Ministro do STJ causa polêmica ao fazer enquete sobre intervenção militar

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Og Fernandes, ministro do STJ

Gustavo Maia*

Do UOL, em Brasília

Uma enquete publicada por um ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) causou polêmica nas redes sociais. Og Fernandes perguntou aos seus quase 5 mil seguidores no Twitter se o Brasil deve sofrer uma intervenção militar.

Diante de inúmeras críticas de internautas, ele disse que o seu gesto tinha como objetivo “ouvir a opinião das pessoas”.

“Acalmem-se. De mim não verão qualquer manifestação fora da lei. Obrigado aos [que] entenderam o intuito da enquete”, escreveu Fernandes, quase cinco horas depois.

Até as 22h10, mais de 7,5 mil usuários haviam participado da enquete: 59% haviam respondido que “não” e 41%, que “sim” –opção que ganhou mais apoio ao longo das horas. Alguns disseram que isso nem deveria ser pauta no Brasil, “ainda mais vindo de um magistrado”. Outros defenderam uma eventual intervenção e atacaram os que se opuseram à ideia.

Além de votar, muitos internautas também criticaram a mensagem do ministro. Alguns usuários fizeram outras enquetes para questionar a decisão de Fernandes. Outros usuários expressaram indignação pelo fato de um magistrado fazer tal pergunta em sua rede social.

Após as críticas, o ministro se defendeu no Twitter. Por volta de 21h10m desta quinta, publicou cinco mensagens na rede social para justificar a iniciativa:

“Caros seguidores, verifico que o país está muito polarizado e com os nervos à flor da pele. Faço enquestes em torno de temas no Twitter. Ao levantar o tema que dei RT (retuíte) antes da enquete, verifiquei uma insana busca de intenções no que era um gesto de auscultar os seguidores. Querem minha opinião? Meu dever é cumprir a lei. Sou seguidor da lei, da Constituição e da democracia no Brasil. Faço isso todo dia. Acalmem-se. De mim, não verão qualquer manifestação fora da lei. Obrigado aos (que) entenderam o intuito da enquete. Estamos numa democracia. Ouvir a opinião das pessoas é regra. Como juiz, continuarei a assegurar o direito de expressão”, escreveu Og Fernandes em cinco postagens.

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