De acordo com a mais recente lista da revista Forbes, divulgada na semana passada, Bezos tem uma fortuna calculada em us$ 112 bilhões. É o primeiro ser humano cuja riqueza precisa de 12 dígitos para ser expressa. Tomou o lugar que foi, por anos, de Bill Gates — hoje com cerca de us$ 90 bilhões.
Vista de outro modo, a grana de Bezos supera a combinação dos dez brasileiros mais ricos na lista da Forbes, entre eles Jorge Paulo Lemann e seus colegas da 3G Capital, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, além do banqueiro Joseph Safra e de Eduardo Saverin (um dos fundadores do Facebook), entre outros.
A maior parte do dinheiro de Bezos vem da Amazon, gigante do varejo digital, temida na mesma proporção em que é admirada. Bezos tem planos grandiosos. Quer vender o maior número possível de coisas pela Amazon. Já falou em mandar o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao infinito por meio de sua empresa de transporte espacial, a Blue Origin. Quer incomodar os varejistas de alimentos com a rede de lojas Whole Foods. Quer fazer dinheiro com informação pelo Washington Post, que se torna referência em jornalismo digital. Agora, quer entrar no setor financeiro. De acordo com o diário The Wall Street Journal, a Amazon negocia com o banco jp Morgan Chase para lançar serviço financeiro voltado para compras on-line, destinado a jovens e pessoas sem conta bancária. Para a Amazon, seria uma forma de ter acesso direto ao bolso dos clientes, cortar custos com empresas que intermedeiam as transações financeiras e, mais valioso ainda, ter acesso a dados capazes de determinar renda e hábitos de consumo de clientes.