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Ex-mulher e filhas de Maradona afastam estafe do craque após sua morte

No final da tarde de quarta-feira (25), cerca de cinco horas após a morte de Diego Armando Maradona, o presidente da Argentina, Alberto Fernández, telefonou para Claudia Villafañe, 60, ex-mulher do jogador.

Ofereceu a Casa Rosada para receber o velório, e a proposta foi aceita. Fernández disse que tudo seria feito de acordo com a vontade dela e das filhas, Dalma, 33, e Gianinna, 31.

Antes disso, Juan Román Riquelme, outro camisa 10 histórico do Boca Juniors e vice-presidente do clube, havia colocado o estádio de La Bombonera à disposição da família.

A pedido das três mulheres, a cerimônia de enterro, no cemitério de Bella Vista, foi reservada apenas para 25 pessoas. Os integrantes do que era chamado de “o entorno” de Diego foram afastados e não estavam entre elas.

Esse estafe, que inclui o advogado Matías Morla e o médico Leopoldo Luque, já havia sido impedido de entrar no condomínio onde o ídolo morreu.

Morla deixou claro seu incômodo com a situação. Disse nas redes sociais que “a ambulância demorou mais de meia hora para chegar” e acusou quem estava acompanhando Maradona, quando este passou mal, de ter agido de modo muito lento, ao chamar primeiro o médico do condomínio e só depois ter contatado o médico pessoal do ex-atleta e uma ambulância.

“Foi uma idiotice criminosa”, vociferou. Nem Morla nem Luque entraram na Casa Rosada para o velório.

As filhas e a ex-mulher a princípio se recusaram a permitir a autópsia do jogador, mas depois consentiram, indicando um perito de confiança. A conclusão foi de insuficiência cardíaca crônica.

Na existência atribulada de Maradona, a família era uma de suas maiores incoerências. Ele disse várias vezes que Claudia era o amor de sua vida, mas morreu brigando com ela na Justiça por causa de dinheiro e imóveis. Afirmava que Dalma e Gianinna eram tudo para ele, mas pouco as via. Ambas tomaram o lado da mãe nas discussões.

As duas atribuem o distanciamento ao entorno do jogador. Sustentam que gostariam de ter tomado as rédeas da saúde e da agenda do pai, mas eram impedidas. Gianinna diz ter ido visitá-lo com Benjamín, seu filho com o atacante Sergio Agüero, em 30 de outubro, dia do aniversário de 60 anos de Diego, mas ficado poucos minutos.

Matías Morla cuidava de todos os assuntos em nome de Maradona. No mesmo dia 2 de novembro em que o craque foi internado em uma clínica em La Plata, sua conta no Instagram publicou uma propaganda de cigarro —depois apagada.

Durante a Copa do Mundo da Rússia, em 2018, Morla pedia US$ 30 mil (cerca de R$ 150 mil em valores atuais) por entrevistas com o ex-jogador, que estava no país sob contrato da Puma (fabricante de material esportivo) e da Telesur, rede de TV multiestatal de países com governos de esquerda na América do Sul.

Gianinna e Dalma voltaram a usar suas redes sociais nos últimos dias para atacar Morla e companhia, dizendo que há tempos o pai era usado para exibições de propaganda, fins comerciais e projeção pessoal de algumas figuras.

Após Diego ser transferido de La Plata para Buenos Aires para remover um hematoma na cabeça, as filhas mandaram chamar um outro médico, além de Leopoldo Luque, para ter uma segunda opinião, demonstrando que não confiavam totalmente no neurologista. Com isso, a operação atrasou algumas horas.

Luque postou uma foto ao lado do paciente antes de ele deixar o hospital, no dia 11, quebrando um acordo para preservá-lo e enfurecendo as filhas. Algum tempo depois, pediu desculpas e disse que teve a autorização de Maradona.

