Presidente da CCJ, parlamentar enfatiza esforço conjunto de vereadores nos trabalhos da Comissão.
A Comissão de Justiça da Câmara Municipal de Natal realizou esta manhã (21) a última reunião do ano legislativo de 2020. Mesmo com um período atípico, dados os protocolos de combate à COVID-19 e reuniões sendo realizadas de forma virtual, a CCJ atingiu a apreciação de mais de 500 proposições, considerado um recorde dessa legislatura. Além disso, 2020 também foi um marco: a vereadora Nina (PDT) foi eleita a primeira mulher presidente da Comissão, em toda história da Casa.
“Deixamos um legado: sou a primeira mulher a presidir a CCJ. Fato que me deixa com orgulho. Isso é muito importante dentro do processo de construção do novo olhar da importância da participação da mulher não só na política, mas em todas as esferas da sociedade”, enfatizou a presidente da CCJ, vereadora Nina.
Durante pronunciamento na reunião da Comissão, a parlamentar também destacou o trabalho dos outros vereadores integrantes. Para ela, o grupo deixa a marca de um histórico de avanços e trabalhos. “Terminamos a legislatura com a certeza do dever cumprido e, mesmo perante a pandemia, batemos recorde de produtividade. Isso só foi possível porque temos um grupo muito comprometido, com sete parlamentares que contribuíram para esse sucesso”, finalizou.
Excelentíssimo senhor Povo de Parnamirim, Estado do Rio Grande do Norte.
Parnamirim, 3ª maior cidade desse Estado, localizada na região da grande Natal, com mais de 250 mil habitantes, já caracterizada nos autos do processo número 17.12.2020, vem à presença de Vossa Excelência, através de seu procurador, propor AÇÃO DE HABEAS CORPUS com Pedido de Liminar, em virtude de PARNAMIRIM se encontrar privada do seu Direito de Ir e vir em busca do seu próprio desenvolvimento o que se faz pelos motivos fáticos e jurídicos que consoante a seguir grafa:
Parnamirim se encontra, há mais de 20 anos, presa ao fracasso e dominada por uma classe política incompetente e desonesta. Este fato vem causando prejuízos incalculáveis a Parnamirim em virtude da destruição de sua SAÚDE e EDUCAÇÃO.
É bom lembrar que este fato vem causando inúmeros prejuízos em todos os setores da nossa sociedade. Parnamirim, além de estar impedida de se desenvolver, vem enfrentando inúmeros problemas de saúde econômica, em virtude de estar sendo atacada covardemente pelos JETONS, pela INCOMPETÊNCIA e pela CORRUPÇÃO praticada pelos políticos profissionais que a dominam há mais de vinte anos.
Por todo o exposto, Requer ao Povo, Juiz Soberano da Democracia, que: a)que sejam agilizados todos os processos de improbidade administrativa contra os políticos profissionais de Parnamirim;
b)que sejam suspensos os pagamentos de JETONS;
c)que seja proibido o fechamento da UPA da nossa cidade;
d)que seja reduzido pela metade os cargos comissionados; e)que sejam feitas as reformas necessárias nas escolas públicas municipais;
f)que sejam realizadas todas as cirurgias eletivas já determinadas pela justiça;
g)que seja afastado do cargo público todo aquele que desobedecer as determinações acima.
Que após o cumprimento das referidas determinações, Parnamirim possa realmente receber os PARABÉNS merecidos pelos 62 anos de luta e glória desse bravo povo. Termos em que espera deferimento.
Parnamirim-RN, 17 de dezembro de 2020.
Professor IRAN PADILHA
O ministro Rogério Marinho (sem partido) e o prefeito Álvaro Dias (PSDB) são os principais nomes do sistema oposicionista no momento com mais chances de disputar o governo do Rio Grande do Norte contra a petista Fátima Bezerra, que já decidiu ser candidata à reeleição no pleito do próximo ano. Outra alternativa do grupo oposicionista é o deputado general Girão Monteiro, que tem tido uma boa atuação parlamentar, mas discreto e cauteloso quando é questionado sobre uma possível candidatura sua ao governo do Estado. A amigos e correligionários o general tem afirmado que no momento está preocupado em fazer um bom trabalho na Câmara Federal e não pensa em ser candidato a governador, mas lembra que é um soldado do sistema bolsonarista e como tal não foge à luta. Para o Senado o nome está praticamente definido com Fábio Faria, filho do ex-governador Robinson Faria (que será candidato a deputado federal) e genro do dono do SBT, Silvio Santos. Fontes de Brasília informam que as rusgas entre Rogério e o ministro Paulo Guedes ainda existem, mas nada que não possa ser contornado em tempo hábil para uma acomodação. A mesma fonte brasiliense alerta que a continuar a “briga” entre os dois ministros, evidentemente sai enfraquecido o grupo do presidente Jair Bolsonaro no Rio Grande do Norte e em consequência o fortalecimento do PT, que em consequência potencializará a recandidatura de Fátima Bezerra para as eleições de 2022. O ministro Rogério Marinho continua atuando como pré-candidato, inaugurando obras e ajudando o presidente Jair Bolsonaro a mudar a triste realidade Nordestina que perdurava há anos. Inclusive, melhorando os índices de aprovação popular do presidente.
