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Se depender da vontade de Álvaro Dias o governador não será Carlos Eduardo Alves

Álvaro engoliu o sapo e agora está vomitando


Se depender de Henrique Alves e Garibaldi Alves, ou seja, da família Alves, o governador será Carlos Eduardo Alves, mas dependendo do prefeito reeleito de Natal os nomes preferidos são de Rogério Marinho ou Ezequiel Ferreira de Souza.
Álvaro já começou revelando sua insatisfação com o comportamento de Carlos Alves na sua reeleição. Como todos sabem, o ex-prefeito Alves fez chantagem política quando indicou a vice-prefeita e depois abandonou Álvaro. Com isso ele conseguiu antecipadamente tirar Dias da disputa do governo do estado em 2022. Carlos Eduardo Alves sabia que Álvaro derrotado estaria inviabilizado para disputar o governo, caso contrário sendo reeleito e renunciando para disputar o governo sua vice assumindo o controle da Prefeitura, Carlos Alves daria um xeque-mate em Dias sendo o candidato a governador.
Álvaro cabreramente aceitou o jogo de Alves, e agora está dando o troco.
Engolir sapo é uma arte!

Artigo da governadora Fátima Bezerra: Governo do RN trabalha, presta contas do que faz e cuida das pessoas

Governo viabiliza 600 novos leitos (Foto: cedida)

Por Fátima Bezerra*

O Governo do Estado pôde, finalmente, apresentar à população do Rio Grande do Norte uma ampla prestação de contas, que vai além das plataformas digitais, e que chega a cada município, a cada comunidade rural, a cada potiguar, pelo que chamamos comunicação de massa, que é a televisão, o rádio, a internet. Agora, podemos ecoar com mais força e assertividade o que fizemos durante a pandemia do Coronavírus – os mais de 600 leitos viabilizados, a contratação de mais de três mil profissionais de saúde, a distribuição de quase cinco milhões de máscaras, o suporte aos vulneráveis, com a distribuição de 3.500 toneladas de alimentos. O que estamos fazendo agora, com o número de casos de Covid aumentando no nosso Estado.

O tema central dessa campanha, “O Governo do RN trabalha, presta contas do que faz e cuida das pessoas”, não poderia ser mais coerente, porque coaduna com algo que sempre foi uma premissa inegociável da nossa gestão: a transparência. Passados oito meses sem que dispuséssemos de um instrumento de comunicação de massa era natural que as pessoas se perguntassem: mas esses leitos todos foram viabilizados por um só Governo? Todas essas ações foram de um só Governo? É hora de dizer que sim! E que não é milagre, é gestão, é parceria.

É preciso contar às pessoas do acerto da nossa gestão, uma gestão séria, comprometida, que dá cidadania às pessoas, que dá resultados. Que fechou e abriu o comércio na hora certa, sem se dobrar ao populismo, como vimos acontecer país afora. Que a partir dessas iniciativas estamos há cinco meses em estabilidade quanto ao número de óbitos.

Mas é preciso contar também sobre esse novo momento. E alertá-los: graças a Deus não estamos perdendo um número maior de vidas, mas o número de casos aumentou! E que mesmo com o número de óbitos sob controle, urge à população redobrar os cuidados e fazer a sua parte: com a obrigatoriedade da higienização, uso de máscaras, evitar aglomerações, etc.

O Governo do Estado continua trabalhando. Estamos em reuniões constantes com o Comitê Científico e o Ministério Público para dimensionar esse novo momento e nos antecipar caso uma segunda onda venha a acometer nossa população. Adquirimos 150 mil testes sorológicos
e já encaminhamos uma pesquisa em todas as regiões do estado com outros 24 mil testes. Os leitos que viabilizamos junto à rede pública de saúde estão todos adequados, caso haja necessidade de serem revertidos novamente para o atendimento à Covid.