Maradona ao lado do médico Leopoldo Luque após receber alta em hospital de Buenos Aires, na Argentina

A vida familiar do maior camisa 10 argentino foi como todas as outras facetas de sua existência. Cheia de idas e vindas, amores e rompimentos. Mesmo depois de se divorciar de Claudia, em 2003, ela continuou a cuidar de vários aspectos do dia a dia do ex-marido por um período.

Depois, ele teve relacionamentos com Veronica Ojeda, que esteve no velório e enterro com o filho Dieguito Fernando, e Rocío Oliva, barrada nas duas cerimônias do dia.

Diego Maradona foi enterrado no cemitério de Bella Vista, nos arredores de Buenos Aires, para estar próximo dos pais, don Diego e Tota. Os dois criaram o filho no bairro pobre de Villa Fiorito, em uma casa de telhas cheia de buracos, construída pelo próprio pai. Operário da indústria de carne, ele foi ausente em boa parte da infância do craque pois tinha de trabalhar.

Já Tota era o motivo da adoração do filho. Ela morreu em 2011, e os melhores amigos disseram que ele nunca mais foi a mesma pessoa depois disso.

FOLHAPRESS

Maradona será velado nesta quinta, na Casa Rosada, em Buenos Aires; público esperado é de 1 milhão de pessoas


Foto: CNN Brasil/reprodução

O velório de Diego Armando Maradona será realizado na Casa Rosada, sede do governo argentino, nesta quinta-feira (26), em Buenos Aires. Antes, o corpo do craque passará por autópsia. Maradona morreu aos 60 anos, em casa, após sofrer uma parada cardiorrespiratória.

Apesar das preocupações de isolamento social pela pandemia do novo coronavírus, são esperadas quase um milhão de pessoas em frente ao balcão em que o camisa 10 ergueu a Copa do Mundo de 1986. Até para evitar ainda mais multidões, o horário não foi informado.

Em entrevista em frente à casa onde Maradona morreu, o fiscal do Departamento Judicial de San Isidro, John Broyad, adiantou que o corpo do craque não tinha sinais de violência. Ele morreu por volta das 12h (local e de Brasília). Às 16h, policiais científicos começaram a trabalhar no local. Já a autópsia será realizada a partir das 18h. O corpo deixou a residência às 17h15 e foi acompanhado por um comboio policial.

“Não foi detectado nenhum sinal de criminalidade, de violência. A autópsia será para determinar a causa da morte, mas podemos adiantar que o falecimento se caracteriza por fatores naturais, sem sinal de violência. A autópsia vai esclarecer a causa da morte”, afirmou Broyad.

Maradona estava em casa quando se sentiu mal. Familiares e funcionários chamaram uma ambulância para socorrê-lo, mas ele morreu antes mesmo da chegada do veículo da emergência. O ex-jogador tinha deixado uma hospital havia duas semanas após ser internado, onde se detectou um hematoma no cérebro. Ele lutava contra uma série de problemas de saúde.

Além de fornecer a Casa Rosada para o velório, o governo argentino decretou três dias de luto no país. O Boca Juniors havia colocado à disposição o seu estádio, a Bombonera, para a realização do velório de Maradona.

R7

Maradona é internado na Argentina

Diego Maradona deu entrada, nesta segunda-feira, em uma clínica médica na cidade de La Plata, na Argentina, poucos dias após completar 60 anos. De acordo com o ‘La Nación’, o treinador de Gimnasia y Esgrima será submetido a exames.

De acordo com o jornal Clarín, a decisão de internar Maradona é preventiva por sua situação emocional e decidida na última sexta-feira, após não se sentir bem na breve homenagem que lhe foi feita no Estádio Carmelo Zerillo, antes da partida contra Patronato, pelo Campeonato Argentino.

Maradona mostrou sérias dificuldades em percorrer o caminho entre o vestiário e o gramado, e teve que estar acompanhado por dois assistentes. Após uma breve conversa, ele sentou-se ao lado do banco reserva, mas não terminou de assistir ao primeiro tempo.