James Gallagher – Repórter de ciência e saúde da BBC
A rápida disseminação de uma nova variante do coronavírus levou a mais restrições para tentar combater a pandemia no Reino Unido.
Essa nova variante, surgida após mutações, se tornou a forma mais comum do vírus em algumas partes da Inglaterra em questão de meses — e o governo britânico diz que há motivos para acreditar que ela seja bem mais transmissível que outras variantes. Segundo autoridades britânicas de saúde, a nova variante seria 70% mais transmissível.
O estudo dessa nova forma do coronavírus ainda está em um estágio inicial, contém grandes incertezas e uma longa lista de perguntas sem resposta.
Os vírus sofrem mutações o tempo todo e é vital entender se essas mutações estão ou não mudando o comportamento do vírus e alterando a doença. Essa variante específica está causando preocupação por três motivos principais:
• Ela está substituindo rapidamente outras versões do vírus
• Ela possui mutações que afetam partes do vírus que são provavelmente importantes
• Já se verificou em laboratório que algumas dessas mutações podem aumentar a capacidade do vírus de infectar células do corpo.
Tudo isso constrói um cenário preocupante, mas ainda não há certeza. Novas cepas podem se tornar mais comuns simplesmente por estarem no lugar certo na hora certa — como a cidade de Londres, que tinha poucas restrições até recentemente.
“Experimentos de laboratório são necessários, mas você quer esperar semanas ou meses para ver os resultados e tomar medidas para limitar a propagação? Provavelmente não nessas circunstâncias”, diz Nick Loman, professor do Instituto de Microbiologia e Infecção da Universidade de Birmingham, no Reino Unido, que defende as restrições para tentar conter essa versão do vírus.
Quão rápido ela está se espalhando?
Essa versão foi detectada pela primeira vez em setembro. Em novembro, cerca de um quarto dos casos em Londres eram causados por essa nova variante, aumentando para quase dois terços dos casos em meados de dezembro.
Pesquisadores têm calculado a dispersão de diferentes variantes na tentativa de estabelecer o quão infecciosas elas são. Mas separar o que é devido ao comportamento das pessoas e o que é devido ao vírus é difícil.
O dado citado pelo primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, é que a variante pode ser até 70% mais transmissível — é um dado que havia aparecido em apresentação do pesquisador Erik Volz, do Imperial College de Londres, na sexta-feira.
Durante a palestra, ele disse: “É realmente muito cedo para dizer… Mas pelo que vimos até agora, está crescendo muito rapidamente, está crescendo mais rápido do que [uma variante anterior] jamais cresceu, mas é importante ficar de olho.”
Não há um número “certeiro” de quão mais infecciosa pode ser essa variante. Números muito mais altos e muito mais baixos do que 70% estão aparecendo em pesquisas ainda não publicadas.
Inclusive ainda há dúvidas se essa versão é realmente mais infecciosa.
“A quantidade de evidências em domínio público é inadequada para chegar à conclusões firmes sobre se o vírus realmente aumentou sua transmissibilidade”, diz o virologista Jonathan Ball, professor da Universidade de Nottingham.
Como ela surgiu e se espalhou?
Acredita-se que a variante surgiu em um paciente no Reino Unido ou foi importada de um país com menor capacidade de monitorar as mutações do coronavírus.
Atualmente ela pode ser encontrada em todo o Reino Unido, exceto na Irlanda do Norte, mas está fortemente concentrada em Londres, sudeste e leste da Inglaterra. Os casos em outras partes do país não parecem ter decolado.
Dados da Nextstrain, que monitora os códigos genéticos das amostras virais em todo o mundo, sugerem que casos com essa variante na Dinamarca e na Austrália vieram do Reino Unido. A Holanda também relatou casos.
