Um dos principais delatores da Operação Lava Jato, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa disse nesta terça-feira (28), em depoimento na Justiça Federal de Curitiba (PR), que R$ 10 milhões foram repassados entre 2009 e 2010 ao então presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), por meio do esquema de corrupção montado na estatal e descoberto pela Polícia Federal (PF). Costa disse que Guerra, morto em março de 2014, o procurou para tratar do suborno junto com seu conterrâneo e atual líder do PP na Câmara, Eduardo da Fonte (PE).
O senador era um dos 11 membros da comissão e um dos três integrantes da oposição que acusavam o governo de tentar impedir essas investigações. Em troca da propina, disse Costa, seriam abafadas as descobertas de irregularidades nas obras da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, terra de Sérgio Guerra e Eduardo.