Arquivo diários:21/12/2020

Mutação do coronavírus foi detectada na Dinamarca, Holanda e Austrália, diz OMS

A nova mutação do coronavírus, que teria surgido na região metropolitana de Londres, no Reino Unido, também foi identificada na Dinamarca, na Holanda e na Austrália, segundo a líder técnica da OMS (Organização Mundial da Saúde), Maria Van Kerkhove.

“Sabemos que essa variante foi identificada também na Dinamarca, na Holanda e houve um caso na Austrália e não se espalhou por lá”, disse.

Kerkhove confirmou que o Reino Unido detectou a circulação de uma variante do Sars-CoV-2, coronavírus responsável pela covid-19, em setembro.

É possível que a nova mutação tenha tornado o vírus 70% mais contagioso, o que aumentaria a RT –a taxa de transmissão do vírus– em até 0,4%. Esse aumento, no entanto, não significa maior letalidade do vírus. No entanto, a técnica da OMS afirmou que a situação é alarmante.

“É preocupante que o vírus esteja se espalhando e tenha tantas mutações”, afirmou.

Van Kerkhove enfatizou a importância de se fazer mais sequenciamentos genéticos para detectar a nova mutação em outros lugares.

“Quanto mais tempo esse vírus se espalhar, mais oportunidades ele tem de mudar. Portanto, realmente precisamos fazer tudo o que pudermos agora para evitar a propagação.”

Depois de descobrir que 60% dos casos recentemente detectados no Reino Unido foram provocados pela nova cepa, o primeiro-ministro do país, Boris Johnson, aumentou as restrições impostas à população.

Vários países europeus, como França, Itália, Áustria, Alemanha, Bélgica, Holanda, Irlanda, Luxemburgo, Portugal e Bulgária suspenderam voos e conexões de trem ou navio com o Reino Unido.

A Grécia exigirá quarentena para os viajantes que chegam do país, e a Espanha estuda reforçar o controle de testes RT-PCR, que detectam a doença.

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Especialistas dizem que vacinas são eficazes contra variante do coronavírus

Os especialistas da União Europeia chegaram à conclusão de que as vacinas atuais contra o coronavírus permanecem eficazes contra a nova variante da covid-19 detectada em particular no Reino Unido, anunciou o governo alemão neste domingo, 20.

“De acordo com tudo o que sabemos até o momento e após discussões que ocorreram entre especialistas das autoridades europeias, a nova cepa não tem impacto sobre as vacinas, que permanecem igualmente eficazes”, declarou o ministro da Saúde alemão, Jens Spahn, cujo país atualmente ocupa a presidência rotativa da UE.

O principal conselheiro científico do Reino Unido, Patrick Vallance, disse ao The Washington Post que o “vírus se espalhou” após ser observado por meses. “E está se movendo rapidamente, o que levou a um forte aumento nas hospitalizações”, disse ele. O cientista continuou dizendo, porém, que o surto da nova cepa “é controlável e há luz no fim do túnel com a vacinação iniciada”.

Segundo uma fonte do ministério da Saúde, em conversa com a agência France Press, os analistas da UE analisaram a situação neste domingo junto com representantes da autoridade alemã de vigilância sanitária (RKI).

A nova cepa do SARS-CoV-2, vírus que causa a covid-19, é considerada potencialmente 70% mais transmissível do que a anterior e foi observada especialmente no Reino Unido. Ela foi detectada pela primeira vez no sudeste da Inglaterra em setembro e está rapidamente se tornando a cepa dominante em Londres e outras regiões do país. Especialistas disseram, no entanto, que não parece mais mortal ou mais resistente às vacinas.

Há algumas semanas, a nova cepa era associada a apenas 10% ou 15% dos casos de covid-19 em algumas áreas britânicas; agora, a variante é responsável por 60% dos casos em Londres, segundo o The Guardian. Os cientistas, no entanto, ainda não conseguiram apontar por que essa mutação do vírus se espalha mais rápido.

Mutações
A Organização Mundial da Saúde (OMS) está em contato próximo com as autoridades britânicas sobre a nova variante do coronavírus e aconselha as pessoas a manter a precaução, usar máscara e manter o distanciamento social, a fim de evitar a propagação da doença.

Nesta segunda-feira, a Agência Europeia de Medicamentos deve realizar uma reunião para, em princípio, tratar da primeira vacina que será usada na UE, dos laboratórios Pfizer-BioNTech — as mesmas usadas nos EUA e no Reino Unido – mas o tema da variante da covid-19 deve ser abordado. / AFP, THE WASHINGTON POST e REUTERS

ESTADÃO

Países da América Latina barram entrada de viajantes procedentes do Reino Unido

Depois da descoberta de uma mutação do novo coronavírus no Reino Unido, países da América Latina decidiram fechar suas fronteiras para viajantes procedentes do país.

A Argentina impôs quarentena de 7 dias para passageiros e tripulação de um voo que chegou na manhã desta 2ª feira (21.dez.2020) do Reino Unido e vai suspender todos os voos que saem para ou chegam do país a partir de 3ª feira (22.dez).

A Colômbia suspendeu voos e impôs quarentena de 14 dias para os que chegaram há menos de 8 dias.

“As pessoas que chegaram à Colômbia do Reino Unido nos últimos oito dias devem entrar em confinamento solitário por 14 dias, e aqueles que estiveram no Reino Unido há mais de 14 dias serão chamados pelo mecanismo de monitoramento e controle para receber informações”, disse o presidente colombiano, Iván Duque.

O presidente de El Salvador, Nayib Bukele, pediu aos cidadãos salvadorenhos que estão na Europa que agilizem seu retorno ao país antes que medidas sejam tomadas. Ele proibiu a entrada de viajantes que tenham estado no Reino Unido.

O Peru também suspendeu voos diretos ou com escala no Reino Unido.

A nova cepa teria tido origem em Londres ou em sua região metropolitana e pode ser 70% mais contagiosa do que o Sars-CoV-2, o coronavírus que provoca a covid-19.

Na Europa, França, Itália, Áustria, Alemanha, Bélgica, Holanda, Irlanda, Luxemburgo, Portugal e Bulgária suspenderam voos procedentes do Reino Unido ou que tenham o país como destino.

A nova mutação do vírus, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) também foi detectada em pelo menos outros 3 países: Dinamarca, Holanda e Austrália.

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