Uma variante semelhante que surgiu na África do Sul compartilha algumas das mesmas mutações, mas parece não estar relacionada a esta.
Isso já aconteceu antes?
Sim. O vírus que foi detectado pela primeira vez em Wuhan, China, não é o mesmo que você encontrará na maioria dos cantos do mundo.
A mutação D614G surgiu na Europa em fevereiro e se tornou a forma globalmente dominante do vírus. Outra, chamada A222V, se espalhou pela Europa e estava ligada às férias de verão das pessoas na Espanha.
O que sabemos sobre as novas mutações?
Uma análise inicial da nova variante foi publicada e identifica 17 alterações potencialmente importantes.
Houve mudanças na proteína spike — que é a ‘chave’ que o vírus usa para abrir a porta de entrada nas células do nosso corpo e sequestrá-las. A mutação N501 altera a parte mais importante do spike, conhecida como “domínio de ligação ao receptor”. É aqui que o spike faz o primeiro contato com a superfície das células do nosso corpo. Quaisquer alterações que tornem mais fácil a entrada do vírus provavelmente serão uma vantagem para o patógeno.
Parece ser uma adaptação importante”, disse Loman.
A preocupação era que os anticorpos do sangue daqueles que sobreviveram ao novo coronavírus fossem menos eficazes na defesa contra a nova variante do vírus.Mais uma vez, serão necessários mais estudos de laboratório para realmente entender o que está acontecendo.
O trabalho de Ravi Gupta, professor da Universidade de Cambridge, sugeriu que em laboratório essa mutação aumenta em duas vezes a capacidade do vírus de infectar células.
“Estamos preocupados, a maioria dos cientistas está preocupada”, diz Gupta.
De onde veio essa versão?
Essa variante é excepcionalmente cheia de mutações. A explicação mais provável é que ela surgiu em um paciente com sistema imunológico enfraquecido, incapaz de vencer o vírus.
Em vez disso, seu corpo se tornou um terreno fértil para o vírus sofrer mutações.
Isso torna a infecção mais mortal?
Ainda não há evidências de que a variente seja mais mortal, mas governos e pesquisadores estão monitorando essa questão
No entanto, no momento, apenas ser mais transmissível já seria suficiente para causar problemas nos hospitais. Se pessoas forem infectadas mais rapidamente, mais pessoas vão precisar de tratamento hospitalar em menos tempo.
As vacinas funcionarão contra a nova variante?
Acredita-se que sim, pelo menos por enquanto.
Mutações na proteína spike levam a perguntas sobre a vacina porque as três principais vacinas — Pfizer, Moderna e Oxford — treinam o sistema imunológico para atacar a proteína spike.
No entanto, o corpo aprende a atacar várias partes dessa proteína. É por isso que as autoridades de saúde continuam convencidas de que a vacina funcionará contra essa nova variante.
“Mas se deixarmos essa variante se espalhar e sofrer mais mutações, isso pode se tornar preocupante”, diz Gupta. “Este vírus está potencialmente em vias de se tornar resistente à vacina, ele deu os primeiros passos nesse sentido.”
O vírus consegue se tornar resistente à vacina quando ao mudar de formato consegue se esquivar de todo o efeito da vacina e continua a infectar as pessoas.
O coronavírus evoluiu em animais e passou a infectar os humanos há cerca de um ano. Desde então, tem passado por quase duas mutações por mês — entre uma amostra colhida hoje e as primeiras da cidade chinesa de Wuhan há cerca de 25 mutações.
Ao longo de sua trajetória, o coronavírus ainda está ‘testando’ diferentes combinações de mutações para infectar humanos de maneira adequada. Já vimos isso acontecer antes: o surgimento e o domínio global de outra variante (G614) é visto por muitos como o momento em que o vírus aprimorou sua capacidade de se espalhar.
Mas logo a vacinação em massa colocará um tipo diferente de pressão sobre o vírus, porque ele terá que mudar para infectar as pessoas que foram imunizadas. Se isso impulsionar a evolução do vírus, talvez tenhamos de atualizar regularmente as vacinas, como fazemos anualmente com a gripe sazonal, para manter o ritmo.
Segundo Anderson Brito, virologista do departamento de epidemiologia da Escola de Saúde Pública da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, “os coronavírus evoluem principalmente por substituições de nucleotídeos” e “não fazem rearranjos genômicos como o vírus da gripe”.
“Mas, e as vacinas? Provavelmente serão efetivas por mais de um ano”, escreveu em seu perfil no Twitter.