Segundo o ‘Clarín’, pessoas próximas descartaram que a internação se deva a sintomas ligados a Covid-19. A princípio, foi decidida de comum acordo entre Maradona e seu neurocirurgião-chefe, Leopoldo Luque, devido a um quadro emocional que afetou o agora técnico devido à situação da pandemia.

Durante sua quarentena, Maradona passou por um plano pelo qual perdeu 11 quilos e realizou uma operação no joelho em 2019, na qual foi colocado uma prótese.

O GLOBO

As gravações do caso Robinho na justiça italiana: “A mulher estava completamente bêbada”

Exclusivo: ge mostra trechos da sentença judicial e da transcrição dos grampos que levaram o jogador a ser condenado em primeira instância na Itália

Por Lucas Ferraz — Especial para o ge, Roma, Itália

Autor da reportagem sobre condenação de Robinho fala no Redação SporTV

A sentença da Justiça italiana que condenou Robinho e um amigo em primeira instância a nove anos de prisão por violência sexual de grupo contra uma jovem de origem albanesa mostra que as interceptações telefônicas realizadas contra os envolvidos ao longo da investigação foram cruciais para o veredito.

No início da noite desta sexta-feira, a diretoria do Santos e o próprio Robinho anunciaram a suspensão do contratoque ele assinou com o clube no último fim de semana.

A decisão do Tribunal de Milão, de novembro de 2017, ainda não é definitiva e foi contestada pelas defesas do jogador do Santos e de Ricardo Falco, o outro acusado brasileiro no crime. Os advogados dos dois apresentaram recurso.

A Corte de Apelo de Milão vai iniciar a análise do processo, em segunda instância, no dia 10 de dezembro.

Capa da sentença de Robinho — Foto: Reprodução
Capa da sentença de Robinho — Foto: Reprodução

O caso aconteceu numa boate de Milão chamada Sio Café na madrugada do dia 22 de janeiro de 2013. Além de Robinho e Falco, outros quatro brasileiros teriam participado do ato classificado pela Procuradoria de Milão como violência sexual. Como esses quatro deixaram a Itália no decorrer da investigação, eles estão sendo processados num procedimento à parte, disse ao ge o advogado Jacopo Gnocchi, que representa a vítima.

Robinho e Falco foram condenados com base no artigo “609 bis” do código penal italiano, que fala da participação de duas ou mais pessoas reunidas para ato de violência sexual – forçando alguém a manter relações sexuais por sua condição de inferioridade “física ou psíquica” (veja a íntegra do artigo no final do texto).

Ao ser interrogado, em abril de 2014, Robinho negou a acusação. Ele admitiu que manteve relação sexual com a vítima – mas disse que foi uma relação consensual de sexo oral – e sem outros envolvidos. No caso de Ricardo Falco, a perícia realizada por determinação da Justiça identificou a presença de seu sêmen nas roupas da jovem.

Seleção discute contratação de Robinho pelo Santos e gravações de conversas de jogador

Diversas gravações de ligações telefônicas entre os acusados, feitas com autorização da Justiça, foram transcritas na sentença. Uma das mais decisivas para a condenação em primeira instância foi uma conversa de Ricardo Falco com Robinho que indicou ao tribunal que os envolvidos tinham consciência da condição da vítima.

A conversa aconteceu no carro de Robinho e em certo momento o jogador demonstra preocupação com a possibilidade de a vítima prestar depoimento. No diálogo, Falco aparentemente se contradiz a respeito da condição da vítima.

Falco: –Ela se lembra da situação. Ela sabe que todos transaram com ela.

Robinho: – O (NOME DE AMIGO 1) tenho certeza que gozou dentro dela.


Falco:
– Não acredito. Naquele dia ela não conseguia fazer nada, nem mesmo ficar em pé, ela estava realmente fora de si.

Robinho: – Sim.

Para a justiça italiana, as escutas realizadas a partir de janeiro de 2014 são “auto acusatórias”. Além dos telefones grampeados, a polícia instalou escutas no carro utilizado por Robinho na Itália. A sentença diz que “os conteúdos dão pleno conhecimento do que aconteceu”.