Quando dissemos que viabilizamos uma rede de hospitais cujos leitos são equivalentes a pelo menos seis hospitais de campanha do porte do que foi anunciado em Natal estamos falando de segurança para a população. Quando dissemos que, em vez de expor nossos jovens a um ambiente que não dispõe do suporte necessário, passamos a oferecer as aulas da rede pública de forma virtual, estamos cuidando dos nossos alunos. Quando empossamos mais de mil policiais, como ocorreu ontem no Centro de Convenções em uma cerimônia de encher os olhos, estamos olhando pela vida das pessoas.

A redução do número de homicídios em 25% desde que iniciamos nosso Governo não é à toa. O pagamento dos salários dos nossos servidores dentro do mês desde que aqui chegamos também não é à toa. Os investimentos que estão retornando ao Rio Grande do Norte, graças à modernização da política de incentivos fiscais que estamos adotando, também não é à toa. Mas também não é milagre. Eu repito: é gestão. Gestão de um Governo que não só trabalha, mas que transforma a vida das pessoas. E que cuida delas.

*É governadora do RN

“A negociação é o futuro do Direito de Família”, diz especialista de Harvard

Por Mateus Silva Alves/CONJUR
Foi fora das extensas fronteiras do Brasil que a advogada gaúcha Niver Bossler Acosta encontrou o rumo definitivo para a sua carreira como causídica. E, curiosamente, isso não aconteceu em um curso ligado diretamente ao Direito. Ao fazer especialização em Negociações na Universidade Harvard, nos Estados Unidos, uma das mais prestigiosas instituições de ensino do planeta, ela estabeleceu as bases para o trabalho que faria na volta ao país. Um trabalho, aliás, que ela orgulhosamente classifica como não convencional.

Niver é uma advogada que não possui um escritório sisudo, daqueles forrados de livros, e não frequenta os fóruns de São Paulo, cidade que escolheu para viver. O tribunal, definitivamente, não é o lugar para ela, uma profissional que atua no Direito de Família com o objetivo exclusivo de buscar um acordo para os casais que a procuram em busca de um divórcio tranquilo, algo sempre muito complicado.

A gaúcha diz que sua habilidade natural de negociadora, somada ao que aprendeu em Harvard, permite a ela obter um final feliz em praticamente todos os conflitos matrimoniais que chegam às suas mãos, mesmo naqueles em que há grande animosidade. “Eu consigo o acordo em pelo menos 90% dos casos”, afirma a advogada.

Em entrevista à ConJur, Niver garante que as vantagens da negociação são tão evidentes para os clientes que esse caminho é, obrigatoriamente, o futuro do Direito de Família do Brasil. Ela também conta que seu jeito despojado causa enorme desconfiança (ou preconceito mesmo) entre os colegas de profissão, o que a levou à conclusão de que os advogados brasileiros precisam urgentemente se modernizar.

ConJur — Quando uma pessoa que deseja se separar busca sua ajuda, qual é sua primeira providência?
Niver Acosta — Eu primeiro estudo a situação da pessoa, principalmente se o cônjuge que não entrou em contato comigo sabe da situação. Às vezes, uma parte já tem a ideia convicta da separação e a outra ainda não sabe disso. Eu sempre estudo essa situação para saber de que maneira o outro cônjuge vai receber a informação de que a outra parte decidiu se divorciar. E eu tenho técnicas para isso, tanto para a abordagem quanto para a indicação de terapia de casal com esse foco, para que a pessoa tenha um espaço para comunicar o cônjuge que o divórcio realmente será o caminho.

ConJur — Por que você toma esse cuidado?
Niver Acosta — Porque isso tira um peso muito grande do advogado. Então eu tenho muito cuidado com essa situação. Superada essa questão, começo a atender às partes. E aí passo a fazer um estudo a respeito da motivação, obviamente da evolução patrimonial, e também o que é inegociável para essas pessoas, porque esse é o maior problema: negociar o que é inegociável para elas.

ConJur — E qual é seu índice de sucesso na obtenção de um acordo?
Niver Acosta — Olha, eu consigo o acordo em pelo menos 90% dos meus casos.