Num intervalo inferior a uma semana, quatro prefeitos de três estados morreram vítimas do novo Coronavírus. Desde o início da pandemia, já são ao menos 22 pessoas no exercício do principal cargo nas cidades brasileiras que perderam a vida devido a complicações da Covid-19.
O óbito mais recente foi o de Humberto Pessatti, o Betão, 56 (MDB), prefeito de Rio do Oeste (SC), que morreu na terça-feira (15) faltando 16 dias para o término de seus oito anos de mandato à frente da administração.
As mortes dos titulares provocaram substituição às pressas do candidato às eleições, a posse de uma viúva –que era vice-prefeita– para completar o mandato e até mesmo um prefeito que tentou a reeleição enquanto estava internado para se tratar da doença, entre outras particularidades dos municípios.
A primeira morte de um prefeito brasileiro ocorreu em 27 de março, em São José do Divino (PI), envolvendo Antônio Nonato Lima Gomes, o Antônio Felicia (PT), 57. Foi, também, o primeiro óbito no estado.
A partir dela, óbitos de prefeitos em outros 14 estados em todas as regiões do país engrossaram a lista das vítimas da Covid-19 no país, cujo total já passou de 183 mil mortes.
Na cidade catarinense, que teve três mortes na pandemia, o vice-prefeito, Luis Carlos Muller, decretou luto oficial de oito dias devido ao óbito de Pessatti e houve velório aberto à população.
Segundo a prefeitura, a medida seguiu nota técnica sobre funerais para mortes ocorridas após 21 dias ou mais do início dos sintomas. A aglomeração de pessoas foi proibida e a permanência no local foi restrita à família.
Segundo o hacker Walter Delgatti Neto, a Operação Lava Jato queria prender 2 ministros do STF (Supremo Tribunal Federal): Dias Toffoli e Gilmar Mendes.
Delgatti, que ficou conhecido como o “hacker de Araraquara”, é um dos responsáveis por divulgar conversas privadas de procuradores com o ex-juiz e ex-ministros da Justiça Sergio Moro. As mensagens foram publicadas em uma série de reportagens do site The Intercept Brasil, chamada de “Vaza Jato”.
“Eles queriam [prender os ministros]. Eu não acho, eles queriam”, disse Delgatti em entrevista à CNN Brasil.
“Eles tentavam de tudo pra conseguir chegar ao Gilmar Mendes e ao Toffoli, eles tentaram falar que o Toffoli tentou reformar o apartamento e queria que a OAS delatasse o Toffoli, eles quebraram o sigilo do Gilmar Mendes na Suíça, do cartão de crédito, da conta bancária dele, eles odiavam o Gilmar Mendes, falavam mal do Gilmar Mendes o tempo todo.”
O hacker afirmou que acessou o celular de 4 ministros do STF. No de Alexandre de Moraes, no entanto, não havia nenhuma mensagem. “Ele apagava tudo”, falou Delgatti.
“Tive acesso também ao e-mail dele, tinha, inclusive, o livro novo dele. Eu apenas baixei o livro para ler, mas…. Tinha conversas em e-mail, mas era entre eles [ministros do STF], era conversa de processo, que não tinha interesse. Era conversa formal. Acredito que era, inclusive, o assessor dele que mandava o e-mail, não ele. Já quanto ao Telegram [aplicativo de mensagens], não tinha conversa nenhuma, ele apagava todas.”
Delgatti declarou que alguns magistrados colaboravam com a Lava Jato.
“O [Luís Roberto] Barroso, eles tinham um laço bem próximo. O Barroso e o Deltan [Dallagnol, ex-procurador da Lava Jato] conversavam bastante, (sobre) vida pessoal. Inclusive o Barroso, em conversas, auxiliava o que colocar na peça, o que falar. Um juiz auxiliando, também, o que deveria fazer um procurador.”
O hacker conseguiu ter acesso aos celulares do presidente Jair Bolsonaro e de 2 de seus filhos, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ). De acordo com Delgatti, as conversas eram direcionadas a um chat privado e, por isso, ele não conseguiu ver o conteúdo.
“As conversas deles eram apagadas. Eles apenas diziam que era para ir para o chat secreto”, falou. “Uma pessoa que acessa a sua conta não consegue acessar a conversa do chat secreto.”
Delgatti falou que não imaginava encontrar irregularidades na Lava Jato. “Quando eu tive acesso, acabei me decepcionando, vi que o crime estava sendo cometido entre eles”, falou.
