PGR denuncia Witzel, primeira-dama e mais 7; MPF cita ‘caixinha da propina’

Deputado coronel Azevedo batendo continência para o suspeito governador Witzel

Do UOL, em São Paulo

A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou hoje denúncia contra o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), a primeira-dama Helena Witzel e mais sete suspeitos de integrarem um esquema de pagamentos de propina que teria como elo comum o escritório de advocacia de Helena.

A denúncia vem no mesmo dia em que Witzel foi afastado do cargo pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) e o presidente nacional do PSC, Pastor Everaldo, foi preso, também por determinação do STJ. O afastamento do governador tem validade inicial de 180 dias.

Segundo a investigação do MPF (Ministério Público Federal), que tem a PGR como um de seus braços regionais, o esquema de propina atuava principalmente no direcionamento de licitações de OS (organizações sociais) que atuam na área da Saúde.

Um dos episódios investigados, inclusive, é a contratação da Iabas para administrar hospitais de campanha idealizados para ajudar no combate à pandemia do novo coronavírus. Das sete unidades prometidas por Witzel, apenas duas foram entregues, e com atrasos.

Para o MPF, o episódio foi mais um dentro do esquema de “caixinha de propina” que foi organizado durante o governo de Witzel. O direcionamento de licitações era garantido pelas organizações sociais por meio do pagamento mensal a agentes políticos e servidores públicos da Saúde fluminense.

Na denúncia, além de Witzel e Helena, a PGR também cita Lucas Tristão, Mário Peixoto, Alessandro Duarte, Cassiano Luiz, Juan Elias Neves de Paula, João Marcos Borges Mattos e Gothardo Lopes Netto.

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