Logo no primeiro mês de monitoramento, por exemplo, uma interceptação mostrou o músico Jairo Chagas, que tocou naquela noite na boate, avisando a Robinho sobre a investigação. O jogador, segundo a transcrição, respondeu:

– Estou rindo porque não estou nem aí, a mulher estava completamente bêbada, não sabe nem o que aconteceu.

Robinho completou:

– Olha, os caras estão na merda… Ainda bem que existe Deus, porque eu nem toquei aquela garota. Vi (NOME DE AMIGO 2), e os outros foderam ela, eles vão ter problemas, não eu… Lembro que os caras que pegaram ela foram (NOME DE AMIGO 1) e (NOME DE AMIGO 2)…. Eram cinco em cima dela.

Ainda em janeiro de 2014, o músico e o jogador voltaram a falar sobre o episódio. O diálogo entre os dois transcrito na sentença é o seguinte:

Robinho: –A polícia não pode dizer nada, eu direi que estava com você e depois fui para casa.

Jairo: – Mas você também transou com a mulher?

Robinho: – Não, eu tentei. (NOME DE AMIGO 1), (NOME DE AMIGO 2), (NOME DE AMIGO 3)…

Jairo: – Eu te vi quando colocava o pênis dentro da boca dela.

Robinho: – Isso não significa transar.

A investigação também reuniu outras conversas entre os amigos do jogador presentes na boate. Um deles, aqui identificado como “Amigo 4”, demonstrou preocupação ao saber do início da investigação:

NOME DE AMIGO 4: – Irmão, tive dor de barriga de nervoso, eu me preocupo por você, amigo.

A resposta de Robinho, segundo a transcrição das gravações, foi:

– Telefonei a (NOME DE AMIGO 3), e ele me perguntou se alguém tinha gozado dentro da mulher e se ela engravidou. Eu disse que não sabia, porque me recordo que eu e você não transamos com ela porque o seu pênis não subia, era mole… O problema é que a moça disse que (NOME DE AMIGO 1), (NOME DE AMIGO 2) e (NOME DE AMIGO 3) a pegaram com força.

Em outra ligação transcrita no processo, esta com (NOME DE AMIGO 3), o jogador ressaltou que “não havia prova de que fizemos alguma coisa”. Os quatro amigos de Robinho saíram da Itália e retornaram ao Brasil durante a fase de investigação.

Segundo a sentença, numa das conversas monitoradas dentro do carro de Robinho, o jogador e Ricardo Falco combinaram as respostas que dariam à Justiça. Falco comentou que a “nossa salvação” era que não tinha na boate nenhuma câmera que flagrasse eles .

Em outra gravação, do telefone do músico Jairo Chagas, ele conversa com uma amiga. A transcrição traz uma frase dela: “Isso é coisa de covarde, pessoas de merda que dão realmente nojo”. Jairo respondeu que o que aconteceu tinha nome: “se chama estupro”. Diante dos juízes, o músico disse não ter visto cenas de sexo naquela noite.

Reconstituição e depoimento detalhado da vítima

Na reconstituição feita pela Justiça, a vítima de origem albanesa contou que foi ao Sio Café em 21 de janeiro de 2013 para comemorar seu aniversário de 23 anos ao lado de duas amigas. No dia, a programação da boate era dedicada à música brasileira.

Robinho estava na mesma boate com sua esposa e um grupo de quatro amigos. A violência contra a jovem teria ocorrido dentro do camarim usado pelo músico Jairo Chagas. Conhecido na comunidade brasileira em Milão, Jairo trabalhou no Sio Café por nove anos e disse ao ge que todos que estavam com Robinho eram brasileiros.

No julgamento realizado na 9ª Seção do Tribunal de Justiça de Milão, em novembro de 2017, o caso contra os dois brasileiros foi analisado por um colégio de três juízes, como praxe do sistema Judiciário Italiano. Eram duas mulheres e um homem.

