Por Josias de Souza
O vaivém de Eduardo Cunha, ora fechado com a oposição ora entrelaçado com o governo, levou o PMDB à alça de mira dos grupos pró-impeachment. Um deles fixou cartazes com mensagens hostis na fachada da sede do diretório da legenda em São Paulo. No chão, sob os cartazes, os manifestantes deixaram duas dezenas de sacos com a seguinte inscrição: “Farinha do mesmo saco: PMDB + PT.”
Num dos catazes colados na fachada do PMDB paulista lia-se: “Cunha, queremos impeachment já.” Noutro, estava escrito: “Temer, cumpra seu papel e diga a que veio, impeachment já. Num terceiro, anotou-se uma interrogação: “PMDB, vai pagar agora ou nas urnas?”
As fotos circularam nesta segunda-feira, de celular em celular, entre congressistas e dirigentes do PMDB federal. Em mensagens postadas nos grupos de discussão do partido, vários peemedebistas manifestaram desconforto com o fato de estarem sendo comparados aos petistas —uns a cara esculpida e escarrada dos outros. Receiam atrair para si as taxas de rejeição que inquietam o petismo.