Arquivo diários:18/08/2018

Ataque a Lula e bate-boca entre Meirelles e Boulos; veja frases do debate

Do UOL, em São Paulo

Assim como o primeiro, o segundo debate entre os candidatos à Presidência da República, realizado pela RedeTV! em parceria com a Istoé na noite desta sexta-feira (17), teve poucos embates, exceto a discussão entre Marina Silva (Rede) e Jair Bolsonaro (PSL) e uma discussão entre Henrique Meirelles (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL).

Entre as afirmações dos candidatos, teve críticas da greve dos caminhoneiros, muitas menções a Jesus, Deus e a Bíblia, e algumas alfinetadas, principalmente a quem já ocupou cargos na política. Confira:

Nelson Almeida/AFP

Você é um deputado, um pai de família. Você, num dia desses, pegou a mãozinha de uma criança e ensinou como é que se faz para atirar. Você sabe o que a Bíblia diz sobre ensinar uma criança? ‘Ensina a criança no caminho em que deve andar e, até quando for grande, não se desviará do caminho.’ É esse o ensinamento que você quer dar ao povo brasileiro? E, numa democracia, o estado é laico.

Marina Silva (Rede), respondendo Bolsonaro (PSL) sobre flexibilização do armamento

Nelson Almeida/AFP

Quero dizer e deixar bem claro, na primeira semana vamos adorar o Senhor. Na segunda semana, vai ter um comunicado: ‘Todos os desempregados do Brasil, compareçam na unidade militar mais próxima da sua residência’.

Cabo Daciolo (Patriota), respondendo sobre sua proposta para aumentar os empregos

Nelson Almeida/AFP

Corria o ano de 95, eu escrevi o livro e propus o IVA [imposto simplificado] (…) e as lideranças de São Paulo ficaram contra. Se você faz o IVA, você passa a cobrar o imposto no destino e São Paulo perde, porque São Paulo tem a maior concentração da indústria brasileira. Eu fico feliz que o estimado amigo tenha evoluído, apesar de, na prática, ter ficado contra todas as vezes.

Ciro Gomes (PDT) em resposta a Geraldo Alckmin (PSDB), após tucano propor a criação do IVA

Nelson Almeida/AFP

Quero dizer aqui sobre os “50 tons do Temer”, que eu acho que 40 desses tons são vermelhos, que são do PT e dos seus aliados, porque foram eles que escolheram o Temer de vice da Dilma. Aliás, escolheram duas vezes. 

Geraldo Alckmin (PSDB), comentando expressão de Guilherme Boulos

Paulo Whitaker/Reuters

Nas escolas, hoje em dia, o que se aprende? Ideologia de gênero, partidarização, análise crítica das questões, nada além disso. (…) O professor hoje em dia está mais preocupado em não apanhar do que ensinar. [Nosso plano] é fazer em grande parte das escolas no ensino fundamental a militarização, ou seja, colocar diretores vindo do meio militar para que essa garotada possa aprender algo para o futuro

Jair Bolsonaro, sobre baixo nível de aprendizagem nas escolas

Nelson Almeida/AFP

O político inelegível não é um preso político, ele é um político preso. E essa encenação de candidatura é uma afronta ao país, é um desrespeito à Justiça, é uma violência ao estado de direito e à legalidade democrática. Não há como admitir esta vergonha nacional de uma encenação de uma candidatura que não pode existir. A democracia exige respeito à lei.

Álvaro Dias (Podemos) comentando sobre o candidato do PT, Lula, que está preso em Curitiba

Paulo Whitaker/AFP

Esta equipe que eu montei quando era presidente do Banco Central criou milhões de empregos para quem de fato trabalha, não é? Não é para apenas para quem faz agitação e procura ocupar terra de outras pessoas que trabalharam duro, não é verdade?

Henrique Meirelles, em tréplica a Guilherme Boulos

Nelson Almeida/AFP

Henrique Meirelles fez uma insinuação a respeito de trabalho. Quero dizer que eu não sou banqueiro. Eu sou professor, escrevo, e ganho minha vida honestamente. Luto ao lado dos sem-teto com muito orgulho há 17 anos, de quem precisa de casa. Estou junto com os sem-teto, com os sem-terra, só não estou junto com os sem-vergonha como alguns aqui estão.

Boulos responde, durante embate com Daciolo, a provocação de Meirelles

Daciolo denuncia Nova Ordem Mundial e pede volta de voto em papel em debate

Rafael Krieger/Colaboração para o UOL

O candidato à presidência Cabo Daciolo, do Patriota, voltou a citar uma teoria da conspiração durante um debate, desta vez na RedeTV!. Depois de alertar sobre a Ursal no primeiro debate na Band, ele denunciou que as urnas eletrônicas estariam beneficiando um “candidato da Nova Ordem Mundial” nas eleições brasileiras.

Ao questionar Guilherme Boulos (PSOL) sobre a credibilidade das urnas eletrônicas, Daciolo, com a Bíblia em mãos, afirmou que o sistema é fraudulento e pediu a volta das cédulas de papel. Depois da fala, o termo “Nova Ordem Mundial” chegou ao topo do ranking dos termos mais comentados no Twitter.

“Tem que haver as cédulas, senão já está tudo escrito lá no final, já está tudo programado, já tem um candidato da Nova Ordem Mundial para entrar no país. E não fique pensando que é teoria da conspiração, não. Por que tinha uma lei federal para colocar o voto impresso e não colocaram? Vamos votar em cédulas para honra e glória do senhor Jesus”.

Ao falar sobre “Nova Ordem Mundial”, Daciolo se referiu à suposta existência de uma organização de setores da elite com o objetivo de comandar um governo global, ideia geralmente associada à maçonaria e aos Illuminati. No debate da Band, o candidato havia alertado sobre a criação de uma União das Repúblicas Socialistas da América Latina, a Ursal. A nova teoria da conspiração voltou a divertir a internet