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Após novo aumento, preço do botijão de gás vai a R$ 97 no RN

Cabe ao ministro das comunicações á dolorosa incompetência de comunicar o aumento

Após a Petrobras anunciar aumento de 5,2% no preço do gás liquefeito de petróleo (GLP) – o gás de cozinha – o preço do botijão de 13 quilos deverá chegar a até R$ 97 no Rio Grande do Norte, de acordo com o Sindicato dos Revendedores Autorizados de Gás Liquefeito de Petróleo (Singás-RN). O preço varia de região para região, principalmente por causa do frete.

O novo preço começou a valer às 0h desta terça-feira (2) nas refinarias do país, conforme anúncio da estatal. O preço ficou em R$ 3,05 por quilo (R$ 0,15 mais caro), ou seja R$ 36,69 por 13 kg (R$ 1,90 mais caro). A Petrobras afirma que segue os preço do produto no mercado internacional.

Porém, o presidente do sindicato de revendedores, Francisco Correia, considera que o aumento na refinaria causa um aumento em cadeia. Em média, o aumento ao consumidor final deverá variar entre R$ 4 e R$ 5.

“A gente considera que essa medida de ‘dolarização’ do preço do gás é prejudicial. Mesmo que todos os impostos fossem isentados, iria aumentar sempre. O ideal seria ter um abertura do mercado, que hoje é todo concentrado na Petrobras”, afirmou.

Controlador Geral do estado desmente governo Bolsonaro, garantindo que o RV só recebeu “pouco mais de R$ 5 milhões “


O Controlador-Geral do Estado, Pedro Lopes, disse nesta segunda (1) que a informação do Governo do RN ter recebido em 2020 R$ 18 bilhões do Governo Federal não é verdadeira. “O valor real, conforme consta no  site do Tesouro Nacional foi de R$ R$ 5.040.931.457,53”, explica.

“Deste valor, R$ R$3.101.202.906,76 são decorrentes de tributos pagos pela população ao estado brasileiro, especificamente o imposto de renda e o imposto sobre produtos industrializados, sendo arrecadados pela União e em seguida redistribuídos aos estados e municípios, porque a estes pertence, conforme preceitua a Constituição Federal”, diz o release da assessoria do Governo do Estado.

O Controlador salienta que é centenária a regra de financiamento da República Federativa do Brasil, “respeitada por todos os presidentes, inclusive os militares, na época da ditadura militar, como também na atual redemocratização: Fernando Collor, Itamar Franco, Fernando Henrique, Lula, Dilma Roussef e Michel Temer”.

O texto ainda diz que o Governo do RN ainda recebeu R$ 870.474.483,96 a título de FUNDEB, que é um fundo constitucional de financiamento da educação, que inclusive tem como maior fonte a arrecadação de ICMS, imposto de competência arrecadatória dos Estados.

“Relativo exclusivamente a transferência vinculada à ações de enfrentamento ao coronavírus, o Governo do RN recebeu R$ 358,494 milhões. Para compensar as perdas de arrecadação própria decorrente da pandemia, o Governo do RN recebeu R$ 811,654 milhões”, destaca o Governo do RN.

O texto do Governo do Estado finaliza:

Depõe Pedro que a metade desses recursos enviados aconteceram por uma ação do Congresso Nacional, “que derrotou o presidente Bolsonaro e o ministro Paulo Guedes, duplicando as verbas previstas originalmente, e não tenho dúvidas em afirmar que ao final contribuíram para a mínima estabilidade da economia nacional”.

Todas as informações de aplicação de recursos na pandemia pelo Governo do RN estão disponíveis no Portal da Transparência do Governo do RN:

Especuladores podem ter criado ‘crise’ para comprar ações da Petrobras na baixa

A histeria provocada pela substituição do presidente da Petrobras foi tão exagerada que logo se perceberam sinais de manipulação no mercado, com corretoras de valores e bancos de investimentos recomendando enfaticamente a venda de ações da estatal.

Só não contaram que elas próprias as comprariam na baixa para vendê-las na alta, e sem demora: já na abertura do “mercado”, nesta terça (23), ações da Petrobras registravam alta de 8%. Quem vendeu ações na baixa passou por otário. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

O presidente da Câmara, Arthur Lira, também chamou de histeria as queixas contra a troca na Petrobras. “Essa crise foi fabricada”, denuncia. O “nervosismo” nas bolsas foi só uma jogada de especuladores, com ajuda dos seus aliados e parceiros nas mídias sociais e tradicionais.

