Falta para Dilma um Álvaro Dias que Garibaldi Alves teve

Na época, Álvaro Dias salvou Garibaldi Alves.

O problema da presidenta Dilma foi brigar com o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.

Aqui no RN o então governador Garibaldi Alves só escapou de um processo de impeachment pelo fato do presidente da Assembléia Legislativa, deputado Álvaro Dias ter barrado a famosa CPI do caso Gusson.

Enquanto Álvaro salvou Garibaldi Alves, o presidente Eduardo Cunha está enterrando Dilma.

Talvez Garibaldi Alves não se lembre, mas foi José Agripino quem tentou cassar ele.

“Caso Gusson” precisa ser esclarecido, cobrou Agripino

 No dia 20 de agosto de 2001, José Agripino Maia (PFL, hoje DEM), senador e então ferrenho adversário do governador do RN à época, Garibaldi Filho (PMDB), revelou o que seria o “Caso Gusson” (veja matéria abaixo).

Ele fez pronunciamento da tribuna do Senado.

Com a polidez que hoje também exercita na oposição ao governo Lula, assinalou que reproduzia uma denúncia do Ministério Público. “(…) Documentos demonstram claramente indícios fortíssimos de que no governo do RN existiam, por parte do cunhado (Marcos Santos) do governador, tráfico de influência, superfaturamento de obras e influência no pagamento de precatórios trabalhistas, entre outras coisas.”

Agripino destacou, no mesmo pronunciamento, que “por uma manobra do governo do Estado, a maioria governista se moveu e abafou a CPI, rasgando o regimento da Assembléia Legislativa e a Constituição do Estado do RN.”

Confira matéria da Agencia Estado:

MP investiga denúncia contra cunhado de Garibaldi e Bezerra

AGENCIA ESTADO

26 Julho 2001 | 22h 57

O Ministério Público investiga denúncia envolvendo um cunhado do governador do Rio Grande do Norte, Garibaldi Filho (PMDB), e o ex-ministro da Integração Regional senador Fernando Bezerra (PTB), num esquema de corrupção para beneficiar várias empreiteiras do Estado com verbas públicas. As denúncias, feitas em depoimento à polícia e ao Ministério Público, são de Henrique Gusson Coelho, que diz ter constituído uma empresa de construção civil “fantasma” (Construmax) com Marcos Nelson Santos para participar do esquema de corrupção. Entre essas empresas estariam a EIT e a Ecocil, pertencente ao senador Fernando Bezerra (PTB-RN), ex-ministro da Integração Nacional. Durante o depoimento, Gusson revelou ter participado de reunião com diretores de outras construtoras na sede da empresa de Fernando Bezerra durante a qual Marcos Santos ligou para o ministro e teria dito: “Pode liberar a verba. Já constituímos a empresa. O dinheiro da campanha está garantido”. O Ministério Público garante ter provas suficientes para denunciar o empresário Marcos Nelson Santos, acusado de comandar todo o esquema de corrupção. O problema é a folha corrida do denunciante. Gusson foi preso no Paraná em maio, onde estava foragido após ter assassinado em Natal, no final do ano passado, o comerciante Pedro Alexandre da Silva. Ele revelou o suposto esquema de corrupção quando estava depondo sobre o crime cometido em Natal. Após solicitar a ficha criminal de Gusson à Secretaria de Segurança do Paraná, a polícia do Rio Grande do Norte constatou várias passagens pela polícia, por golpes aplicados na cidade de Cascavel. O empresário Marcos Santos, cunhado do governador Garibaldi Filho, disse que Gusson inventou toda essa história para desviar a atenção das acusações que sofre pelo assassinato do comerciante. Santos só admite um contrato com Gusson no valor de R$ 344 mil para a construção de quatro galpões e três casas em Natal, sem envolvimento de verbas públicas. Em nota oficial, o governo do Estado do Rio Grande do Norte negou ter qualquer contrato com as empresas de Luiz Henrique Gusson Coelho (Construmax e LC Empreendimentos e Construções Ltda). O governador Garibaldi Filho disse que o envolvimento do seu cunhado num suposto caso de corrupção não inibe o governo de apurar as denúncias com rigor, mesmo que estas tenham partido de uma pessoa acusada de assassinato.