Depois de sugerir prisão a Celso de Mello, Bolsonaro constrange a PGR

Presidente decidiu visitar o procurador-geral na manhã desta segunda, pegando de surpresa quem deve investigá-lo.

Por Robson Bonin


Constrangimento. Essa foi a palavra usada pela equipe de Augusto Aras na Procuradoria-Geral da República para definir a visita repentina de Jair Bolsonaro ao órgão nesta manhã.

Depois de ignorar as agendas importantes do governo para colocar todas as energias na substituição do superintendente da Polícia Federal no Rio e na troca do diretor da corporação, Bolsonaro decidiu mostrar que devota o mesmo interesse pelo dia-a-dia da PGR.

Tão interessado que é pela gestão de Aras, largou tudo o que tinha para fazer no gabinete presidencial só para apertar a mão do chefe do MPF e de seus novos auxiliares designados para outras frentes do Ministério Público.

É a tal história da mulher de Cesar. Bolsonaro tenta mostrar que tem íntimas relações com quem decidirá seu destino na investigação sobre interferência política na PF. Além de surpreender a cúpula com sua decisão de última hora, o presidente constrangeu uma das partes do processo. Depois de sugerir prisão do relator do caso, o ministro Celso de Mello, Bolsonaro foi assediar o investigador

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