ConJur — Existe alguma situação em que você recusa o caso?
Niver Acosta — Eu não assumo a representação quando percebo que uma das partes está sendo desleal com a outra, como, por exemplo, esvaziando o patrimônio, usando o tempo da negociação para lesar o cônjuge. Aí eu comunico para ambos que o melhor é eles serem representados por outras pessoas.

ConJur — Mas não existem situações em que a animosidade entre os cônjuges é incontornável?
Niver Acosta — Bem, eu uso a minha técnica para contemporizar essa animosidade, acolhendo as emoções que envolvem o casal. Outra coisa: eu nunca coloco as pessoas frente a frente para negociar. A menos que esteja muito claro que é seguro. Normalmente eu faço essa interface para elas. Porque eles estão com os ânimos à flor da pele e isso pode afastar a possibilidade de acordo. Então o meu trabalho é sensibilizar uma parte para as necessidades reais da outra e vice-versa. Fazendo esse trabalho, obviamente usando minha técnica para isso, eu consigo contemporizar, encontrar uma alternativa para que essas pessoas voltem a ter um diálogo focado na solução do conflito.

ConJur — No que o seu trabalho é diferente do que faz um advogado convencional?
Niver Acosta — Qual é a postura de um advogado mais clássico? Quando se chega a uma situação em que há um conflito que ele talvez não saiba como contemporizar, então cada um vai para o seu lado. Mas há a possibilidade de trabalhar em conjunto? Sim. Eu preciso colocar as partes frente a frente para trabalhar? Não. E aí eu tenho espaço para conseguir (o acordo), sabe? Fazer o contorno de todas as objeções, entender as necessidades das pessoas, entender o que é inegociável para elas… E aí eu consigo fazer. Há, sim, situações em que o acordo não é possível, mas elas são bem pontuais.

ConJur — Quando você percebe que o litígio é inevitável, você se retira do caso?
Niver Acosta — Sim, porque eu não posso retardar o direito das pessoas de ver a sua situação composta, mesmo que na Justiça. Mas são casos especiais, como, por exemplo, quando há indícios de abusos contra menor. São situações muito delicadas em que eu, como profissional, não posso fazer com que uma parte perca direitos ou seja lesada no tempo que a gente leva até chegar ao acordo.

ConJur — E quando o desacordo tem a ver com a guarda dos filhos?
Niver Acosta — Em primeiro lugar, no mundo jurídico, hoje, a guarda compartilhada é regra, e a unilateral é exceção. Então, se chega até mim um casal que não abre mão da guarda, primeiro eu vou investigar a motivação para isso, pois preciso saber se ela é legítima. O que a gente mais vê no Direito de Família é isto: “Ah, não abro mão da guarda”. Por que não abre mão? Eu pergunto para o cliente. Eu não sou estática. Eu pergunto: “Então tá, não abre mão da guarda por quê?”. Bom, nós podemos ter uma guarda compartilhada e respeitar a possibilidade de cada um. Por que eu preciso ter uma guarda unilateral?

Aí, se uma parte diz que a guarda é inegociável, eu vou dissecando até entender por que é assim. E eu não preciso botar as pessoas frente a frente para que elas me digam isso. Se o problema é econômico, vamos tentar achar uma alternativa. Porque o importante para o filho é ter um relacionamento saudável com pai e mãe, não é? Então vamos fazer o que é interessante para a criança e negociar a questão econômica com uma outra esfera.

ConJur — Esse estilo de advocacia que você pratica, voltado à negociação, é algo novo no Brasil?
Niver Acosta — Talvez não seja novo, mas ele tem um novo olhar, com muito mais bagagem, experiência e técnicas mais eficientes. Você se lembra daquele advogado de família de anos atrás, que era um apaziguador? Era alguém com quem as pessoas se aconselhavam, que resolvia todas as questões da família, que era uma pessoa, não um escritório. Eu acho que meu trabalho tem um pouco dessa pessoa em quem a família confia, pois sabe que eu vou gerenciar e contornar os conflitos para que ela tenha tranquilidade. 