“O foco [da Lava Jato] era o [ex-presidente] Lula, mas os empresários, também, e outros políticos, ou diretores da Petrobras que eles mantinham presos até a pessoa falar. Exemplo: o Léo Pinheiro. Eles falavam: ‘Se ele enviar, fizer a delação e não falar do Lula, não será aceita’. Tinha conversa assim.”
Segundo o hacker, ele não tinha interesse político quando decidiu divulgar as mensagens.
“No começo não [tinha interesse político]. Quando eu vi o que fizeram com o ex-presidente Lula, que eu vi que era uma injustiça e entendi que ele estava preso como eu fiquei preso em Araraquara, eu pensei. Exemplo: o fato que o prendeu não existe. Foi a mesma coisa que fizeram comigo.”
As mensagens acessadas por Delgatti foram entregues ao jornalista Gleen Greenwald, que na época trabalhava no The Intercept Brasil. A entrega foi intermediada por Manuela D’Ávila (PDdoB).
Delgatti afirmou que não recebeu dinheiro pelas mensagens. “Não, ninguém pagou. No começo, eu até pensei [em ganhar dinheiro com as conversas], para ser bem sincero. Mas comecei a entender o que eu estava fazendo”, declarou.
“A Manuela [d’Ávila], assim que eu comecei a conversa com ela, ela perguntou: ‘o que você quer por isso? Quanto você quer por isso?’ Eu disse que não queria nada em troca e que ia enviar, e queria apenas justiça. Foi quando ela me passou o contato do Glenn [Greenwald].”
“Eu enviei um áudio da conversa que é a voz de um procurador falando coisas irregulares. Ela [Manuela D’Ávila] ouviu esse áudio, foi quando ela teve interesse. Lembro que ela não respondia. Enviei o áudio e fui tomar café da manhã. Quando eu voltei, tinha 25 ligações dela. Desesperada”, disse Delgatti.
Delgatti contou que sofreu pressão para aceitar um acordo de delação premiada quando estava preso.
“Fui pressionado o tempo todo. Desde o primeiro dia. O delegado falava: ‘Olha, faça uma delação, conte a verdade, vamos esclarecer isso que eu te solto’. Eles davam a entender que a delação, caso eu fizesse, só seria homologada se eu falasse do Glenn. Todas as vezes, eles queriam que eu falasse do Glenn.”
O hacker disse que também leu conversas de personalidades. “Que eu me recordo: Neymar, William Bonner, Ana Hickman, Luciana Gimenez. Muitos eu não me lembro agora.”
“Essa época eu estava sem dormir, eu estava empolgado com tudo e fiquei cego, comecei a enxergar somente isso. Eu pensava nisso, eu sonhava com isso, eu acordava pensando nisso, eu fazia isso, eu ia para a aula com o celular, com o Telegram conectado, lia conversas”, falou.
A China começou a construir uma instalação para fabricar sua primeira vacina candidata contra a Covid-19 que usa a tecnologia de RNA mensageiro (mRNA), segundo informou a mídia estatal nesta segunda-feira (21). A tecnologia de mRNA contém instruções para células humanas fazerem proteínas que imitam parte do novo coronavírus e é usada em vacinas da Moderna Inc, bem como da Pfizer Inc e BioNTech. Ambas as vacinas obtiveram altos índices de eficácia e já tiveram aprovação para uso emergencial nos Estados Unidos, entre outros países.
A expectativa é que a fábrica esteja operacional dentro de oito meses, informou o China News Service. O imunizante em questão, hoje, ainda se encontra nos estágios iniciais dos testes clínicos.
A potencial vacina de mRNA chinesa está sendo desenvolvida em conjunto pela Academia de Ciências Militares (AMS), Walvax Biotechnology e a Suzhou Abogen Biosciences.
A instalação terá uma capacidade anual de produzir inicialmente 120 milhões de doses.
A vacina candidata, conhecida como ARCoV ou ARCoVax, entrou em um ensaio clínico de Fase 1b em outubro, após um ensaio de Fase 1 que começou em junho, mostram os dados no site do Chinese Clinical Trial Registry.
Pelo menos cinco potenciais vacinas chinesas já entraram nos testes clínicos de Fase 3 – três das quais já foram dadas a pessoas com alto risco de infecção por meio do programa de vacinação de emergência da China.
Essas três são vacinas inativadas, que usam versões inativadas ou mortas do vírus que não podem se replicar em células humanas para desencadear respostas imunológicas.