Ciro mostra como tirar 66 milhões de pessoas do SPC propondo reduzir compulsório para refinanciar dívida de brasileiros

Resultado de imagem para Ciro GomesPor André Guilherme Vieira | Valor

SÃO PAULO  –  O candidato à Presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes, sugeriu a redução do compulsório retido pelo Banco Central das instituições bancárias privadas como medida para viabilizar o refinanciamento de dívidas de milhões de brasileiros.

Segundo o candidato, a ideia é cortar juros sobre juros e multas que incidem sobre dívidas, para retirar o que ele afirmou serem 63 milhões de pessoas em situação de endividamento, inscritas no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC-Serasa).

“Trata-se da questão de entender o volume da dívida que humilha 63 milhões de pessoas. Trata-se de descontar do volume dessa dívida, com a mediação poderosa de um governo que sabe o que está fazendo, e descontar todos os desaforos: juros sobre juros, correção monetária, multas etc. E refinanciar o que sobrar”, explicou.

“Você acha que eu não tenho condição de o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal ou mesmo a rede privada, se eu afrouxar um pouco os compulsórios, de refinanciar R$ 1.400,00 para você limpar o seu nome do SPC?”, indagou a jornalistas em entrevista coletiva.

Ciro disse que, descontados juros e multas, o endividamento médio do brasileiro é de R$ 1400,00. O candidato participou de debate sobre diretrizes e recursos para a Educação promovido pelo instituto Todos Pela Educação, em São Paulo.

A promessa de “limpar o nome dos brasileiros” foi feita por Ciro Gomes na noite de quinta-feira, durante o debate com presidenciáveis promovido pela TV Bandeirantes.

Questionado sobre o fato de a ideia ter se tornado “meme” na internet, com a proliferação de piadas sobre o tema, e de ter ensejado críticas, Ciro ironizou: “Quero que esculhambem mais, quero que transformem isso em um ‘hit’. E já estão conseguindo”.

Durante o evento sobre educação, Ciro foi entrevistado e se irritou quando teve sua fala interrompida pela mediadora enquanto falava sobre a questão de concentração de renda no país. Ela pediu ao candidato que respondesse à pergunta sobre o uso de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (Fundeb).

“Não me interrompa, por favor. Você acha que existe educação sem falar do critério distributivo? Isso é o velho patrimonialismo brasileiro”, disse.

Ciro voltou a dizer que, se for eleito, pedirá a revogação da Emenda Constitucional nº 95, do teto para os gastos públicos. “O baronato brasileiro vai pedir meu fígado já na eleição”.

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