Valha: abertura da Rio-2016 terá assalto a Bündchen e símbolos “clichês” do Brasil

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Construído e projetado pelo brasileiro Santos Dumont, o avião 14 Bis será um dos destaques da cerimônia imagem: Reprodução/Instagram

Mauricio Stycer e Pedro Ivo Almeida

Do UOL, no Rio de Janeiro

A ordem do Comitê Organizador era uma só: “vamos manter o mistério”. Assim pediam a apresentadora global Glória Maria e o diretor de comunicação dos Jogos, Mário Andrada, antes do ensaio geral da cerimônia de abertura, neste domingo, no Maracanã – a cinco dias do início oficial da competição. No entanto, nas arquibancadas, mais de 30 mil convidados acompanhavam tudo que irá rolar no próximo dia 5. E mesmo diante de tantas solicitações, fotografavam e se encantavam com o espetáculo que marcará o início da primeira Olimpíada na América do Sul.

Em meio à exaltação do Brasil, também há espaço para falar dos problemas. A certa altura, por exemplo, falando da urbanização país, o público ouve uma versão instrumental de Construção, de Chico Buarque (“morreu na contramão atrapalhando o tráfego”).

Gisele é destaque ao ser assaltada

Outra curiosidade ficou por conta de uma passagem onde a modelo Gisele Bündchen, desfilando ao som de “Garota de Ipanema”, será assaltada por um ator. No fim, porém, a mensagem de tal cena será de paz

A musicalidade, exaltando sempre os artistas brasileiros, será percebida logo no início, quando Paulinho da Viola executará o hino nacional com voz e violão. Na sequência, um espetáculo de dança com centenas de artistas recriará os primeiros momentos da história do país no campo de Maracanã: os símbolos dos primeiros séculos estarão presentes.

Ainda na primeira hora, reservada apenas para os espetáculos artísticos, o voo de uma réplica do avião 14 Bis chamará a atenção de todos. Logo após, o campo fica livre para um desfile de mais de 100 metros da top internacional Gisele Bündchen. Nesta hora, ocorrerá a simulação do assalto e até uma perseguição.

Após a violência, o funk apareceu

A violência, seguida de paz, precede um dos momentos que levantou o público neste domingo: o funk cantado pela MC Ludmilla. A apresentação da abertura ainda terá Diogo Nogueira e Zeca Pagodinho na exaltação ao samba. Uma grande dança embalada por “País Tropical” antecede o desfile das delegações – iniciado com aproximadamente 50 minutos de cerimônia.

O samba também estará presente no desfile das delegações. Centenas de ritmistas de escolas de samba do Rio de Janeiro acompanharão os atletas no campo do Maracanã.
Os protagonistas dos Jogos ainda participarão de uma ação de sustentabilidade. Durante a entrada, cada um dos quase 10 mil atletas esperado plantará uma muda de árvore. Elas serão colocadas no Parque dos Atletas. Segundo a organização, “será a floresta dos atletas, um legado para a cidade”.
Com aproximadamente 1h30 de duração, o desfile dos atletas aproveitou para responder a uma dúvida: a delegação dos Estados Unidos foi mantida no início deste quadro, ao contrário do solicitado pela emissora americana NBC – pediu a troca para a língua inglesa, onde ficaria no final.
Alem do Brasil, última a desfilar, outra delegação foi bastante festejada: o time olímpico de refugiados – penúltimo a passar.
Na entrada do Time Brasil, um erro que não poderá se repetir na próxima sexta. A bicicleta utilizada para carregar a placa com o nome do país perdeu a direção, se atrapalhou e foi colocada de lado. Os figurantes desfilaram pelo Maracanã sem a mesma.
A sequência da cerimônia marcou os discursos do presidente do COI, Tomaz Bach, e do chefe do Comitê Organizador da Rio-2016, Carlos Arrhur Nuzman.
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