Arquivo diários:19/04/2016

Em nota partidos pró-impeachment refutam tese de golpe

Líderes e presidentes de 15 partidos que votaram a favor da admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, no último dia 17, acusaram hoje (19) a presidente de “encenar” para a imprensa estrangeira que é vítima de um golpe.

Em nota, os partidos dizem que Dilma “inverte sua posição de autora em vítima” e repudiam “de forma veemente”, o “triste espetáculo encenado” por Dilma Rousseff na entrevista à imprensa estrangeira.

No documento, os partidos dizem que na entrevista a correspondentes estrangeiros a presidente “procurou desqualificar a soberana decisão da Câmara dos Deputados”, que obedecendo às regras estabelecidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou “o processamento da denúncia formulada contra ela por crime de responsabilidade”.

“A presidente da República insistiu no erro de tachar de ilegal e golpista a ação dos deputados, omitindo propositadamente que o rito do impeachment foi determinado pelo STF, nos julgamentos das inúmeras e frustradas tentativas de seu governo de impedir a atuação do Poder Legislativo. O impeachment foi chancelado pela Suprema Corte do Brasil”, diz trecho do documento.

As lideranças partidárias esclarecem que a Câmara autorizou o Senado a dar andamento ao processo e promover o julgamento da presidente, onde ela terá amplo direito de defesa. “A presidente desconsidera que está sendo acusada de ter cometido um dos maiores crimes que podem ser praticados por uma mandatária, já que a vítima, no caso, é toda a nação. Para defender-se ela inverte sua posição de autora em vítima”, diz a nota.

Em outro trecho do documento, os partidos dizem que “a vã tentativa de vitimização, sob a alegação de injustiça, não encontra amparo no relatório da comissão especial, na decisão do plenário da Câmara, nas decisões do STF, na realidade dos fatos e na soberana vontade da ampla maioria da população brasileira”.

Assinam o manifesto os seguintes partidos: PMDB, PSDB, PSD, PSB, DEM, PRB, PTB, SD, PTN, SD, PSC, PPS, PV, PROS e PSL

Bocão: Gim Argello fecha delação premiada e acusa Renan Calheiros

Por Bárbara Lobato

Brasília

O ex-senador Gim Argello fechou nesta terça-feira (19/04) termos para delação premiada. O advogado Marcelo Bessa, que defende o ex-senador, participou das negociações junto a integrantes da Força-Tarefa da Lava Jato em Curitiba.

De acordo com fontes que acompanharam as tratativas, um dos alvos da delação é o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) presidente do Senado Federal que, atualmente, conduz o processo de admissibilidade do impeachment da presidente Dilma Rousseff.

De acordo com fontes que acompanharam tratativas do ex-senador, um dos alvos da delação será o senador Renan Calheiros, atual presidente do Senado Federal. O ex-senador Gim Argello também já apareceu em delação de Ricardo Pessoa, da empreiteira UTC, e Júlio Camargo, que representava a Toyo Setal.

Atualmente o presidente do Senado é alvo de nove inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF), investigado sob suspeitas de irregularidades em negociar propina em acordo da Petrobras com a categoria dos práticos (os profissionais responsáveis por orientar os comandantes de navio a atracar nos portos), propina de contratos da Transpetro (subsidiária da Petrobras) e favorecimento à empresa Serveng junto à estatal.

Fugindo das pressões, Renan quer entregar a Lewandowski condução do impeachment após admissibilidade

renanLO presidente do Senado e do Congresso Nacional, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que vai convidar o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, a participar do rito do processo de impeachment de Dilma Rousseff antes do momento previsto na Constituição Federal, inclusive para conduzir as sessões de votação sobre o tema.

Pela lei, Lewandowski deveria assumir a sessão do Senado que vai votar, em plenário em última instância, sobre o impeachment da presidenta Dilma Rousseff – prevista para ocorrer somente em setembro, se o processo tiver prosseguimento na comissão especial e no plenário do Senado. No entanto, Renan Calheiros anunciou hoje (19) que deseja que Lewandowski participe logo, após a fase de análise da admissibilidade, para evitar “questionamentos jurídicos”, conduzindo as sessões e tomando decisões.

“A partir da admissibilidade, se for o caso, vou transferir a presidência do Senado Federal ao presidente do Supremo Tribunal Federal”, disse Renan aos senadores. “Até a sessão que vai votar a admissibilidade ou a inadmissibilidade, as questões serão resolvidas pelo presidente do Senado. A partir disso, com a chegada do presidente do STF para presidir a sessão do impeachment, todas as questões de ordem, que são muitas, serão decididas pelo presidente do STF”, completou.

‘Estou de alma lavada’ disse Dilma depois de descer a rampa do Planalto para receber flores das mulheres

Cerca de 400 mulheres levam rosas para a presidente Dilma no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), na noite desta terça-feiraDa Folha de São Paulo

GUSTAVO URIBE
DE BRASÍLIAEm um comportamento pouco usual na Presidência da República, Dilma Rousseff desceu nesta terça-feira (19) a rampa do Palácio do Planalto pela primeira vez fora de um compromisso oficial desde que assumiu o cargo.

A petista foi ao encontro de cerca de 400 mulheres que faziam protesto em seu apoio na frente da sede administração da Presidência da República. A intenção da manifestação foi fazer um “abraçaço” em solidariedade á presidente.

Com flores na mão e visivelmente emocionada, a petista que enfrenta um processo de impeachment no Congresso Nacional desabafou entusiasmada: “Estou de alma lavada”, disse.

