Do UOL, em São Paulo
Apontadas como uma espécie de termômetro para o impeachment da presidente da República, as primeiras grandes manifestações antigoverno ocorridas depois da acolhida do processo de impedimento de Dilma Rousseff pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, não contaram com um comparecimento massivo da população. Mas, para os organizadores, os protestos deste domingo (13) foram eram apenas um “esquenta” para manifestações maiores em 2016.
Até às 18h deste domingo (13), atos pró-impeachment haviam ocorrido em 19 Estados, além do Distrito Federal.
Em São Paulo, cerca de 80 mil pessoas estiveram na Avenida Paulista, segundo os organizadores –até às 17h40, a PM ainda não havia apontado uma contagem de manifestantes no local. O número é bem abaixo do registrado no protesto ocorrido no dia 15 de março, quando 210 mil pessoas, segundo o Instituto Datafolha, estiveram presentes no local –para a PM, foram cerca de 1 milhão de manifestantes.
Na capital Brasília, a manifestação fez com que vias da Esplanada dos Ministérios fossem fechadas e reuniu 6.000 pessoas, de acordo com a Polícia Militar (PM), e 30 mil, segundo os organizadores. No Rio, o ato se deu na Praia de Copacabana e reuniu cerca de 5.000, segundo organizadores. A PM afirmou que não fará estimativa de público.
Em Belo Horizonte, a Polícia Militar estimou em 3.000 os manifestantes que ocuparam a região da Praça da Liberdade. Para organizadores, havia o dobro: 6.000 pessoas.
Em outras capitais, públicos modestos também foram registrados. Em Porto Alegre, organizadores estimaram o público em 3.000 pessoas, mas a Brigada Militar apontou número bem menor: cerca de 400 pessoas. Em Curitiba, o número de manifestantes ficou entre 7.000 pessoas (segundo a Polícia Militar) e 20 mil (de acordo com organizadores).
A manifestação em Recife contou público estimado entre 500 e mil pessoas, de acordo com organizadores (a PM não calculou o público). Em Salvador, a Polícia Militar estimou em 500 o número de pessoas que participaram do protesto a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff –organizadores apontaram um público de até 2.000 pessoas.
A maior adesão de manifestantes em protestos anti-governo pelo país, até o momento, se deu no dia 15 de março. Naquela ocasião, cerca de 2 milhões de pessoas foram às ruas para protestar contra o governo federal.