Arquivo diários:24/11/2019

Nos EUA, milionário alega em ação quebra de contrato por fim de namoro

Por João Ozorio de Melo

Em uma ação por danos morais, candidata à ação frívola do ano, um milionário processou a ex-namorada por término de namoro, em um tribunal de Los Angeles. Mas há mais uma surpresa, em busca de explicação: ele é representado na ação por um dos sócios de um grande escritório de advocacia – não por outra alma solitária. Entrevistado, o advogado se recusou a explicar por que aceitou a causa.

O advogado Kevin Dwight, sócio da banca Manatt Phelps & Phillips, especializada em casos complexos de contencioso comercial, representa o milionário Syed Husain, que está processando a ex-namorada Elina Todorov por “quebra de contrato”. Husain alega que ela havia prometido dar uma chance ao namoro por um ano, antes de decidir se ficava com ele ou não. Mas terminou o namoro alguns meses depois.

Na ação, Husain alega, além da “quebra de contrato”, imposição intencional de sofrimento emocional, enriquecimento ilícito e “fraude promissória” (promissory fraud), que é uma promessa feita por um(a) prometedor(a) que não tinha intenção de cumpri-la, na época em que foi feita. Husain pede uma indenização de US$ 225 mil por danos.

Sob a acusação de enriquecimento ilícito, é fato que Husain paparicou Elina com presentes caros. Na ação, seu advogado explicou que durante 14 anos, seu cliente gastou centenas de milhares de dólares com a ré. Ele pagou por joias finas, bolsas de grife, roupas da moda, viagens à Europa, estada em hotéis de luxo e refeições em restaurantes caros.

Na versão de Husain, conforme o relacionamento evoluiu, Elina costumava desaparecer por longos períodos de tempo. Mas ela apareceria, quando recebia um convite para uma viagem, para um jantar em um restaurante sofisticado ou para outras atividades que levavam o autor da ação a gastar somas substanciais de dinheiro. Ultimamente, “o autor começou a sentir que a ré estava tirando vantagem de sua generosidade e amizade”, diz a petição.

Curiosamente, Hussein não pede que Elina lhe devolva nada. Ela chegou a lhe propor, por e-mail, a devolução das joias, bolsas e roupas – não podia devolver os jantares e viagens. Mas Husain recusou a oferta. Pelo que sugerem os e-mails que enviou a Elina, Husain quer que ela pague por seu coração partido. Que ela aprenda uma lição sobre a dureza do sofrimento e de ficar quebrada financeiramente. Nos e-mails, ele escreveu:

“Elina, uma ação judicial irá abrir a porta para muitas coisas, incluindo depoimentos de todos os seus ex-namorados, que meu advogado planeja intimar para demonstrar seu padrão de comportamento”.

“Irá envolver um longo depoimento de sua parte, que requer, por lei, que você fale sobre assuntos muito particulares, em relação a mim e a outros, que se tornarão públicos. Muitas coisas que você não gostaria que o público soubesse, porque você dá valor a sua privacidade, vão aparecer. Eu não desejo isso para você, mas você tem de entender que é melhor nos sentarmos e conversar.”

“A defesa será muito custosa. Você quer realmente gastar dezenas de milhares de dólares em vez de gastar algum tempo para sentar comigo e discutir o que está nos incomodando? Eu insisto que você reserve algum tempo para conversar comigo.”

Husain realmente tratou de tornar a ação custosa. Ele moveu a ação em Los Angeles, em vez de em São Francisco, onde Elina mora e trabalha. Husain também vive na área da Baía de São Francisco, em uma mansão avaliada em US$ 3,5 milhões. A distância entre as duas cidades é de 615 quilômetros.

O advogado autônomo Joshua Davis, que representa Elina, ainda não apresentou uma defesa, mas peticionou a transferência do caso de Los Angeles para São Francisco. Husain alega que moveu a ação em Los Angeles, porque o “contrato” de relacionamento entre os dois foi “celebrado” em Santa Mônica (25 quilômetros de Los Angeles). E não escondeu que queria tornar a disputa judicial mais dura para ela. A petição do autor conta a história.

“Por volta de junho de 2016, o autor e a ré se encontraram em um jantar. Durante o jantar, o autor expressou à réu sua frustração em relação aos frequentes desaparecimentos da ré. A ré reconheceu o problema e, após alguma discussão, concordou que deveria manter o relacionamento com o autor, sem desaparecer, sem ficar em silêncio ou terminar o relacionamento. O autor documentou o acordo com a ré com uma foto de aperto de mão entre os dois.”

“Infelizmente, a ré deixou regularmente de cumprir o acordo. Em 2018, Elina pediu a Husain uma bolsa Chanel (US$ 5,146 à época) e um bracelete. Husain disse que sim, mas apenas se ela garantisse que daria ao relacionamento um esforço honesto de pelo menos um ano. Após um ano, eles discutiriam se deveriam assumir um compromisso ou se deveriam terminar o relacionamento. Mas nenhuma decisão poderia, em nenhuma circunstância, ser tomada antes de vencido um ano”.

Meses depois, ela terminou um relacionamento “muito próximo”, nas palavras de Husain, que durou 14 anos. Mas na verdade, eles nunca moraram juntos, nunca assumiram um compromisso (como de noivado) e namoraram apenas 4 meses, nas palavras de Elina. Eles se conheceram na Universidade da Califórnia em Berkeley, onde Elina se formou em engenharia química e engenharia de materiais.

Legislação
Apesar de se recusar a explicar por que aceitou a causa, perguntado se havia precedentes para sustentar o caso, o advogado de Husain mencionou apenas o caso Marvin versus Marvin, de 1976, julgado pelo Tribunal Superior da Califórnia, que envolveu a execução de um contrato entre namorados que viveram juntos por sete anos, e tiveram uma disputa sobre propriedade e pagamento de pensão depois que se separaram.

Como muitos estados dos EUA, a Califórnia tem uma lei antiga, chamada de “antibálsamo para o coração” (“anti-heart balm”). A lei estabelece “uma “política pública contra litígio sobre assuntos do coração”, diz uma decisão de 1994 de um tribunal federal de recursos na Flórida. “A lei proíbe obviamente ações judiciais por danos por quebra de contrato, em caso de rompimento de compromisso, que causaram dor emocional”, diz a decisão.

“Claramente, essas leis não apenas impedem certas causas de ação à moda antiga, mas também incorporam uma relutância básica por parte do legislativo e do judiciário de permitir indenização por promessa de amor. Essa relutância deriva, sem dúvida, da simples impropriedade de pleitear em juízo matérias delicadas de emoção romântica ou sexual”.

O advogado de Husain antecipou esse problema, escrevendo na petição que a lei “antibálsamo para o coração” não se aplica porque não havia promessa de casamento. “Qualquer referência a tais leis é irrelevante e parece não ser nada mais do que uma tentativa de tentar persuadir a corte de que esta é alguma espécie de ação frívola.

 é correspondente da revista Consultor Jurídico nos Estados Unidos.

Silvio Santos chorou ao saber da morte de Gugu Liberato

A família de Silvio Santos teve muito cuidado para dar a ele as notícias sobre Gugu Liberato.

Silvio ficou sabendo “aos poucos”. E chorou muito quando lhe contaram do desfecho de Gugu, seu aluno.

O menino Augusto Liberato estreou na televisão através de Silvio Santos. Eram tempos de Silvio na Globo. O jovem de 14 anos o procurou com ideias de quadros.

Gugu foi contratado, saiu para estudar Odontologia, desistiu do curso e voltou. Quando Silvio colocou a TVS no ar, Gugu estava lá.

Quando Silvio enfrentou problemas de saúde, nos anos 1980, Gugu tinha seguido para a Globo. Mas o respeito e o carinho, além da chance de ir para os domingos, o levou de volta ao SBT.

Foi o próprio Silvio Santos quem aconselhou Gugu a ir para a Record diante de uma proposta milionária, dez anos atrás.

A história dos dois se mistura. Justamente por isso a cobertura da Globo e de outros veículos aborde mais a passagem de Gugu pelo SBT do que pela Record.

Agora, Gugu, o aprendiz, partiu aos 60 anos. Silvio Santos, seu mestre, completa 89 em 12 de dezembro.

A vida é o que acontece quando estamos fazendo outros planos e neste caso foi o que aconteceu.

Fonte RD1

Jesus se diz “diferenciado em qualquer lugar do mundo”

Jorge Jesus estreou pelo Flamengo em julho e, desde então, o time decolou. Neste sábado, o Rubro-Negro sagrou-se campeão da Libertadores sob o comando do treinador, que também está prestes a conquistar o Campeonato Brasileiro. Após o apito final, o técnico afirmou que se considera “diferenciado” em qualquer lugar do mundo.

Jesus transformou o modelo de jogo do Flamengo (Foto: Alexandre Vidal/Flamengo)
Jesus transformou o modelo de jogo do Flamengo (Foto: Alexandre Vidal/Flamengo)
Foto: Gazeta Esportiva

Além disso, Jesus também reconheceu que sofreu resistência por parte de alguns treinadores de clubes brasileiros, que nutriram uma inveja pelo trabalho do português.

“Mexi com o Brasil porque tenho uma ideia diferente de olhar para o jogo, aqui, como em qualquer outro lugar no mundo. Eu sou diferenciado se estiver na China, na Inglaterra, em Portugal, agora estou no Brasil”, disse Jesus à Fox Sports.

“Eu sou um treinador como outro treinador qualquer em qualquer lugar do mundo. Não é minha nacionalidade que me fez diferente dos outros. Não foram todos, mas alguns treinadores não aceitaram muito, o meu êxito os incomodou”, completou.

Jesus também revelou que foi contrariado quando optou por treinar o Flamengo. O treinador conta que ouviu opiniões negativas sobre a vinda ao Brasil.

“Minha decisão foi contra um monte de gente, meus amigos. ‘Vai para um campeonato em que os treinadores não ficam uma semana’, mas eu tinha muita convicção no meu trabalho e também conhecia muito bem a equipe do Flamengo”, afirmou.

“Principalmente o meu agente achava que eu não deveria tomar essa decisão, já que tinham times da Europa onde ele tinha arranjado para que eu treinasse, concretamente na Europa”, finalizou.

Depois da conquista da Libertadores, carimbando vaga no Mundial de Clubes, o Flamengo de Jesus pode garantir matematicamente o título do Brasileirão caso o Palmeiras não vença o Grêmio, neste domingo.

Moro defende decisão sobre sigilo de Lula e afirma que Folha faz sensacionalismo

O ministro da Justiça, Sergio Moro, defendeu as decisões que tomou como juiz da Lava Jato e acusou a Folha de praticar sensacionalismo e revisionismo ao questionar a maneira como ele levantou o sigilo das investigações sobre o ex-presidente Lula em 2016.

Reportagem deste domingo (24), com base em mensagens obtidas pelo The Intercept Brasil, mostra que Moro contrariou padrão da Lava Jato ao divulgar grampo de Lula.

Ao anunciar a decisão, que tornou públicas dezenas de conversas telefônicas do líder petista grampeadas pela Polícia Federal, Moro disse que apenas seguira o padrão estabelecido pela Lava Jato, garantindo ampla publicidade aos processos que conduzia e a informações de interesse para a sociedade.

Mas uma pesquisa feita pela força-tarefa da operação em Curitiba na época concluiu que o procedimento adotado no caso de Lula foi diferente do observado em outros casos semelhantes.

Segundo Moro, sua conduta no caso da interceptação dos telefones do líder petista apenas seguiu a lei e a prática adotada em outros processos da operação.

“Na Operação Lava Jato, foi adotado como prática o levantamento do sigilo sobre as investigações, tão logo a publicidade do processo não mais oferecesse risco a elas”, afirmou o ministro, em resposta por escrito a questionamentos da Folha. “O sigilo foi levantado em dezenas e dezenas de processos semelhantes.”

Além disso, Moro disse que o levantamento do sigilo no caso de Lula era “medida ainda mais justificada diante dos indicativos de que estaria em curso tentativa espúria de obstrução da Justiça”.

