Arquivo diários:06/12/2015

Vídeo: Eduardo Cunha é alvo de protestos em show de Caetano e Gil

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi alvo de protestos durante apresentação dos músicos Caetano Veloso e Gilberto Gil no Circo Voador, no Rio de Janeiro, nesta sexta-feira (4).
Os participantes do evento aproveitaram para manifestar oposição ao deputado quando os músicos cantaram a música “Odeio”. No refrão da canção, eles completavam a letra aos gritos de “odeio você, Cunha”.
Ao fim da música, os fãs de Gil e Caetano prosseguiram o manifesto ao coro de “Fora, Cunha!”. Os músicos, durante a manifestação, não aparentaram nenhuma contrariedade e seguiram com o show.

STF deverá decidir data de desfecho do impeachment, diz Folha de São Paulo

RANIER BRAGON
MARINA DIAS
GUSTAVO URIBE

DE BRASÍLIAA batalha do governo federal e os partidos de oposição sobre a data de desfecho da análise do pedido de impeachment de Dilma Rousseff pela Câmara dos Deputados já mobiliza as áreas jurídicas dos dois lados e deve ser decidida pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

O Palácio do Planalto, que até agora avalia contar com votos suficientes para arquivar o pedido, quer um desfecho o mais rápido possível, ainda em janeiro, baseado na expectativa de que as festas de fim de ano e as férias de verão esvaziem os movimentos de rua anti-Dilma.

Já a oposição e o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), trabalham com o diagnóstico de que em fevereiro ou março a esperada deterioração do quadro econômico impulsionará uma nova onda de protestos de rua e provocará dissidências na base dilmista.

Cunha deve apresentar um parecer encomendado à área técnica sustentando que o Congresso Nacional tem que entrar em recesso no próximo dia 23 –até 1º de fevereiro de 2016– mesmo que não haja a aprovação da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias).

Com isso, o trâmite do impeachment será suspenso possivelmente na fase limite para que Dilma apresente sua defesa –é impossível precisar a data, já que ela é definida em número de sessões da Câmara, que podem ou não ocorrer em todos os dias úteis.

O governo federal, o PT e técnicos da Câmara, porém, afirmam que a Constituição é clara em dizer que “a sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias”.

A polêmica jurídica se dá porque a LDO tem que ser votada no primeiro semestre, sendo que eventuais atrasos sustam normalmente o recesso do meio do ano.

Em 2015, houve um atraso demasiado e a LDO ainda aguarda a convocação de uma sessão do Congresso Nacional para ser votada.

Auxiliares de Dilma e integrantes do PT afirmaram na sexta (4) entender que o Congresso não pode entrar em recesso sem votar a LDO.

Dizem estar cientes da inclinação de Cunha de usar o parecer técnico em sentido contrário para paralisar por 45 dias tanto a tramitação do impeachment quanto a do seu processo de cassação no Conselho de Ética da Câmara.

Esses auxiliares afirmam que estão estudando os meios jurídicos de contestar essa posição, mas afirmam que o martelo só será batido assim que as cartas forem colocadas na mesa por Cunha.

A intenção do Planalto é que eventual ingresso no Supremo seja feito por parlamentares da base aliada ou pela Executiva nacional do PT.

ATO CONJUNTO

Além da polêmica em torno da LDO, o Congresso pode cancelar o recesso caso seja convocado por um ato conjunto dos presidentes da Câmara e do Senado, a requerimento da maioria dos congressistas ou da própria Dilma.

Porém, em todos esses casos, é preciso aprovação por maioria absoluta pelos plenários da Câmara e do Senado –pelo menos 257 dos 513 deputados e 42 dos 81 senadores.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), não indicou até agora se apoia ou não a convocação do Congresso em janeiro.

O trâmite do impeachment tem um prazo corrido de cerca de 30 dias. Uma comissão especial a ser instalada na terça-feira (8) e composta por 65 deputados irá dar um parecer favorável ou não à abertura do processo de impedimento.

Cabe ao plenário da Câmara a decisão, em votação aberta e com chamada nominal para que os deputados declarem o voto nos microfones.

