Peço desculpas a meus estimados primos e primas pelo fato de desde ontem não ter alimentado nosso modesto Blog do Primo. Desde ontem, mais uma vez fui obrigado a comparecer na Justiça Federal para me defender de mais uma acusação leviana do Ministério Público Federal baseada apenas na palavra de um delator.
A denúncia foi apresentada pelo fato do delator der declarado que eu teria indicado uma pessoa para exercer um cargo do IPEM/RN e recebido parte do salário do indicado.
O “indicado” no caso foi o senhor Raul Isac Azevedo da Nóbrega que negou tão denuncia, afirmando que jamais me deu qualquer tipo de vantagem. Todas testemunhas, inclusive de acusação, declararam que jamais ocorreu tal fato, não existindo no processo nenhuma prova material, uma gravação ou documento de qualquer especie que aponte para comprovar o que foi dito pelo delator Richandon Macedo, que até hoje continua rico, desfrutando de seus bens e talvez lavando os pés com Whisky Old Parr..
Infelizmente, vivemos num país onde apenas a palavra de um criminoso confesso, premiado e protegido pelo Ministério Público por fazer delação é o bastante para um Juiz aceitar uma denúncia, sem provas, apenas se valendo da palavra do delator, transformar uma pessoa e réu.
Perdi dois dias de trabalho, passei por constrangimentos..
Mais uma vez comprovo que pelo fato de ser crítico do Ministério Público fui forçado a me defender por um crime que não cometi.. todo mês tenho que interromper minhas atividades para responder denúncias do MP.. Há um mês foi obrigado a provar que jamais tinha sido intimado para comparecer numa audiência, e em razão disso foi decretada minha prisão.. Neste caso, mostrei que existiu erro ou maldade, me apresentando e provando minha verdade..
Tenho certeza que um dia vão conseguir me prender, disso não tenho dúvidas, mas não vou me calar contra qualquer tipo de injustiça ou abuso de autoridade – não quero viver num país onde pessoas são condenadas sem provas, apenas por convicção dos magistrados baseados em palavas de delatores..
Até quando isso vai continuar?
De uma coisa tenho certeza, enquanto me perseguirem eu continuarei criticando o judiciário e Ministério Público. Como diz Janot: “enquanto tiver bambu, haverá flechas”..
Existe nescidade de uma reforma urgente neste país, temos que convocar uma Assembleia Constituinte para reordenar nosso país, começando pelo Poder Judiciário.
O Brasil tornou-se o paraíso dos delatores, o Ministério Público que não sabe investigar, usurpando competência das polícias judiciárias, utiliza mau o instituto da delação premiada, muitas acordadas sob pressão, para acusar pessoas da classe política e seus críticos.
Richardson continua solto, desfrutando de todos os seus bens, gastando dinheiro suspeito e mangando de todos.. Está provado que a delação premiada de Richandson é mentirosa, quero saber se ela será anulada ou não.. Até um ex-desembargador federal ele acusou em delação para aumentar seu premio e proteção.
Um fato me causou estranheza: na delação o senhor Richardson acusou o senador Garibaldi Alves de comprar o apoio do então deputado Gilson Moura na eleição de 2016, a denúncia está na inicial da acusação do Ministério Público Federal, citei o fato, e fico estarrecido em não tomar conhecimento que tal acusação não tenha sido levada ao conhecimento da Procuradoria Geral da República ou se levada não ter sido denunciado ao Supremo Tribunal Federal – não estou afirmando que a denúncia na delação do senhor Richardson seja verdadeira, mas, até que me prove o contrário, o MPF do RN prevaricou.
Por que o MPF me denunciou e não apresentou denúncia também contra o senador?
Para retratar melhor tudo que aconteceu, publico gravação do meu depoimento ao juiz federal Walter Nunes e ao procurador da República Rodrigo Telles que foi recentemente afastado da Operação Lava Jato.
Quero agradecer e registrar a eficiência e presteza da defensora pública federal, Dra. Lorena Dantas Costa de Melo que foi diligente no cumprimento de suas atribuições..
Confira o áudio gravado da audiência: