O bilionário príncipe saudita Alwaleed bin Talal, 62 anos, foi preso neste domingo (5), no âmbito de uma investigação anticorrupção patrocinada pelo rei Salman, que criou um comitê para combater desvios no país.
A operação também deteve outros 10 membros da família real da Arábia Saudita e mais 38 pessoas, entre ex-ministros, ex-vice-ministros e homens de negócios. A maior parte deles estava em hotéis de luxo da capital Riad.
Dono de um patrimônio estimado em cerca de US$ 20 bilhões, o príncipe Alwaleed é um dos homens mais ricos e influentes do mundo e possui investimentos em empresas como Twitter, Apple, News Corporation e Citigroup.
Além disso, é acionista de maioria do grupo Rotana, que controla dezenas de emissoras de rádio e TV em língua árabe. Apesar de não ter nenhuma posição no governo saudita, o príncipe sempre opinou sobre questões relevantes para a monarquia, como seu apelo no ano passado em defesa das mulheres ao volante.
Segundo as autoridades de Riad, os presos colocaram o “benefício pessoal” acima do interesse público e desviaram recursos do país. Alwaleed é neto de Ibn Saud, primeiro rei e fundador da Arábia Saudita, e sobrinho do atual monarca.