Quem presidiu o julgamento foi a juíza Mariolina Panasiti, ainda hoje na 9ª Seção do Tribunal de Justiça de Milão. Ela não quis gravar entrevista mas afirmou, em conversa por telefone, que se tratou de um julgamento complexo, como costumam ser os relacionados a violência sexual, e que as peças do quebra-cabeça foram sendo montadas aos poucos.

Panasiti informou que as interceptações foram fundamentais para a condenação do jogador e seu amigo. É também o que diz a sentença: “As declarações [da vítima] encontraram na instrutória processual múltiplas confirmações, no relato das outras testemunhas e sobretudo nas conversas interceptadas”.

No depoimento à justiça, vítima disse que conheceu Robinho dois anos antes do crime – em 2011, em outra boate de Milão. Informou que também conhecia dois amigos do jogador. Acrescentou que no primeiro encontro, Robinho pegou a mão dela e colocou no seu abdômen. Depois, na segunda vez em que estiveram juntos, eles dançaram numa festa, e o jogador “tentou lamber o seu seio”. Mas ela disse que os episódios não a preocuparam.

Ainda segundo o depoimento, na noite do episódio no Sio Café, a vítima disse que foi ao local convidada por um dos amigos do Robinho, mas que, por SMS, ele a informou que ela só deveria se aproximar da mesa depois que a mulher do jogador fosse embora. Assim que isso aconteceu, ela e duas amigas se juntaram ao grupo de brasileiros, que depois passou a ter também a presença de Ricardo Falco. Segundo a vítima, os brasileiros ofereceram várias bebidas alcoólicas, mas apenas ela bebia, pois uma das amigas estava grávida e a outra estava dirigindo.

Por volta de 1h30 da madrugada, as duas amigas foram embora, e uma delas se comprometeu a voltar para buscá-la. Depois de dançar com os brasileiros, sem ar e tonta, ela contou ter ido para uma área externa da boate, momento em que um dos amigos do jogador (um dos acusados no processo que corre à parte) tentou beijá-la. Pouco depois, os dois foram para o camarim, onde o mesmo amigo continuou tentando beijá-la.

A vítima admitiu ter apenas “alguns flashes daquela noite”, acrescentando que não tinha condições de “falar” nem de “ficar em pé”. Segundo suas recordações, ela ficou no local sozinha por alguns minutos e “percebeu” que o mesmo amigo e Robinho estavam “aproveitando” dela.


– Acredito que no início estivesse fazendo sexo oral em [NOME DO AMIGO 3], e Robinho aproveitava de mim de outro modo, e depois eles trocaram de papel, dali não me recordo mais nada porque me encontrei rodeada pelos rapazes, não sabia o que acontecia – disse a vítima no depoimento

Ela ainda afirmou que ouviu Robinho pedir ao amigo uma “camisinha”. E que, ao fim, se lembrou de que começou a chorar e que Jairo apareceu para consolá-la.

A investigação não precisou o tempo em que os acusados mantiveram relações com a jovem. A vítima contou que começou a chorar após ter se dado conta do que havia acontecido. Segundo a investigação, ela deixou a boate carregada pelos brasileiros, primeiro no carro de Robinho e depois no veículo de Ricardo Falco. A sentença observou que as roupas que ela usava foram entregues à polícia e analisadas durante o processo.

Nos dias seguintes ao episódio, a jovem teve contato com Falco e com um dos outros brasileiros que estiveram na boate através de mensagens no Facebook e pelo telefone. Ao primeiro, disse que iria procurar um advogado. Ao segundo, ela chegou a dizer que estava grávida (com a intenção de “deixá-lo preocupado”).


Robinho alega que jovem não foi induzida

O advogado italiano de Robinho, Alexsander Guttierres, não quis comentar o teor das escutas telefônicas. Ele disse que vai sustentar na Corte de Apelo que a relação foi consensual.

