Arquivo diários:01/02/2021

Bolsonaro comemora no Twitter vitória de Arthur Lira


O novo presidente da câmara dos deputados pelos próximos dois anos será Arthur Lira (PP). O deputado federal que contou com o apoio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) teve 302 votos, já seu concorrentem mais próximo, Baleia Rossi (MDB) ficou com 140 votos. Ao todo foram nove candidatos no início da votação, porém, Alexandre Frota (PSDB) decidiu retirar sua candidatura independente em apoio a Baleia Rossi e a lista ficou com 8 nomes. Foram 505 deputados votando, dos 513.

Outros candidatos que tiveram votos foram: André Janones (AVANTE) com 3 votos, General Peternelli (PSL) com 1 voto, Fábio Ramalho (MDB) com 21 votos, Luiza Erundina (PSOL) com 16, Marcel Van Hatten (Novo) com 13 e Kim Kataguiri (DEM) com 2 votos. Além disso ainda tiveram dois votos em branco.

Emocionado e chorando, o ex-presidente Rodrigo Maia (DEM) fez um discurso pacificador. “As brigas passaram, vamos eleger o novo presidente. Tivemos um momento de mais atrito, no meu caso com a candidatura do Arthur Lira. A ele e àqueles que se sentiram ofendidos com algo que falei, não foi minha intenção”, disse.

Arthur Lira fez críticas indiretas a Maia em seu discurso. “É tendo em vista a representatividade deste plenário, que se fosse um país teria 51 milhões de pessoas, que eu coloquei desde o início a questão fundamental de uma nova forma de funcionamento desta instituição: 51 milhões de votos não podem ser funcionários, não podem ser submissos, não podem ser subalternos da vontade de apenas um. Da vontade de um só” comentou.

Já Baleia Rossi (MDB) criticou a atuação do governo em favor de Lira. “Não só voz, mas recursos legítimos, republicanos no orçamento, para que todos possam exercer na sua plenitude os seus mandatos”, disse. “Precisamos voltar a debater uma agenda social para acolher as pessoas que estão passando extrema dificuldade com essa pandemia que ainda não acabou”, disse.

Balança comercial registra déficit de US$ 1,12 bi em janeiro

Agência Brasil

Pelo segundo ano seguido, a balança comercial (diferença entre exportações e importações) registrou resultado negativo em janeiro. No mês passado, o país importou US$ 1,125 bilhão a mais do que exportou.

As exportações somaram US$ 14,808 bilhões em janeiro, contra importações de US$ 15,933 bilhões. Apesar de ter ficado no vermelho, o saldo representou melhora em relação a janeiro do ano passado, quando o déficit comercial tinha somado US$ 1,684 bilhão.

Tanto as vendas como as compras externas cresceram na comparação com janeiro do ano passado. O Brasil exportou 12,4% a mais pelo critério da média diária. As importações cresceram em ritmo menor: 8,3%.

O aumento das exportações, no entanto, foi insuficiente para reverter o déficit na balança comercial. Com o fim das exportações da safra anterior e o plantio da nova safra, janeiro registrou menos embarques de grãos e outros alimentos. As exportações agropecuárias caíram 2,6% em janeiro na comparação com janeiro do ano passado, puxada pelo arroz (-99,9%), pela soja (-94,9%) e pelo algodão bruto (-3,6%).

Outros produtos da agropecuária registraram crescimento em janeiro, como trigo e centeio, não moídos (332,8%); milho não moído, exceto milho doce (54,3%) e café não torrado (43,2%). O aumento nas vendas, no entanto, foi insuficiente para reverter a queda nas exportações de alimentos.

As demais categorias de produtos tiveram desempenho positivo. As exportações da indústria extrativa subiram 35,3% em janeiro em relação ao mesmo mês de 2020, impulsionada por minério de ferro e seus concentrados (73,6%) e Minérios de cobre e seus concentrados (70,3%). As vendas da indústria de transformação aumentaram 6%, com destaque para açúcares e melaços (46,1%) e farelos de soja (40,1%).

Importações

Do lado das importações, as compras da agropecuária cresceram 22,3%, as da indústria extrativa aumentaram 7,6% e as da indústria de transformação subiram 6,5%. Os destaques foram a soja, cujas compras externas aumentaram 487,4% em janeiro na comparação com o mesmo mês do ano passado, trigo e centeio (35,14%), gás natural (60,1%) e adubos e fertilizantes químicos (42,7%).

No mês passado, a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia divulgou que a balança comercial deverá encerrar o ano com superávit de US$ 53 bilhões. O valor representaria alta em relação ao superávit de US$ 50,99 bilhões registrado no ano passado, mas está abaixo das estimativas das instituições financeiras. Segundo o boletim Focus, pesquisa semanal divulgada pelo Banco Central, os analistas de mercado projetam superávit comercial de US$ 55 bilhões para 2021.

Procon/Natal notifica postos de gasolina para coibir preços abusivos

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O PROCON Natal recebeu várias denúncias sobre o aumento abusivo no valor da gasolina e está notificando os postos da cidade.

De acordo com o PROCON, as empresas notificadas precisam apresentar o valor cobrado antes do reajuste, percentual do reajuste aplicado a cada tipo de combustível comercializado, metodologia e critérios utilizados para definição do percentual e planilha que contenha item que compõem a formação do preço, bem como os tributos incidentes no valor da gasolina. A partir dessas informações, o órgão vai avaliar se há ou não justificativa para este aumento do preço.