Ela permaneceu por cerca de vinte minutos cumprimentando e fazendo fotos com manifestantes, acompanhada pela ministra Eleonora Menicucci (Mulheres) e pela presidente da Caixa Econômica Federal, Miriam Belchior.

“Sobe e desce, a rampa é sua”, gritaram as manifestantes.

Em 2011, a petista desceu a rampa para acompanhar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva quando ele deixou o Palácio do Planalto. A presidente já havia também descido em visita oficial de chefe de estado como uma manifestação de cortesia.

Conselho de Ética não segue decisão de aliado de Cunha e mantém investigação

Felipe Amorim
Do UOL, em Brasília

O presidente do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, José Carlos Araújo (PR-BA), informou que a decisão de limitar as investigações contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), não será seguida e que estão mantidos os depoimentos de testemunhas e o trabalho do relator.

Araújo se pronunciou por meio de nota à imprensa poucas horas depois de ser anunciada, nesta terça-feira (19), a decisão do 1º vice-presidente da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), de limitar o poder de investigação do Conselho.

Maranhão acatou recurso do deputado Carlos Marun (PMDB-MS) que pedia para o Conselho realizar investigações e ouvir testemunhas apenas sobre a acusação de que Cunha teria mentido à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Petrobras quando disse não ter contas bancárias no exterior.

Posteriormente, a Procuradoria-Geral da República confirmou a existência de contas na Suíça em nome de Cunha e de seus familiares.

“Diante dessa decisão [de Maranhão] fica clara mais uma vez a intervenção do presidente da Câmara no Conselho de Ética. No entanto, as testemunhas estão mantidas, e o processo continuará sem limitações”, afirma Araújo, no texto da nota.

O Conselho de Ética planeja ouvir na próxima semana investigados pela Operação Lava Jato, como o delator Fernando Soares, o Fernando Baiano.

Alerta: políticos piratas estão querendo saquear o governo de Robinson Faria

Uma patota de políticos  piratas do bico grande, estão querendo bicar e saquear com sacos pretos o governo Robinson Faria.

Este grupo que sempre faz uma ponte para entrar em qualquer governo está gerando uma crise para enfraquecer o governador e meter a mão no que é do povo.

Robinson enfrenta uma grande crise, perdeu o secretário de Educação, o secretário de Saúde já pediu demissão, e comenta-se que a secretária de Defesa Social entregou o cargo. Eles não querem saber disso.. Diante da dificuldade eles armaram o saque. Querem ocupar ‘espaços’ no governo. Um quer o DETRAN, outro a Secretária de Educação, Emater, Saúde, CAERN e tudo que tiver grana e força política..

Espirito público desses piratas não existe. Eles não querem saber das dificuldades que o Estado enfrenta inclusive para pagar servidores em dia. É uma coisa vergonhosa! Estão brigando pelas tripas do elefante que está quase morto.

Pergunto: por quê esse povo quer entrar no governo?

Respondo: querem entrar para roubar e depois abandonar Robinson da mesma maneira que fizeram com Rosalba.

Não vejo ninguém perto do governador fazendo o jogo dele, o pior é que muitos que estão perto dele querem que o mar pegue fogo para comer peixe frito.

Tem gente até fazendo um puxadinho do seu escritório dentro da governadoria. Depois falo sobre isso.

 

Senado antecipa comissão do impeachment e partidos começam a listar nomes

Felipe Amorim
Do UOL, em Brasília*

O Senado recebeu nesta terça-feira (19) as primeiras indicações nos nomes para a comissão de 21 senadores que vai analisar o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. A comissão deve começar o trabalho na próxima segunda-feira (25), segundo o presidente do Senado, Renan Calheiros, disse na sessão desta tarde. Renan cedeu à pressão da oposição para adiantar a criação do colegiado.

As indicações serão feitas por blocos partidários, que são os grupos formados por alianças entre os partidos no Senado.

Veja o número de vagas de cada bloco e os partidos que já indicaram integrantes:

PMDB – 5 vagas – ainda não indicou oficialmente os nomes

PSDB, DEM e PV – 4 vagas: Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), Antonio Anastasia (PSDB-MG), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) e Ronaldo Caiado (DEM-GO).
PT e PDT – 4 vagas — ainda não indicou oficialmente. No entanto, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ ) disse que ele, José Pimentel (PT-CE) e Gleisi Hoffmann (PT-PR) serão os indicados.
PSB, PPS, PCdoB e Rede – 3 vagas ainda não indicou oficialmente.
PP, PSD – 3 vagas – ainda não indicou oficialmente.
PR, PTB, PSC, PRB, PTC – 2 vagas – Wellington Fagundes (PR-MT) e Zezé Perrela (PTB-MG).

Lido no Senado o pedido de impeachment da presidenta Dilma

Brasília – O primeiro-secretário do Senado, Vicentinho Alves (PR-TO), leu na tarde desta terça-feira, 19, a denúncia de pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. A partir de agora, o processo tem, oficialmente, início no Senado Federal.

Em seguida, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), solicitou que as lideranças enviem em até 48 horas a indicação dos 21 nomes que irão integrar a comissão especial, conforme acordado na reunião de líderes realizada nesta manhã.

Como o prazo determinado por Renan coincide com o feriado de Tiradentes, os blocos terão até sexta-feira para indicar os integrantes da comissão, que será instalada apenas na terça-feira, 26, quando será realizada a próxima sessão ordinária