Intromissão: “Se tiver que absolver Lula, que vote”, diz Bolsonaro sobre Nunes Marques

O presidente da República, Jair Bolsonaro, usou a tradicional live semanal desta 5ª feira (24.dez.2020) para defender o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Nunes Marques de críticas sobre suas decisões.

Bolsonaro comentou a determinação do magistrado que suspendeu trecho da Lei da Ficha Limpa a pedido do PDT. “Não vou nem defender nem acusá-lo [o ministro]. O que ele deferiu é o inicio da contagem da inelegibilidade”.

“Não estou aqui para advogar pelo Kassio. Aí vieram [dizendo] ‘ele votou para absolver o Lula [ex-presidente pelo PT]. O que foi votado foi embargos de declaração. Não tem nada a ver com mérito. Nada. [É] Quando você vê ali questão de obscuridade, contradições. E ele [Marques] viu lá que não tinha nenhuma contradição. Isso é muito pelo contrário (…). E se tiver que votar pra absolver o Lula no processo, que vote. Ou tudo quando se acusam uma pessoa, tudo que ela é acusada, passa a ser verdadeiro?”.

A decisão de Marques impede que o prazo de inelegibilidade da Ficha Limpa passe de 8 anos. No entendimento anterior, por exemplo, se a pessoa é condenada a 3 anos de prisão por órgão colegiado, cumpre os 3 anos e depois ficaria 8 anos inelegível, na prática, inelegível por 11 anos. Com a mudança, após o fim da pena o período de inelegibilidade passa a ser de 5 anos.

Sobre a decisão do plenário do Supremo que proibiu amantes de receberam pensão por morte, Bolsonaro considerou decisivo o voto do membro mais novo da Corte.

A transmissão desta 5ª feira contou com a participação do artista Romero Brito, que pintou um quadro em homenagem ao presidente.

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