Segundo Ney Lopes Jr., diretor geral do PROCON, as notificações iniciaram nesta segunda-feira (01) atendendo a grande demanda de denúncias através do próprio órgão e de suas redes sociais. Ney Lopes considera que não há justificativa para o preço de quase R$ 5, mas a fiscalização necessita de dados específicos para avaliar cada caso.

Eduardo Bolsonaro elogia Lira e defende diálogo com o Centrão

Por Lauriberto Pompeu
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP)defendeu nesta segunda-feira (1º) que o governo dialogue com os partidos do Centrão, bloco informal de centro e direita conhecido por trocar cargos no Executivo por votos no Legislativo favoráveis ao Planalto.

“Não será uma relação na base do mensalão, do petrolão, mas algum diálogo tem que haver”, afirmou ao deputado em conversa com jornalistas na Câmara.

Ao comentar sobre o favoritismo de Arthur Lira (PP-AL) na disputa que acontece nesta segunda pelo comando da Câmara, ele disse que o deputado ganhou apoios por ir atrás de um grande número de colegas da Câmara.

“É uma soma de fatores, muita gente envolvida trabalhando, mas acho que o principal ator é o próprio Arthur Lira, indo em inúmeras reuniões, falando com todos os deputados, não só lideranças, mas todos os deputados, tendo se mostrado realmente um candidato articulador”.

Perguntado sobre a liberação de verbas orçamentárias para deputados aliados de Arthur Lira, Eduardo afirmou que o governo não compra votos e que se houver crime a Procuradoria-Geral da União (PGR) e o Supremo Tribunal Federal (STF) podem analisar o caso.

“A oposição pagou o mensalão, o petrolão, não tem moral para nada. Esse é o pessoal do quanto pior, melhor. Querem eleger um candidato que continue a sabotar o governo, a gente só quer a coisa contrária. Se for identificado algum crime, a PGR está aí, o Supremo Tribunal também está aí para fazer esse tipo de controle”, afirmou.

Fonte:Congresso em Foco

‘Traição’ do DEM faz Rodrigo Maia deixar o partido

Ana Paula Ramos
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ), deve anunciar nesta segunda-feira (1º) a saída do DEM, após decisão do partido de abandonar o bloco de Baleia Rossi (MDB-SP), candidato apoiado por Maia, para a presidência da Câmara.
Inicialmente, o DEM cogitou apoiar oficialmente Arthur Lira (PP-AL), candidato preferido pelo presidente Jair Bolsonaro, mas para evitar mais atrito com o presidente da Câmara apenas manteve a neutralidade na disputa.

Rodrigo Maia afirmou que sua permanência na legenda é “insustentável”.

A decisão de deixar o bloco de apoio a Baleia Rossi foi articulado pelo presidente do DEM, ACM Neto.

Segundo aliados, dois partidos partidos já estão na mira de Maia: o PSDB e o Cidadania.

O PSDB, aliado histórico do DEM, pode seguir o mesmo caminho e decidir hoje pela neutralidade na disputa pela presidência da Câmara. Se isso acontecer, Rodrigo Maia deve descartar qualquer possibilidade de ingressar nas fileiras tucanas.

A grande aposta dos aliados é que Rodrigo Maia vá para o Cidadania. Além da fidelidade do partido na eleição da Câmara, a legenda também é cotada para abrigar o apresentador Luciano Huck, que já declarou que Maia faz parte da sua “turma”. Outro fator apontado é que o Cidadania não tem nenhuma grande liderança atualmente no cenário político, assim, Rodrigo Maia poderia ser a grande estrela do partido.

STF retira sigilo de conversas entre Moro e procuradores a pedido de Lula; leia troca de mensagens

O STF (Supremo Tribunal Federal) retirou o sigilo das conversas entre procuradores da Operação Lava Jato e o ex-juiz e ministro da Justiça, Sergio Moro. A decisão foi tomada nesta segunda-feira (1º) pelo ministro Ricardo Lewandowski e atende a um pedido da defesa do ex-presidente Lula.
O material, que tem 50 páginas e foi publicado pelo jornal Folha de S. Paulo, tem partes inéditas das mensagens trocadas entre Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol.

Os diálogos foram obtidos pelos advogados de Lula depois que o próprio Lewandowski decidiu que eles poderiam ter amplo acesso ao material apreendido na Operação Spoofing.

O conteúdo diz respeito a conversas privadas e em grupos de procuradores da Lava Jato, entre 2015 e 2017 e indicam uma troca de informações sobre ações da Lava Jato, sugerindo que Moro pode ter interferido na atuação da Procuradoria.

Na época das conversas, Moro era juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável pelos processos ligados à operação.

Leia, abaixo, a íntegra das conversas liberadas agora por Ricardo Lewandowski. Caso não consiga visualizar o documento, clique aqui.

As mensagens foram obtidas na Operação Spoofing, que investigou o grupo de hackers que, em 2019, invadiu celulares de autoridades como o ex-juiz Sergio Moro.

Na semana passada, parte do diálogo foi revelado. Na conversa, Moro estava orientando os procuradores sobre como apresentar a denúncia contra o petista no caso do tríplex do Guarujá.

À época do vazamento, o então ministro afirmou que não viu nada “de mais” nas mensagens e que não houve nenhuma orientação ao Ministério Público. Sobre ter repassado pistas de uma investigação por mensagem no Telegram, o ministro disse que foi um “descuido” seu.