Rayder Bragon
Colaboração para o UOL, em Belo Horizonte
A venda de animais vivos no Mercado Central de Belo Horizonte, um dos cartões-postais da capital mineira, acontece há 87 anos, mas foi neste ano que ela começou a opor comerciantes do estabelecimento, Ministério Público e órgãos de defesa dos animais.
A prática é tradicional no mercado. Inaugurado em 1929, o local passou a ser um dos mais visitados por turistas e moradores da cidade, com média de 15 mil pessoas por dia. Entre as espécies à venda estão gatos, cachorros, patos, marrecos, além de galos, galinhas, coelhos e pássaros.
Os que são contra a comercialização dos bichos, que ficam expostos em gaiolas dispostas em lojas de uma área específica do mercado, alegam que eles sofremmaus-tratos e ainda trazem riscos para a saúde humana por estarem no mesmo ambiente em que são comercializados alimentos.
No início de novembro deste ano, a Justiça de Minas Gerais concedeu liminar suspendendo a entrada de novos animais no recinto e determinando a retirada gradual e assistida dos que permaneciam nas gaiolas, bem como a suspensão da autorização de venda deles. No entanto, os comerciantes entraram com recurso, e a liminar foi suspensa até a apreciação do mérito, que ainda não tem data para ser julgado.