ConJur — E uma maneira de trabalhar que evita o litígio…
Niver Acosta — Sim, porque eu posso eleger a via que eu vou trabalhar. E, no meu caso, eu não elejo a via do litígio.

ConJur — Para os clientes, quais são as principais vantagens dessa sua maneira de trabalhar?
Niver Acosta —  Todo mundo concorda que o Judiciário está atolado, e nem sempre as decisões são condizentes com a realidade dos casais, nem sempre atendem aos seus interesses. Então por que eu vou eleger essa via (a judicial), que é a mais cara? Porque patrocinar um processo durante seis ou sete anos não é coisa barata… E é caro emocionalmente também, pois desgasta o relacionamento. Se a pessoa pode manter a autonomia, garantindo seus direitos e preservando o relacionamento com quem tem de preservar, por força de uma vinculação familiar que existirá pelo resto da vida, do meu ponto de vista essa é a solução mais inteligente.

ConJur — A via judicial também oferece a possibilidade do acordo, mas isso ocorre raramente nos tribunais. Por quê?
Niver Acosta — Nos processos judiciais envolvendo divórcio, existe, sim, a possibilidade de acordo nos autos do processo, mas sabe como é a audiência? As partes chegam com seus procuradores frente a frente e o juiz pergunta: “Há alguma possibilidade de acordo?” E as partes: “Não”. É assim. E qual é a probabilidade de se fazer um acordo assim? Um acordo é uma coisa pensada, um acordo é investigado, é necessária uma preparação intensa para se fazer uma negociação.

ConJur — Você acredita que este é o futuro do Direito de Família no Brasil: mais negociação e menos litígio?
Niver Acosta — É claro que é. E não só para o Direito de Família, mas para todas as situações de conflito, especialmente as que giram em torno de grandes negócios, vamos dizer assim. Hoje, por exemplo, é muito difícil você ver grandes empresas mitigando. Ao invés disso, elas contratam negociadores, árbitros, para a disputa não chegar à Justiça. Não é inteligente eu buscar a Justiça justamente pela falta de celeridade e pelo custo. Então é o futuro, sim.

ConJur — Você ainda vê muita resistência dos clientes a esse caminho da negociação?
Niver Acosta — Dos clientes, não, mas dos advogados, sim (risos). Quando a gente trabalha em cooperação com outro profissional, se ele não estiver empenhado em resolver o problema de uma forma pacífica, é muito mais complicado, porque aí eu não tenho de contemporizar o interesse só de duas partes, eu tenho de contemporizar o interesse de mais uma, cujo ego é extremamente inflado (risos).

ConJur — E o que fazer quando o advogado da outra parte insiste em brigar?
Niver Acosta — Eu não vou brigar com ninguém, eu vou é encontrar uma alternativa. Nós estamos sendo remunerados para encontrar uma alternativa, e eu vou me achar incapaz se não conseguirmos isso. Mas, de fato, muitas vezes demover o advogado da ideia de que só o Judiciário vai resolver a situação é mais complexo do que fazer isso com as partes.

Eu preciso entender e contornar qualquer objeção com o advogado. E eu digo que essa é a parte mais difícil, porque as partes estão muito fragilizadas, estão sensibilizadas, mas elas conseguem reconhecer que a briga é ruim. Já o advogado não tem muito a perder (risos).

ConJur — O Direito de Família foi muito abalado pela pandemia da Covid-19?
Niver Acosta — Não digo que foi abalado, na verdade há um acúmulo de trabalho. E vai haver mais ainda. Eu tenho uma proximidade muito grande com a psicologia e percebo que as pessoas estão se dando conta da necessidade de buscar auxílio psicológico porque estão em crise, estão em conflito familiar.