– O artigo que enquadra meu cliente é claro: fala em induzir alguém a beber ou tomar droga com objetivo de usufruir dela sexualmente. Não há provas de que isso aconteceu. Fazer sexo com uma pessoa bêbada ou drogada não fere a lei. Não estou dizendo que ele [Robinho] é uma pessoa perfeita. Ele mesmo reconheceu ter tido uma conduta pouco séria, mas crime não cometeu.

Já Ricardo Falco é defendido no processo pela advogada Federica Rocca, uma espécie de defensora pública que disse ao ge nunca ter encontrado pessoalmente com o cliente.

– Eu o procurei em Milão, mas parece que ele já tinha ido embora”, contou.

Rocca afirma que o recurso apresentado pelos advogados discutirá se a relação da jovem com os seis homens, dentro do camarim da boate, foi ou não consensual.

– Não há prova de que eles deram bebida a ela para se aproveitarem sexualmente.

A advogada, contudo, reconhece que se trata de um processo muito difícil, “também em relação à vítima”.

O que diz a lei italiana

Artigos 609 octies e 609 bis do Código Penal Italiano:

609 octies
A violência sexual de grupo consiste na participação, da parte de várias pessoas reunidas, a atos de violência sexual referidos no artigo 609 bis.

609 bis
Qualquer um, com violência ou ameaça ou mediante abuso de autoridade, obriga outro a ter ou sofrer atos sexuais é punido com a reclusão de cinco a dez anos.

Quem induz alguém a ter ou sofrer atos sexuais está sujeito à mesma pena:

1) Abusando das condições de inferioridade física ou psíquica da pessoa ofendida no momento do fato;

2) Enganando a pessoa ofendida ao substituir o culpado por outra pessoa.

Robinho acertou a volta ao Santos na semana passada — Foto: Ivan Storti/Santos FC
Robinho acertou a volta ao Santos na semana passada — Foto: Ivan Storti/Santos FC

Jogadora Carol Solberg é denunciada pelo STJD por gritar ‘Fora, Bolsonaro


A jogadora de vôlei de praia Carol Solberg foi denunciada nesta segunda-feira pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) do Voleibol por ter gritado “Fora, Bolsonaro” após conquistar a medalha de bronze no Circuito Nacional, no dia 20 de setembro. A manifestação política ocorreu durante entrevista ao vivo para o canal SporTV.

A denúncia é baseada em dois artigos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD): o 191, “deixar de cumprir, ou dificultar o cumprimento de regulamento, geral ou especial, de competição”, e o 258, por “assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva não tipificada pelas demais regras deste Código à atitude antidesportiva”. Pelo artigo 191, ela pode ser multada entre R$ 100,00 e R$ 100 mil ou receber advertência. Já o artigo 258 prevê veto de uma a seis partidas, suspensão de 15 a 180 dias ou advertência. Carol ainda não se manifestou sobre a decisão do STJD.

Fora Bolsonaro no vôlei de praia

Talita e Carol Solberg - Divulgação

Com um top amarelo com o símbolo do Banco do Brasil, Carol Solberg pegou o microfone e gritou: “Fora, Bolsonaro”, ao vivo pelo SporTV. O vídeo, transmitido no domingo cedo, viralizou nas redes sociais. Em perfis que fazem oposição ao governo Jair Bolsonaro (sem partido), a fala ganhou respaldo. Já em perfis bolsonaristas, o tom foi de clamor pelo fim do patrocínio do banco estatal à jogadora.

Isso não será possível porque não existe qualquer patrocínio do Banco do Brasil à Carol. Ela usava um top com a marca do banco estatal porque, no Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia, como é usual na modalidade, a parte de cima do uniforme é fornecido pelo organizador (no caso, a Confederação Brasileira de Vôlei) e de uso obrigatório para as duplas. Em Saquarema (RJ), foram distribuídos modelos nas cores amarelo, branco, azul, verde e dourado.

Se o top é padronizado, com os patrocinadores do torneio, o resto da vestimenta pode receber patrocinadores privados. Aí entram a parte de baixo do biquíni, a viseira e as faixas no braço. Carol só exibe um patrocinador pessoal: o isotônico natural e orgânico Jungle. Sua atual parceira, Talita, é sargento no Exército e apoiada pelo Bolsa Atleta. Carol, não.

