Congresso começa ano pressionado por Planalto e eleições e dividido pela Previdência

Plenário da Câmara dos Deputados

Luciana Amaral

Do UOL, em Brasília

O Congresso Nacional retorna aos trabalhos nesta segunda-feira (5) pressionado pelo Palácio do Planalto e pelas urnas sobre como proceder em relação à reforma da Previdência. Ainda sem votos para passar a matéria no plenário da Câmara, governistas correm contra o tempo para alcançar os 308 votos favoráveis necessários até 20 de fevereiro, quando está prevista para ser pautada.

No entanto, parte dos deputados ainda se encontra dividida em apoiar a proposta por causa da pressão pública. Com eleições marcadas para daqui a oito meses e resistência da população, os parlamentares calculam qual posicionamento tomar a fim de não perder votos.

Oficialmente, pela Constituição, o ano legislativo começou na sexta (2), mas o presidente do Congresso e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), preferiu adiar a sessão solene de abertura dos trabalhos para contar com a presença dos parlamentares em Brasília – sextas, em geral, são dias em que deputados e senadores estão nas bases eleitorais.

Na sessão, marcada para as 17h, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, entregará ao Legislativo a mensagem do Executivo, elaborada pela equipe do presidente da República, Michel Temer (PMDB). O texto aborda as expectativas do Planalto para 2018 no Congresso e deverá ser lido pelo segundo-secretário do Senado, senador Gladson Cameli (PP-AC).