ConJur — Mais do que antes?
Niver Acosta — Muito mais do que antes, mas ao mesmo tempo elas estão mais conscientes da sua condição e das alternativas. Então, o que que mudou? Agora existe uma procura maior por profissionais que trabalham com divórcios. As pessoas estão nos procurando mais e isso faz com que elas tenham mais consciência do que elas querem. Então, nesse aspecto, eu acho até que houve um movimento positivo para o Direito. 

ConJur — A Covid-19 causou uma onda de separações no Brasil?
Niver Acosta — Sim, acho que é correto dizer isso. Ocorre o seguinte: as pessoas têm uma uma vida muito independente hoje em dia, mesmo casadas, né? As pessoas saem de casa, trabalham o dia inteiro, voltam, então têm pouco tempo, pouco espaço para o relacionamento conjugal. Nessa situação, às vezes uma crisezinha aqui, outra ali, não motiva para a separação. Agora, se você pega essas pessoas e as confina, aí aqueles pequenos problemas se tornam gigantescos. Então, sim, a Covid-19 impulsionou as pessoas a tomar decisões. Mas impulsionou também as pessoas que tinham um relacionamento de namoro a morar juntas. A gente, porém, só vai ter uma ideia mais clara disso no futuro.

ConJur — A atitude das pessoas quanto ao casamento vai mudar?
Niver Acosta — Creio que vaicontinuar sendo como sempre foi. Talvez as pessoas tenham um pouco mais de consciência sobre como organizar a questão patrimonial quando forem se casar, entende? A advocacia consultiva também colabora para isso, para que as pessoas, antes de fazer uma união, entendam os seus direitos, o que envolve o casamento, qual é a repercussão do casamento para a questão financeira. Então, se as pessoas tiverem mais consciência, isso pode colaborar.

ConJur — E em que aspectos o Direito de Família será diferente no cenário pós-pandemia?
Niver Acosta — Uma coisa que eu considero positiva (na crise da Covid-19) foi a evolução dos processos eletrônicos. Então, o que eu acho que pode mudar, e que será para tornar o Direito mais eficiente, é a agilidade, que será maior. Mas o fato é que divórcios não vão deixar de existir, casamentos também não vão deixar de existir, e a figura do advogado também não vai. Só que o advogado precisa se recolocar. Tudo muda, mas a advocacia é muito retrógrada. Ela precisa mudar. E ela pode ser mais eficiente.

ConJur — O fato de você ser uma advogada não convencional gera algum tipo de resistência, ou preconceito, dos advogados convencionais?
Niver Acosta — Gera, gera… Gera porque eles não sabem o que eu faço. Engraçado, né? Outro dia, eu estava em situação que nem era relacionada ao meu trabalho e um advogado me disse que eu não poderia me envolver no assunto por eu ser uma mediadora. E eu não sou mediadora, né? Eu sou uma advogada que negocia, e que usa técnicas da mediação, mas eu não sou uma mediadora. Então, eles (os advogados) não sabem exatamente o que é o meu trabalho. E isso gera, sim, um preconceito. É como se o meu trabalho não fosse o de um advogado.

ConJur — Você acredita que esse preconceito ocorre porque os advogados têm medo de novidades?
Niver Acosta — Eu acho que há resistência, talvez um medo de perder um cliente ou algo do gênero. E há o medo do desconhecido, sim, porque o advogado tem aquela postura de que sabe tudo, né? E ele tem de mudar, porque as coisas estão mudando. Por exemplo: nos divórcios, se eu não tiver um trabalho diferenciado, daqui a pouco, com todos os avanços tecnológicos, a pessoa poderá fazer o seu próprio divórcio sem precisar patrocinar um advogado. A advocacia tem de mudar. Tudo está mudando, não é verdade? Tudo está mudando, então é só dar um novo olhar. Nós aprendemos na faculdade a interpretar leis, mas eu posso interpretá-las do jeito que for mais conveniente para o cliente, não ferindo nenhuma delas. O que não é ilegal é permitido, e aí, dentro disso, há uma imensidão de coisas que eu posso criar.

