Parentes de tripulantes de submarino desaparecido brigam entre si

CAROLINA VILA-NOVA
ENVIADA ESPECIAL A MAR DEL PLATA

FOLHA DE SÃO PAULO

A falta de informações sobre o destino dos 44 tripulantes do submarino argentino ARA San Juan, que persiste 12 dias após seu desaparecimento no mar, fez surgirem tensões entre as diferentes famílias dos submarinistas.

Quando Itatí Leguizamón compareceu nesta tarde à Base Naval de Mar del Plata para obter informações, alguns parentes se revoltaram.

Leguizamón, mulher do tripulante Germán Suárez, acredita que todos que estavam a bordo do submarino estão mortos e tem manifestado sua opinião abertamente em entrevistas a meios de comunicação.

“Quiseram me bater, me mandaram calar a boca”, disse ela após ter sido retirada da base pelos militares, que quiseram evitar problemas maiores.

“Me aproximei para saber se havia alguma novidade e as famílias começaram a me agredir”, afirmou.

Segundo ela, os demais parentes não aceitam que ela diga que todos estejam mortos.

“Querem que sejam respeitados porque acreditam que vão encontrá-los. São tão ignorantes de acreditar nisso. Por que não dizem a verdade? Foi uma implosão. Não há possibilidade de [encontrá-los com] vida. Por que não aceitam? Não é preciso ser néscio.”

 

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