo do pai dele”, disse o parlamentar petista.

“Toda vez que Fábio se dirigir ao Rio Grande do Norte deveria ser para pedir desculpas”, acrescentou, ressaltando que Fábio é um deputado muito mais de São Paulo do que do Rio Grande do Norte.

“Se dependesse do trabalho dele como deputado federal do RN ele jamais seria ministro”, concluiu.

Grande Ponto

Um em cada 4 pacientes com coronavírus tem “língua de Covid”, diz pesquisa

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Um em cada quatro pacientes com coronavírus apresenta alterações na língua, de acordo com um novo estudo publicado no British Journal of Dermatology. Entre as principais modificações, os pesquisadores identificaram inchaço, feridas, protuberâncias na superfície da língua, reentrâncias e/ou manchas descoloridas. A sensação de queimação na boca também foi observada em uma pequena porcentagem dos participantes.

O estudo feito envolveu 666 pacientes com Covid-19 e pneumonia leve ou moderada do Hospital Universitário de La Paz, em Madri (Espanha). De modo geral, os sintomas apareceram em conjunto com a perda de paladar, sinal que já se tornou comum em pacientes infectados por Sars-CoV-2.

A alteração lingual mais comum observada na pesquisa foi a papilite lingual transitória, uma inflamação das pequenas saliências na superfície da língua. Mais de 6% dos pacientes tinham glossite, inflamação ou infecção que causa inchaço e mudança de cor na língua.

Outros 7% apresentaram estomatite aftosa, condição causada por úlceras bucais benignas e não contagiosas e 4% dos voluntários tinham saburra (camada composta de células descamadas da boca, bactérias, muco da saliva e restos alimentares que aderem à superfície da língua) branca irregular.

Estudo constata infecção simultânea por duas linhagens do coronavírus

Coro

Um estudo feito com pacientes do Rio Grande do Sul constatou que uma pessoa pode ser infectada ao mesmo tempo por diferentes linhagens do novo coronavírus, que causa a covid-19. A pesquisa foi feita pelo Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) do Ministério de Ciência e Tecnologia, pela Universidade Feevale e pela Rede Vírus.

A constatação foi feita ao analisar amostras de 92 pacientes do Rio Grande do Sul. Pelo menos duas pessoas registraram a chamada coinfecção, ou seja, a infecção simultânea por linhagens diferentes do novo coronavírus. Segundo os pesquisadores, a coinfecção com a variante E484K não havia sido descrita até o momento.

Ainda de acordo com os pesquisadores, a coinfecção é preocupante porque mistura genomas de diferentes linhagens, permitindo recombinações que resultam na evolução do vírus. Apesar disso, os dois pacientes tiveram apenas quadro leve e moderado e estão se recuperando sem necessidade de hospitalização.