Conselho dos Direitos Humanos pede proteção a familiares de Marielle

Por Agência Brasil

RIO  –  Integrantes do Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH) estiveram na sexta-feira no Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) para discutir desdobramentos das mortes da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, assassinados a tiros na noite de quarta-feira. Eles se reuniram com o procurador-geral Eduardo Gussem e com outros procuradores. Entre os assuntos tratados estava a proteção de pessoas próximas às vítimas.

“Não transfiram o peso da investigação para os familiares e pessoas mais próximas. Estamos aqui para cobrar das instituições essa responsabilidade. O caso teve muita repercussão e muita gente tem procurado falar com as pessoas próximas, que estão em um momento de luto e também com medo. Às vezes, alguém consegue um número de celular e liga. Mas não podemos expô-las. Esse é o pedido que recebemos delas e estamos externando”, disse Fabiana Severo, presidente do CNDH.

Segundo ela, é um pedido para que a sociedade em geral, e não apenas a mídia e os veículos de imprensa, lidem de forma humanizada com a situação e ajudem a preservar a integridade dessas pessoas, não apenas física, mas também psíquica. “Vamos fazer as perguntas sobre a investigação e sobre as especulações naturais que acabam surgindo diretamente às instituições”, acrescentou.