Dono da TrafficJ, J. Hawilla, depõe com balão de oxigênio e diz ter pago propina a Teixeira

Hawilla, jornalista e dono da Traffic, em registro de 2010

James Cimino

Colaboração para o UOL, em Nova York (EUA)

O ex-jornalista esportivo e presidente da Traffic Assessoria e Comunicações, J. Hawilla, foi chamado pelo governo dos Estados Unidos a depor no caso Fifa nesta segunda-feira, na Suprema Corte do Brooklyn. Acompanhando de duas intérpretes, porque não fala inglês, e usando um balão de oxigênio, Hawilla descreveu as atividades de sua empresa, que começaram com anúncio em pontos de ônibus, depois em estádios de futebol e, por fim, a negociação dos direitos de transmissão e anúncios em campeonatos como a Copa América e a Libertadores da América.

Hawilla disse que pagava propina para Nicolas Leoz, ex-presidente da Conmebol, Julio Grondona, ex-presidente da Federação Argentina, morto em 2014, e Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF, e ainda que foi sócio da empresa argentina TyC (Torneos y Competencias), responsável pelo pagamento de propina. Segundo ele, fora dos termos do contrato, a Torneos y Competências ficava responsável pelo pagamento das propinas, que apareciam nos balanços como “despesas”. A primeira vez que ele pagou propina foi para o Leoz, em 1991, quando negociava os contratos das Copas América de 1993, 95 e 97.

“Não lembro o valor total, mas foi entre US$ 400 mil e US$ 600 mil. Foi um erro. Eu não devia ter pago e me arrependo, mas se não pagasse eu poderia perder os direitos

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