Brasília – Para o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), transformou a Casa Legislativa em um “balcão de negócios”.
A afirmação consta de trecho do pedido de afastamento de Cunha do cargo em que os investigadores detectaram troca de mensagens de celular e outras informações que provariam que Cunha é um “longa manus” de empresários para apresentar medidas legislativas que o beneficiassem.
“E Eduardo Cunha recebia valores, seja por doações oficiais, para si ou para os deputados que o auxiliavam (também este o motivo pelo qual possui tantos seguidores), ou por meio de pagamentos ocultos”, escreveu Janot.
Cunha é suspeito de atuar em ao menos onze medidas provisórias para beneficiar bancos em liquidação e o banqueiro André Esteves, do BTG Pactual. De acordo com da Procuradoria-Geral da República (PGR), o peemedebista atuou “protegendo os interesses ilícitos destes em detrimento do interesse público, visando, assim, receber vantagens indevidas”.