ConJur — Essa criatividade é um caminho para o Direito?
N
iver Acosta — Sim. Há uma onda muito grande, eu vejo, de advogados que querem sair desse meio convencional. E estão saindo, sabe? E o Direito de Família é uma porta para isso porque ele envolve muita emoção.

6 tipos de candidatos a vereador

Por Valmir Sabino

A imprensa já repercutiu que a eleição de 2020 está marcada como o pleito com o maior número de candidatos da história do Brasil. O aumento de postulantes se deve principalmente a mudança na regra eleitoral que proibiu as coligações para a disputa da eleição proporcional. Assim, líderes partidários não tiveram outra alternativa e foram buscar o maior número possível de candidatos.

O excesso de pretendentes consolidou a pulverização de votos, incrementou as possibilidades de escolha e evidenciou ainda mais os principais perfis dos candidatos as vagas no legislativo municipal. São categorias muito bem delimitadas, conforme a seguir:

1) Pelotão de Elite: São os candidatos que possuem estrutura política, capacidade financeira e detém forte influência nos partidos aos quais estão filiados. Normalmente, já estão no poder ou são representantes diretos de grupos que comandam as legendas mais fortes. Na maioria das vezes, participam ativamente da escolha dos nomes que irão compor a nominata. Ao final da apuração, costumam conquistar a maior parte das vagas.

2) Fiéis Escudeiros: São postulantes que historicamente estão subordinados aos membros do primeiro grupo. Buscam ascender politicamente com a pequena liderança que detém. Acreditam que os membros do Pelotão de Elite estão interessados no crescimento político deles e não apenas ligados nos votos conquistados. No final da apuração, uma pequena parcela fica com o restante das cadeiras.

3) Sonhadores: Possuem visibilidade ou liderança e entram na disputa por algum destaque obtido em outra área qualquer como o esporte ou entretenimento em geral. São independentes dos líderes partidários, mas não são detentores de votos suficientes para se elegerem. No final das contas, apenas trabalham indiretamente para o primeiro grupo e eventualmente conseguem uma vaga restante.

4) Batedores de esteira: São estimulados pelos dois primeiros grupos e sabem que não tem chances. Conhecedores das regras do jogo, são conscientes que a missão é apenas entregar votos para a sigla. Procuram se destacar para, futuramente, ganhar algum espaço, conseguir uma promessa de cargo ou algum outro benefício. Ser um Fiel Escudeiro é um sonho a ser traçado.

5) Os Aleatórios: São desconhecidos, não tem liderança e nunca obtiveram destaques que os colocassem em evidência. Não tem votos, mas acham que tem chances de se elegerem com base apenas na atuação em determinada área. Sem noção da realidade, apostam em discursos genéricos e entendem que o segredo do sucesso está nos posts patrocinados das redes sociais.

6) Laranja: Em nome de qualquer vantagem pessoal, emprestam a identidade para que os partidos atendam exigências legais e tenham benefícios previstos na legislação eleitoral. São conscientes do papel que estão exercendo. No entanto, fingem que estão buscando o voto popular. Ao serem questionados, terceirizam a prestação de informações para quem os escalou para a campanha eleitoral.

O dia 15 de novembro está chegando e o eleitor natalense possui 736 opções de escolha para vereador de Natal. Grande parte dos candidatos se encaixam de alguma maneira nos estereótipos traçados. Contudo, diante de tantas opções, cabe ao eleitor fazer os devidos julgamentos e escolher de forma livre e consciente o nome que o represente na Câmara Municipal.

Escondendo o sobrenome “Alves”, Carlos Eduardo Alves procura conselho de Garibaldi Alves querendo apoio para ser candidato a governador, diz jornalista

por Joaquim Pinheiro

O ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo procurou recentemente o seu primo, ex-senador Garibaldi Filho, querendo um aconselhamento político, mas o encontro não teve nenhuma receptividade em razão do histórico de ingratidão que carrega Carlos Eduardo, principalmente com a família e em particular com Garibaldi, que é o responsável pela sua entrada na vida pública.