O Banco do Brasil patrocina a Confederação Brasileira de Vôlei desde 1991, no governo Fernando Collor, e foi renovado por outros seis presidentes: Itamar Franco, FHC, Lula, Dilma e Temer. O contrato mais recente foi firmado em 2016, durante o governo Temer, com reserva de R$ 218 milhões por quatro anos de um acordo que termina ao final deste ano. Existe um temor grande, nos bastidores, que o contrato não seja renovado.

Paralelamente, o Banco do Brasil tem a tradição de patrocinar as duas melhores jogadores de vôlei de praia do país, a partir de critérios do próprio banco. No final de 2018, por exemplo, foram firmados contratos com Alison (R$ 232 mil por nove meses), André Stein (R$ 145 mil por 12 meses), Ágatha (R$ 265 mil por 12 meses), Duda (R$ 150 mil por 12 meses), Evandro, Vitor Felipe, Bárbara Seixas, Fernanda Berti (R$ 224 mil por 12 meses, cada). Atualmente, são patrocinadas, no feminino, as duplas Ágatha/Duda e Ana Patrícia/Rebecca.

UOL

CBV

protesto de Carol Solberg contra o presidente Jair Bolsonaro repercutiu nas redes sociais e criou um mal-estar para a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV). A entidade divulgou uma nota de repúdio contra o ato da jogadora, transmitido ao vivo pela televisão, durante a premiação da etapa de Saquarema do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia. Carol Solberg e sua parceira Talita terminaram na terceira colocação. No momento dos agradecimentos, Carol disse no microfone: “Só para não esquecer: Fora, Bolsonaro!”.

“A Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), vem, através desta, expressar de forma veemente o seu repúdio sobre a utilização dos eventos organizados pela entidade para realização de quaisquer manifestações de cunho político. O ato praticado neste domingo (20.09) pela atleta Carol Solberg durante a entrevista ocorrida ao fim da disputa de 3º e 4º lugar da primeira etapa do Circuito Brasileiro Open de Volei de Praia – Temporada 2020/2021, em nada condiz com a atitude ética que os atletas devem sempre zelar”, diz trecho da nota.

A CBV anunciou ainda que tomará providências para que episódios como este não se repitam. A entidade, contudo, não diz que medidas serão estas e nem se incluirão qualquer tipo de advertência a Carol Solberg.

Torcida para jogos no Maracanã será liberada em outubro

A prefeitura do Rio de Janeiro e a Federação de Futebol do Rio (FFERJ) definiram nesta sexta-feira (18) a volta do público no estádio Maracanã a partir do dia 4 de outubro, na partida entre Flamengo e Atlético Paranaense, pela 13ª rodada.

No encontro realizado a portas fechadas, no Riocentro, foram apresentados os protocolos para o retorno gradativo do público, como uso obrigatório de máscara, distanciamento social, venda de ingressos pela internet e ocupação de apenas 30% de cada setor. A expectativa é que o estádio receba, no máximo, cerca de 24 mil torcedores por jogo.

CNN Brasil

Globo fora da Fórmula 1

A partir de 2021, a TV Globo não transmitirá mais as corridas de Fórmula 1. De acordo com informações do site Meio & Mensagem, a emissora carioca desistiu da compra dos direitos de transmissão da principal categoria do esporte a motor.

A negociação estava sendo feito junto ao Liberty Media, o grupo detentor dos direitos comerciais do Mundial. No entanto, não houve acordo em relação aos valores pedidos para a renovação do vínculo.

A Globo transmite as corridas da categoria desde 1972, quando fazia as corridas em parceria com a Tupi. Depois de perder os direitos em 1980 para a Bandeirantes, a emissora Carioca voltou a carga em 1981 e, desde então, era a única TV aberta responsável pela Fórmula 1 no Brasil.

Metrópoles