No seu discurso de despedida do Exército, ontem, quarta (28), o general do Exército Antonio Hamilton Mourão, chamou de “herói” o coronel Carlos Brilhante Ustra (1932-2015), ex-chefe do DOI-CODI do II Exército, um dos principais órgãos da repressão durante a ditadura militar e acusado de inúmeros crimes pela Comissão Nacional da Verdade.
O general Mourão deixou a Secretaria de Economia e Finanças do Comando do Exército nesta quarta e passou à reserva, após ter dado declarações públicas com sugestão de uma intervenção militar e críticas ao presidente Michel Temer.
Após a solenidade, indagado pela Folha sobre a menção a Ustra, Mourão disse que ele foi seu comandante, “combateu o terrorismo e a guerrilha, por isso ele é um herói”.
Na entrevista, Mourão atacou a intervenção determinada pelo governo no Rio e disse que o interventor, o general Braga Netto, é “um cachorro acuado” porque a intervenção deveria ter também afastado o governador Luiz Pezão (MDB).