Estadão Conteúdo
Depois da Polícia Federal desqualificar a colaboração premiada do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) publicou um vídeo em seu Facebook afirmando que o relatório da PF “mostra que réu preso desesperado para reduzir a pena não pode acusar sem prova”. Em áudios entregues por Machado, havia a suspeita de que Renan, o senador Romero Jucá (RR) e o ex-presidente José Sarney tentavam barrar a Operação Lava Jato.
O parlamentar falou ainda em “violação” da sua intimidade e a da sua família e afirmou que ficaram “expostos nas mídias sociais”. “Até pediram, você lembra, a minha prisão, exatamente quando eu presidia o Senado Federal e o Congresso Nacional, com dano à democracia e ao poder”, disse. O peemedebista se referia ao pedido de sua prisão feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em junho do ano passado, após a divulgação das conversas com Machado.
Renan também citou a medida liminar dada pelo ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), em dezembro do ano passado, afastando o senador da presidência do Senado. “Meses depois, tentou-se novamente, desta vez por liminar monocrática, afastar-me do comando legislativo”, disse.
“O primeiro (sobre o pedido de prisão), você lembra, foi recusado pelo (ministro relator da Lava Jato, morto neste ano) Teori Zavascki. O segundo (pedido de afastamento da presidência do Senado) pelo pelo do Supremo Tribunal Federal. Corrigir abuso contra pessoa é fácil, mas contra a democracia e a separação dos poderes?”