Carlos Eduardo queria uma opinião do primo sobre uma possível candidatura sua ao Governo do Estado em 2022. “Quando você traiu a família para ficar com Wilma não me procurou para saber minha opinião”, teria dito Garibaldi, acrescentando: “você se candidate ao que quiser. Eu estou cuidando da candidatura do meu filho”, ressaltou Garibaldi, referindo-se a Walter Alves, deputado federal, candidato à reeleição. Num determinado momento do encontro, segundo uma fonte que teve conhecimento do teor da desagradável conversa entre os dois, e com a insistência de Carlos Eduardo em saber a opinião de Garibaldi sobre uma possível candidatura sua ao Governo do Estado” o ex-senador teria dito em tom de gozação: “você daria um bom governador do Rotary”, encerrando a conversa.

Por fim, Garibaldi teria lembrado que se Carlos Eduardo tivesse humildade seria candidato a deputado estadual. Realmente (por debaixo do pano, gíria usual na política), Carlos Eduardo planeja ser candidato a governador em 2022, após já ter tido uma experiência frustrante quando concorreu ao cargo e teve menos votos do que Fernando Mineiro. Os dois foram derrotados por Rosalba Ciarlini. Na ânsia de ser candidato a governador, Carlos Eduardo teria procurado Ciro Gomes, dono do seu partido, o PDT. Na oportunidade expôs seu plano de fazer um acordo com o PT no Rio Grande do Norte consistindo no seguinte: Fátima Bezerra desistiria da sua reeleição e passaria a apoiá-lo para governador indicando Jean Paul para vice dele, Carlos Eduardo. Fátima seria candidata à deputada federal ou senadora. Ainda, segundo a fonte, esse seria o plano maquiavélico de Carlos Eduardo, faltando apenas combinar com o povo.

(Joaquim Pinheiro, jornalista.

Da série PRIMANDO PELA VITÓRIA: São Gonçalo do Amarante

Eleição batida, Paulinho reeleito

Com 30 anos acompanhando eleições no RN, a equipe do Blog do Primo, fazendo um criterioso mapeamento político, além de verificar de dados revelados em pesquisas sérias, não temos dúvidas que a eleição no município de São Gonçalo está definida e o prefeito Paulinho Emídio será reeleito com uma folgada maioria.
Pode anotar para cobrar depois de apurados os votos.

Próximo município abalizado será Ceará Mirim

“O histórico político de Carlos Eduardo é de desatenção e traição a quem lhe ajuda” diz o jornalista Joaquim Pinheiro

por Joaquim Pinheiro *
O ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves, continua ausente da campanha do prefeito Álvaro Dias, comportamento que tem causado estranheza e decepção aos partidários de Álvaro e aos próprios correligionários do ex-prefeito de Natal.
O exemplo emblemático é o da sua inventora política, Wilma de Faria. O imbróglio , entretanto, começou com a traição de Carlos Eduardo à sua própria família para ficar ao lado de Wilma e oportunisticamente ser vice-prefeito de Natal. A então prefeita licenciou-se do para ser candidata à governadora e Carlos Eduardo assumiu o cargo de prefeito.

A partir daí tudo mudou e ele iniciou uma perseguição ao pessoal de Wilma que exercia cargos na administração municipal. Provocou um mal estar geral. Carlos Eduardo também se incompatibilizou com o Poder Legislativo Municipal, tratando vereadores – inclusive da sua base política – com desdém e desprezo. Certa vez chegou a dizer que vereadores não valem um fósforo riscado.

Diante desse histórico de prepotência, arrogância e desprezo para com as pessoas e instituições, a previsão é de que a próxima vítima dos arroubos de Carlos Eduardo poderá ser o prefeito Álvaro Dias. O ex-prefeito, pensando que é líder na cidade de Natal (sua liderança foi fabricada por Wilma, portanto, sem legitimidade), impôs o nome de Aila Ramalho para vice de Álvaro e certamente vai querer indicar muitos nomes para o secretariado e interferir nas ações da prefeitura a partir do próximo ano.