Folhapress

Corpo de Gugu Liberato deve chegar até quinta-feira ao Brasil; velório será na Alesp

O corpo de Gugu Liberato — morto na sexta-feira, 22, após um acidente doméstico — deve chegar no Brasil até a próxima quinta-feira, 28, de acordo com informações da assessoria de imprensa do apresentador. O velório será na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), mas a data ainda não foi confirmada.

A ideia da família, segundo a assessoria, é abrir o velório ao público que tanto apoiou Gugu durante sua carreira na TV. O sepultamento ocorrerá no jazigo da família no Cemitério Getsêmani, em São Paulo.

O governador de São Paulo, João Doria, decretou luto oficial de 3 dias em todo o Estado.

A demora no traslado do corpo se deve ao fato de que Gugu expressou o desejo de ser doador de órgãos. O corpo só poderá ser transportado após os procedimentos — que devem beneficiar até 50 pessoas, de acordo com informações da equipe médica.

Gugu Liberato morreu nesta sexta-feira, 22, aos 60 anos, em Orlando, na Flórida, onde tinha uma residência. Ele havia sido internado em um hospital após sofrer um acidente doméstico.

Ele caiu de uma altura de quatro metros quando fazia um reparo no ar-condicionado no sótão da casa.

A morte encefálica foi confirmada pelo Professor Dr. Guilherme Lepski, neurocirurgião brasileiro chamado pela família, que após ver as imagens dos exames em detalhes, confirmou a irreversibilidade do quadro clínico diante da mãe do apresentador Maria do Céu, dos irmãos Amandio Augusto e Aparecida Liberato, e da mãe de seus filhos, Rose Miriam Di Matteo.

Estadão Conteúdo

Gabigol ignorou Witzel ajoelhado em cena constrangedora após final

Foto: Reprodução/TV Globo

Uma cena, pouco depois do apito final, chamou a atenção durante a celebração do título da Libertadores conquistado pelo Flamengo, em Lima, no Peru.

Ainda no gramado do Monumental, Wilston Witzel, governador do Rio de Janeiro, foi ignorado de joelhos pelo atacante Gabigol, autor dos dois gols rubro-negros na partida contra o River Plate, da Argentina.

Enquanto o elenco do Flamengo aguardava a premiação, Witzel se ajoelhou à frente do camisa 9 e fez um movimento que fez menção para que o atacante colocasse o pé no joelho dele, como se fosse “lustrar a chuteira”.O craque, porém, apertou a mão de Witzel e, logo que percebeu a intenção do governador, saiu andando para o lado, sem dar atenção.

O flagra foi feito pelo repórter cinematográfico Edu Bernardes, da TV Globo.

Uol

Heróis da Libertadores, Jesus e Gabriel não confirmam se ficam no Flamengo

Foto: Divulgação/Blog Coluna do Fla

Dois principais nomes do Flamengo na conquista da Libertadores, o atacante Gabriel e o técnico português Jorge Jesus não quiseram comentar sobre a permanência no clube em 2020. Ambos foram aclamados pelos mais de 20 mil torcedores da equipe que estiveram neste sábado (23) no estádio Monumental de Lima, onde a equipe venceu de virada o River Plate (ARG) por 2 a 1 na final do torneio.

Gabriel fez os dois gols nos últimos minutos da decisão e ouviu gritos de “fica, Gabigol!”. Jesus foi homenageado várias vezes com música que o chama pela palavra com a qual ficou conhecido na torcida: mister.

“Não é hora de falar sobre isso. Este é o momento de festejar este troféu, que não está ao alcance de todos”, disse o treinador.

Jesus tem contrato com o Flamengo até julho de 2020, mas sempre que questionado sobre a continuidade no próximo ano, não disse nem sim, nem não. Como o acordo é de curta duração, a multa rescisória não é alta.

Gabriel está emprestado pela Internazionale (ITA) até 31 de dezembro e a equipe italiana deseja vendê-lo. O clube carioca aceita comprá-lo e afirma já ter uma negociação em andamento. Seria necessário chegar a um acerto salarial com o atacante, artilheiro do Brasileiro deste ano (22 gols) e da Libertadores (9).

Folha