Roberto saiu da prisão e fez festa do seu casamento para 300 convidados

Estadão Conteúdo
 Em prisão domiciliar desde 16 de maio, o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), que há dez anos denunciou o esquema do mensalão, realiza seu casamento com Ana Lúcia Novaes, 46, na Ilha de Capri, casa de festas em Três Rios, a 123 quilômetros da capital fluminense

Ao ler uma declaração de amor para sua noiva, Ana Lúcia Novaes, na cerimônia de seu casamento, na manhã desta sexta-feira (29), o ex-deputado Roberto Jefferson fez menção ao escândalo do mensalão. Também aludiu a um dos episódios mais marcantes da investigação, quando disse ao ex-ministro José Dirceu, durante acareação na CPI dos Correios, que o petista lhe despertava os instintos mais primitivos.

“Minha linda, minha Ana, você desperta em mim o encanto pela vida, você me enternece, e a ternura faz de mim um ser humano melhor. Mas você desperta em mim os instintos mais deliciosamente primitivos”, disse o ex-parlamentar.

Pouco antes, Jefferson lembrara chorando o processo e o câncer no pâncreas, que descobriu pouco antes de ser condenado a sete anos e 14 dias de prisão. “[Ana] sofreu ao meu lado as mais duras penas da minha vida. Nunca se lastimou, nunca se lamentou, nunca reclamou. Enfrentou com serenidade a CPI do mensalão, a minha cassação na Câmara dos Deputados, o processo criminal, o tratamento do câncer, a minha condenação judicial e a minha prisão. Jamais se queixou, jamais blasfemou”, afirmou o ex-deputado.

Depois da cerimônia, conduzida por uma prima do ex-parlamentar, Lana Santos Teixeira Pinto, os cerca de 300 convidados foram recebidos pelo casal em um almoço. Vários convidados enviaram aos noivos garrafas de champanhe Veuve Clicquot, que seriam servidas durante a festa. Jefferson, no entanto, decidiu que não seria conveniente uma bebida que consideraria sofisticada e cara. Comprou garrafas do espumante nacional Chandon, brütt, rosé e demi-sec.

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