Caso ao menos 342 de 512 deputados (Cunha não vota) apoiem o impeachment, Dilma é afastada do cargo e o Senado instaura o processo.

Temer está preparando uma rasteira em Dilma, e Henrique Alves está com o vice de olho na presidência

O corruchiado é grande

O vice-presidente Michel Temer (PMDB) conseguiu nos últimos dias algo raro na política brasileira: a união dos senadores tucanos Aécio Neves (MG) e José Serra (SP) e do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, em torno de uma estratégia comum que tem como objetivo a disputa pela Presidência. O vice presidente tem contado com as articulações do ministro do Turismo e seu  fiel seguidor ex-presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves.

Coube ao ministro ‘traiçoeiro’ provocar uma conversa entre Aécio Neves e Temer e articular apoio ao impeachment juntos aos deputados.

Em resposta às articulações do vice, a presidente Dilma Rousseff afirmou ontem (5), no Recife, que espera “integral confiança do Michel Temer”. “Tenho certeza de que ele a dará”, completou a presidente.

Divididos desde o início da crise que ameaça o mandato da petista, em março deste ano, os três presidenciáveis tucanos decidiram apoiar – e, em alguns casos, encorajar – Temer a trabalhar pelo impeachment de Dilma.

Até meses atrás, apenas Serra era um entusiasta da ideia de ver o peemedebista no Planalto. Aécio jogava para tirar Temer e a presidente de uma só tacada e disputar uma nova eleição. Alckmin queria manter Dilma no cargo até 2018, quando também termina o mandato dele no Palácio dos Bandeirantes.

Por conta das movimentações de seu vice, Dilma, entretanto, não esconde a preocupação com o afastamento cada vez maior dele e pediu aos articuladores políticos do governo que monitorem o PMDB com lupa. Nos bastidores, ministros avaliam que Temer flerta com o PSDB para assegurar sua ascensão ao poder e vai lavar as mãos em relação ao processo de impeachment.

O vice tem conversado há tempos com os tucanos, movimento visto no Planalto como “conspiração”. Com o mote da “pacificação nacional”, porém, Temer circula na oposição e é assíduo interlocutor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, fato que intriga até mesmo petistas.

A possibilidade de debandada do PMDB começou a inquietar o governo na sexta-feira, quando o ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha (PMDB), aliado de Temer, pediu demissão. Desde então, o Planalto redobrou o cuidado na checagem do índice de fidelidade do principal partido da coligação, que ganhou sete ministérios há dois meses.

Adversário de Dilma, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pressiona ministros como Henrique Eduardo Alves (Turismo) e Celso Pansera (Ciência e Tecnologia) a entregar os cargos, mas eles resistem.

No Palácio dos Bandeirantes, auxiliares do governador de São Paulo dizem que, dependendo do pêndulo do PMDB e das vozes das ruas, o impeachment pode evoluir rapidamente. Temer vai se encontrar publicamente com Alckmin amanhã (7), na cerimônia de premiação do grupo de líderes empresariais Lide, presidido por João Doria Júnior.

Encontro reservado

Ontem (5), eles participaram juntos de um evento na capital paulista e tiveram uma conversa em local reservado. A aproximação com adversários do governo está se estreitando. Na quarta-feira, por exemplo, horas antes de Cunha aceitar o pedido de impeachment, Temer, que é presidente do PMDB, foi anfitrião de um almoço com sete senadores de oposição, no Palácio do Jaburu.

À mesa foi discutido o afastamento de Dilma. Um senador observou ali que a presidente não poderia contar nem com Lula e muito menos com o presidente do PT, Rui Falcão, que orientou os três deputados do partido no Conselho de Ética a votar contra a anistia a Cunha. A decisão, com o aval de Lula, foi uma aposta para salvar o PT, desgastado com os escândalos.