Enquanto as ações da Petrobras silenciosamente mudavam de mãos, em meio à histeria, na Petrobras tudo funcionava.

Sinais de manipulação são investigadas por órgãos de controle, mas a CVM brasileira saiu pela tangente: não comenta “casos específicos”.

DIÁRIO DO PODER

Bolsonaro agiu e economia implodiu: entenda a segunda-feira caótica no mercado

Blog do Primo: Ministro das Comunicações Fábio Faria sempre justificando atos do Presidente Bolsonaro.

O dia 22 de fevereiro de 2021 vai ficar marcado negativamente na história do mercado econômico brasileiro. Foi nesta segunda-feira que as reações das decisões tomadas pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em relação à Petrobras e suas falas em relação à Eletrobras derreteram alguns dos principais sinalizadores do mercado local.

O Ibovespa, único pregão do país, fechou em forte queda na segunda, com Petrobras perdendo 74 bilhões de reais em valor de mercado e investidores enxergando aumento relevante de risco de interferência do governo em estatais. Banco do Brasil desabou 11,65%.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 4,87%, a 112.667,70 pontos, menor patamar de fechamento desde 3 de dezembro de 2020. Foi também a maior queda percentual diária desde 24 de abril do ano passado.

O que Bolsonaro fez?

Influenciado pelo vencimento de opções sobre ações, units e cotas de ETFs na B3 nesta sessão, o volume financeiro atingiu 84,5 bilhões de reais, superando o recorde de dezembro do ano passado, quando registrou 81,5 bilhões, em sessão marcada pelo vencimento de opções sobre o Ibovespa.

Após indicar na última sexta-feira o general Joaquim Silva e Luna para assumir o comando da Petrobras após o encerramento do mandato de Roberto Castello Branco, o presidente ainda prometeu no fim de semana mais mudanças e afirmou que irá “meter o dedo na energia elétrica”.

Nesta segunda-feira, Bolsonaro afirmou a apoiadores que é possível reduzir em 10% o preço dos combustíveis intervindo na bitributação e em mudanças no ICMS.

Como o mercado reagiu?

O entendimento no mercado é o de que as declarações de Bolsonaro elevam de forma expressiva o risco político e se somam a incertezas já relevantes nas áreas da saúde e fiscal, bem como no cenário prospectivo para a agenda de reformas. Para alguns, o problema não é uma mudança na Petrobras, mas como aconteceu.

Além do efeito de curtíssimo prazo, executivos de bancos de investimento e gestores temem que a forte reversão das políticas favoráveis ao mercado do Brasil por Bolsonaro possa impactar o recente renascimento das ofertas de ações por empresas no país.

Falta de confiança externa e aumento da crise

O Morgan Stanley removeu a recomendação “like” sobre os títulos soberanos do Brasil nesta segunda-feira, citando preocupações fiscais e potenciais repercussões da troca no comando da Petrobras.

O Morgan Stanley disse que sua recomendação anterior positiva sobre a dívida soberana do Brasil dependia de o governo tratar das preocupações fiscais por meio de reformas.

“As mudanças na Petrobras são preocupantes nesse sentido, já que mostram que a tolerância a políticas impopulares é baixa, talvez direcionada por considerações eleitorais”, disseram analistas do banco.

“Petróleo é nosso ou não é?”, questiona Bolsonaro

Bolsonaro afirmou que as reações à troca no comando da Petrobras significam que parte do mercado financeiro apoia uma política que só atendia a “alguns grupos”.

“Sinal que alguns do mercado financeiro estão muito felizes com a política que só tem um viés na Petrobras: atender aos interesses próprios de alguns grupos do Brasil. Nada mais além disso. Conheça as refinarias que a Petrobras decidiu vender”, afirmou o presidente.

Depois, voltou a questionar se o petróleo é de todos ou de um “pequeno grupo”.

“O petróleo é nosso ou é de um pequeno grupo no Brasil?

Quanto aos preços dos combustíveis, Bolsonaro afirmou que quer ‘números concretos” da empresa, inclusive sobre o salário do presidente”, finalizou Bolsonaro.

Tiro de Bolsonaro pode ter saído pela culatra

Ao invés de resultar em queda da inflação, a medida pode levar a uma aceleração dos preços, devido à desvalorização do real frente ao dólar, como resultado do aumento da incerteza.