Resta saber se Álvaro Dias vai se submeter aos caprichos de Carlos Eduardo. Quem conhece Álvaro, acredita que não.

*Jornalista

Lula 75

Colunista do UOL

Conheci o lugar onde Lula nasceu, a pequena Caetés, antigo distrito de Garanhuns, no sertão de Pernambuco.

Caminhando por ali, enquanto a equipe gravava cenas para o programa eleitoral da campanha presidencial de 2002, fiquei pensando como foi possível aquele menino franzino de 7 anos sair dali num pau-de-arara, numa viagem de 13 dias até São Paulo, para se tornar um dos maiores líderes políticos do Brasil de todos os tempos, admirado em todo o mundo.

Hoje Lula faz 75 anos, firme e forte, quem diria, o que é mais um milagre brasileiro, que só Deus explica.

Como foi possível ele sobreviver a tantos obstáculos que enfrentou, antes e depois de ser eleito presidente da República?

Confinado em casa há sete meses, por causa da pandemia, depois de passar quase dois anos na prisão, dessa vez só vai poder comemorar com a família e a namorada Janja, sem aquele mundão de gente à sua volta, como aconteceu nos outros aniversários, desde que deixou de ser um anônimo retirante.

Mas, para lembrar a data, há comemorações marcadas em 17 países e em várias cidades brasileiras (ver matéria no portal Brasil 247).

Amigo de Lula há mais de 40 carnavais, eu não tenho nada de novo para contar sobre essa figura rara, que ficou grande sem deixar de ser o menino de Caetés, na sua simplicidade sertaneja, sempre em busca de um novo desafio na vida.

Só escrevo pra não deixar esse dia passar em branco, pois não encontrei nenhum registro no noticiário, mais ou menos assim como se ele já tivesse morrido.

Achei estranho. O nome de Lula há tempos só é lembrado em processos da Lava Jato, que não acabam nunca, e voltam sempre às vésperas de eleições.

Tão inexplicável quanto a sua improvável trajetória de vida, saindo do fundão do Brasil para o mundo, é o ódio que hoje lhe dedicam setores da sociedade brasileira que foram beneficiados pelos seus dois governos, que mudaram a cara do Brasil e a imagem do país no mundo, hoje tão avacalhada.

Se você perguntar às pessoas na rua porque elas têm tanta raiva do Lula e o xingam de ladrão, sem mais nem menos, não encontro ninguém que consiga me explicar com fatos concretos.

Reviraram a vida do sujeito do avesso, pediram ajuda até ao FBI, e não foram capazes de provar, após seis anos de Lava Jato, um único ato de corrupção, uma conta na Suíça, malas de dinheiro, apartamentos em Miami ou lanchas em Angra dos Reis.

Quiseram condená-lo até por ter feito palestras para grandes empresas, mas nunca investigaram as palestras da dupla de algozes Moro & Dallagnol, aqui e no exterior. Outros ex-presidentes nunca foram incomodados por isso.

No Roda Viva de segunda-feira, espremeram num pau-de-arara virtual o marqueteiro João Santana, que trabalhou em campanhas de Lula e Dilma, para ele falar mal dos dois, mas só descobriram que o “caixa dois” move todas as campanhas eleitorais no Brasil _ todas elas _ desde a República Velha.

Só gostaria de fazer uma pergunta aos que vão me atacar por ter escrito esta coluna: você vivia melhor nos governos do Lula ou vive melhor agora?

Apesar de tudo e de todos, e de tantos entreveros que tivemos pela vida, eu continuo tendo muito orgulho de ser amigo desse “Nego Véio”, desde os tempos do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, onde nos conhecemos, antes do PT nascer. Amigos são para sempre.

Vida que segue.