Na prática, parte do PSDB aceita apoiar um eventual governo de transição comandado por Temer, caso Dilma caia, desde que o vice garanta não disputar a eleição de 2018. Tucanos dizem, porém, que mesmo assim não ocupariam cargos porque isso seria um “salto no escuro”.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Bumlai diz à PF que ajudou a fundar PFL e PSDB

Em depoimento à PF, Bumlai disse que ajudou a fundar o antigo PFL e PSDB

Conhecido ultimamente como amigo do ex-presidente Lula, o pecuarista José Carlos Bumlai, que está preso desde o último dia 24por envolvimento na Operação Lava Jato, disse em seu depoimento aos delegados e procuradores federais que ajudou a fundar o antigo Partido da Frente Liberal (PFL) e o PSDB. 

Bumlai é suspeito de tráfico de influência, na intermediação de empréstimo de R$ 60 milhões tomado pelo Banco Schahin do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A Polícia Federal apura se parte do dinheiro foi repassado como propina ao PT.

Bumlai também é suspeito de ter participado da corrupção na Petrobras desde o governo Lula. O MPF e a PF suspeitam que Bumlai utilizou contratos firmados na Petrobras para quitar empréstimos junto ao Banco Schahin. O dinheiro desses financiamentos, segundo os investigadores, foi a fonte de repasses ilegais ao PT. O Ministério Público suspeita que a dívida de Bumlai com o Banco Schahin foi perdoada em troca da contratação de uma empresa ligada ao banco para fornecer um navio-sonda à Petrobras.

É o que diz, inclusive, o principal acionista do grupo Schahin, Salim Schahin. Em delação premiada, ele afirmou que esse contrato – para operação do navio-sonda Vitória 10.000 – foi uma compensação do perdão de uma dívida que o PT tinha com as empresas do grupo. O empresário afirma que em 2004 seu banco emprestou R$ 12 milhões a José Carlos Bumlai, que alegou que o dinheiro era para o PT.

Conforme Schahin, para confirmar que o dinheiro era para o PT, Bumlai marcou um encontro entre os acionistas do grupo Schahin com o então tesoureiro do partido, Delúbio Soares. Como Bumlai não pagou o financiamento, em 2005 o banco lhe fez outro crédito para que ele pudesse quitar a primeira dívida. Em 2009, o grupo assinou contrato no valor de US$ 1,6 bilhão, sem licitação, para operar o navio-sonda. Em seguida, disse o empresário, a dívida de Burlai – que nunca foi paga – foi perdoada.

Carnatal: Oito7nove4 fez mega show no Palco Skol e encerrou o sábado em grande estilo

Depois de fazer o Vumbora na quinta-feira, Oito7nove4 fez mega show no Palco Skol e encerrou o sábado em grande estilo. Rafa e Pipo Marques animaram a Arena Carnatal com os sucessos ‘Quando você me procurar’, ‘Pedida perfeita’ e ‘Se eu fosse um peixinho’ . Além das suas canções, a dupla cantou hits do Bell Marques e outros clássicos  do axé. Oito7nove4 ainda puxa o Vumbora, com Bell Marques, no domingo de Carnatal. Prometendo um grande encerramento, com direito à três voltas, os meninos vão vir com tudo!

Movimentos pró e contra impeachment preparam mobilizações pelo país

Organizações contrárias e favoráveis ao impeachment de Dilma lutam contra o tempo para mobilizar o público e realizar atos por todo o país ao longo da próxima semana

Grupos pró-impeachment organizam ato em todo o país no próximo dia 13

Com a decisão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de dar início ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, na última quarta-feira (2), movimentos favoráveis e contrários à saída de Dilma se organizam para tomar as ruas a partir da próxima semana. O objetivo convencer a opinião pública e pressionar parlamentares para se posicionar a favor – ou contra – a interrupção do governo Dilma.

A favor do impeachment, 11 grupos unirão esforços no próximo domingo (13), em várias cidades do país, para o que tem o objetivo de ser uma grande manifestação nacional pelo afastamento de Dilma. Até o momento foram confirmados atos em 12 capitais: São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Natal, Recife, Belém, Aracaju, Cuiabá, Salvador e Teresina. Em quatro cidades (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Curitiba), os atos terão início às 13h. A escolha da data e do horário não foi por acaso, como explica Julio Lins, 18, porta-voz do movimento Vem Pra Rua. “É um ato apropriadamente simbólico. No dia 13, às 13 horas pelo ‘fora 13’, ‘fora Dilma’”.