A taxa de câmbio influencia o preço de todas as commodities, incluindo os alimentos. Pesa ainda sobre os custos da indústria, que acabam sendo repassados ao consumidor ou prejudicando a saúde financeira das empresas.

O aumento do dólar

A moeda americana começou a semana em alta frente ao real, impulsionada pelo aumento do risco político das falas de Bolsonaro, mas a moeda desacelerou os ganhos ao longo da tarde, após atuação do Banco Central e alguma melhora no exterior.

O dólar spot subiu 1,31%, a 5,4551 reais na venda, nesta segunda-feira. A cotação variou entre 5,535 reais (+2,79%) —patamar alcançado imediatamente antes de o BC anunciar leilão de swap cambial— e 5,4316 reais (+0,87%), por volta de 16h15.

No mercado futuro da B3, o dólar bateu 5,5350 reais, máxima desde 6 de novembro do ano passado. A alta do dólar afeta, por exemplo, o preço das carnes, que já acumula alta de 23% em 12 meses até janeiro.

Descrição da imagem: o presidente Jair Bolsonaro está ao centro da imagem, de camisa branca, ajeitando sua calça preta a puxando para cima. Ao fundo, está a primeira-dama Michelle Bolsonaro com a mesma camisa branca e o mesmo adesivo azul, mas de máscara branca. Ao fundo de ambos está uma parede azul clara.

Crise da Petrobras seria o divórcio do governo Bolsonaro e do mercado? Veja o que esperar da Bolsa nesta segunda

Troca na Petrobras e falas do presidente devem derrubar ações da estatal e a Bolsa e criam dúvida sobre permanência de Guedes e sustentabilidade fiscal
Blog do Primo: Ministro das Comunicações Fábio Faria sempre justificando atos do Presidente Bolsonaro.

SÃO PAULO – Entre economistas e analistas que acreditam que as últimas notícias sobre a Petrobras (PETR4;PETR3) representam o divórcio do governo Bolsonaro e do mercado e períodos turbulentos pela frente, e os que acreditam em um impacto mais parecido com o “Joesley Day”, quando a Bolsa teve forte queda, mas logo se recuperou, todos concordam em um ponto: a segunda-feira (22) será de volatilidade, baixa na Bolsa e queda forte da Petrobras e de ações de estatais, com destaque para as elétricas.

Na sexta-feira, após a indicação do general Joaquim Silva e Luna para presidência da Petrobras, em substituição a Roberto Castello Branco, o EWZ, principal ETF brasileiro negociado no mercado americano, que replica o índice MSCI Brazil, caiu 3,64% no after market, período de negociação após o fechamento regular do mercado. “Olhando o que aconteceu lá fora e considerando que o EWZ é dolarizado, espero uma queda de 2% a 2,5% na Bolsa nesta segunda, com todas as estatais estão sofrendo muito, principalmente Petrobras e Eletrobras [ELET3] – além de uma queda de 1% a 1,5% no dólar”, afirma Pedro Lang, head de renda variável da Valor Investimentos.

Um sinal de que a queda da estatal deve ser acentuada está nos ADRs da Petrobras, os recibos das ações negociados na Bolsa de Nova York. Os papéis fecharam o after market com queda de 9,55% na noite de sexta-feira (19), cotados a US$ 9,09.

Brasil não fará restrições a fabricantes no leilão para escolha da tecnologia 5G

Ministro das Comunicações, Fábio Faria 

Na disputa pela tecnologia 5G no Brasil, a gigante sueca Ericsson e a finlandesa Nokia são favoritas para construir a rede segura do governo federal e Forças Armadas, definidas pelo ministro das Comunicações, Fabio Farias. Já a rede 5G do “mercado privado” (cidadãos e empresas) será oferecida pelas teles (“telefônicas”) como no caso da vacina: sem restrições de país de origem, fabricante ou de equipamentos.

A avaliação é de um ministro do TCU) que esteve na missão brasileira ao exterior. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder. Fábio Faria definiu que a rede 5G do governo (menos de 1% do total) terá parâmetros parecidos com os dos EUA, cujo fornecedor é a Nokia.

Com rede do governo “by Nokia” e teles livres para definir fornecedores, o modelo brasileiro de 5G agrada a norte-americanos e chineses. Os chineses estavam preocupados, mas a comitiva de autoridades os tranquilizou: o governo não vai dificultar a vida Huawei no 5G do Brasil.

DIÁRIO DO PODER