Ninguém defende o usuário: Ministro de Temer defende cobrança total de bagagens pelas companhias aéreas

Quintella quer dar na titela do brasileiro

No governo de Temer, começaram os entendimentos com os grandes em detrimentos dos pequenos

Primeiro acabou o lanche grátis. Depois, a amigável balinha de boas vindas. Alguns assentos ficaram mais caros, sob a desculpa de que seriam, vejam só, mais confortáveis. Fone de ouvido foi cortado. Cada um que use o seu.

E agora, se depender do governo, as companhias áreas poderão cobrar do consumidor desde o primeiro volume de bagagem.

O ministro dos Transportes, Mauricio Quintella, que não é nenhum especialista no setor, usou reunião ministerial para dizer que só a abertura de capital não vai solucionar o rombo nas áreas.

E disse, então, que o Brasil é um dos três únicos países do mundo que não cobram pela bagagem despachada.

Estimou que esse tipo de coisa causou uma perda de 10 bilhões às empresas nos últimos dois anos e sugeriu uma audiência pública da Anac para discutir a cobrança, que reconheceu ser impopular.

Para surpresa geral, obteve apoio dos colegas ministros e dos líderes do governo presentes.

Por Vera Magalhães