Antes mesmo do ato nacional, o Movimento 31 de Julho planeja realizar uma manifestação neste domingo (6) no Posto 12, na praia do Leblon, no Rio de Janeiro, às 10h.

De acordo com os organizadores, diferente das outras mobilizações, a manifestação do dia 13 buscará envolver políticos na divulgação. “Agora vamos buscar uma parceria maior com os políticos, vamos cobrar que façam convocações, postem vídeos, chamem o povo através de suas páginas na internet, compareçam às manifestações, porque a partir desse momento o papel institucional vai prevalecer. Nós fizemos a nossa parte e continuaremos fazendo, mas agora também chegou a hora deles botarem a mão na massa”, diz Julio.

A coordenadora do Nas Ruas, Aliança Nacional dos Movimentos Democráticos e da União Democrática Ruralista, Carla Zambelli, 35, reforça que “detsa vez políticos serão bem-vindos”. Carla conta que políticos pró-impeachment como os deputados Jair Bolsonaro (PP-RJ), Mandetta (DEM-MS), os tucanos Bruno Araújo (PE), Nilson Leitão (MT), o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP) e o líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), normalmente participam dos atos. “Fica aí o convite para todos os deputados, inclusive os da base governista que queiram se posicionar e que queiram estar ao lado do povo para se manifestar publicamente e mostrar que abandonaram o barco antes de ele afundar”, completa.

Com pouco tempo de mobilização, os organizadores não esperam um público muito maior dos demais atos que aconteceram ao longo deste ano. “Vai ser na verdade um ‘esquenta’”, diz Julio Lins.

Em defesa do mandato de Dilma

Organizações contrárias ao impeachment de Dilma se mobilizam para conter “golpismo”

No lado oposto da disputa, organizações contrárias ao impeachment também se organizam para tomar as ruas. Em vídeo publicado nesta sexta-feira (4), o secretário-geral da CUT Nacional, Sérgio Nobre, convoca os movimentos sociais e partidos da base governista a promoverem atos em defesa do governo de Dilma. “Neste momento é muito importante ocupar as ruas em defesa da liberdade, dos direitos dos trabalhadores, da democracia e contra o impeachment”, afirma Sérgio Nobre.

Na próxima segunda-feira (7), a CUT realizará um evento no Sindicato dos Engenheiros de São Paulo, às 10h, juntamente com representantes de movimentos populares e de partidos políticos para preparar mobilizações em todo o país. “Nós vamos sentar para tirar uma estratégia comum para preservar o valor fundamental que é a democracia”, acrescenta Sérgio Nobre, que também pede para que todas as demais bases da organização formem comitês locais para colaborar na organização de atos contrários ao impeachment. O presidente nacional do PT, Rui Falcão, já confirmou presença na reunião, que também deverá contar com a participação do ex-presidente Lula.

Já no dia 8 a CUT-RJ realizará um ato contra o impeachment. A concentração está marcada para às 16h na Candelária, no Rio, de onde os manifestantes marcharão até a Cinelândia. No dia 10 a diretoria executiva da CUT fará uma reunião ampliada com as sedes estaduais para preparar novas mobilizações pelo país. Segundo Sérgio Nobre, é preciso “deixar claro para o país que quem quiser governar terá que passar por eleições, respeitar as instituições e a democracia é um valor fundamental para a classe trabalhadora, e ela veio para ficar no Brasil”.

A Executiva Nacional do PT divulgou na sexta-feira (4) uma resolução em que coloca o partido em “estado permanente de mobilização” e “conclama o conjunto das forças democráticas a defender o regime constitucional e o legítimo mandato da presidenta Dilma Rousseff”.

O documento classifica o acolhimento do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff pelo presidente da Câmara, como “sórdida vingança”, uma vez que o anúncio foi feito no mesmo dia em que o PT decidiu não apoiar Cunha no Conselho de Ética, onde ele responde a uma acusação de quebra de decoro parlamentar.

Por fim a Executiva Nacional da legenda “convoca sua aguerrida militância a ocupar o lugar que lhe cabe, com firmeza e generosidade, nas trincheiras da democracia