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Notícia do dia não é cloroquina para emas. São os quase 85 mil mortos


Matheus Pichonelli

No conto “Darandina”, de Primeiras Estórias, João Guimarães Rosa descreve o alvoroço provocado numa cidadezinha quando um sujeito escala uma palmeira e de lá passa a proferir sentenças desconexas.

De mão dupla, o espelho da loucura se apresenta na narrativa com uma pergunta ao leitor: quem perdeu o juízo? Quem está em cima ou quem está embaixo obcecado pela cena?

Do alto, o “psiquiatrartista” descrito pelo autor mineiro berrava barbaridades do tipo: “O feio está ficando coisa…”, “Se vierem, me vou, me vomito daqui”, “Cão que ladra não é mudo”. “Estou aqui, vós me vedes”. “Eu não sou aquele!” “Suspeito, exploração, calúnia, embuste, de inimigos e adversários…”. “Vi a Quimera!”

Abaixo, “frenéticos o ovacionavam, às dezenas de milhares se abalavam”.

É de circo, diziam uns. É político, afirmavam outros. É fugido de hospício, especulavam outros ainda. É um gênio, concluía alguns.

Tivesse sido escrito em 2020, Guimarães Rosa poderia até negar, mas ninguém acreditaria que o nonsense daquela estória não foi inspirada num certo habitante do Palácio do Alvorada.

Por mais machadiana que seja a obsessão de Jair Bolsonaro com a cloroquina, uma obsessão pé em pé com a de Brás Cubas e seu emplastro anti-hipocondria que o levaria à glória ou o humanitismo sem fundamento científico de Quincas Borba, é em Guimarães Rosa que se encontra o estado mais bem acabado  de espanto com a cena do sujeito que ninguém sabe como foi parar, nem como poderá descer, da palmeira imperial.

Jair Bolsonaro convalesce após testar positivo novamente para covid-19. Tem evitado declarações retumbantes desde a prisão, agora domiciliar, do ex-PM, ex-assessor e ex-amigo Fabrício Queiroz.

Tem atrapalhado menos também o andamento de negociações sobre reformas e aprovação de projetos-chaves no Congresso, como o do Fundeb.

Ainda assim, é o assunto do dia.

De ontem.

De hoje.

Provavelmente de amanhã.

Faz isso já adaptado ao espírito do tiktok, a rede social chinesa em que o gestual está no centro da cena de mímicos que já não precisam gritar. Foi o que levou a plateia ao delírio, no domingo passado, quando levantou uma caixinha de cloroquina no fosso que separa a Presidência e os súditos o ovacionaram, também às dezenas.

É gênio ou é doido, pergunta-se a plateia abaixo da palmeira, como no conto roseano.

Em tempos de comunicação em rede, pendurar a melancia no pescoço já não comove.

Que tal passear pelos campos do Alvorada e ser flagrado mostrando cloroquina para as emas?

Eureka!

É o melhor jeito de seguir no centro das atenções e desviar o foco das perguntas fundamentais do dia: como chegamos a quase 85 mil mortos na pandemia que o garoto-propaganda da quimera salvadora diagnosticou, lá atrás, como um resfriadinho que mataria menos que uma gripe normal?

A resposta é óbvia, mas segue em aberto, enquanto Jair Bolsonaro em seu retiro repete o personagem de Guimarães Rosa que “disse nada. Ou talvez disse, na pauta, e eis tudo”.

Nada mais podre que o Presidente do PTB

Mente podre, palavreado fedorento..

Por Renato Dantas
Nada mais nojento do ponto de vista político e homofóbico do que as declarações deste moribundo ex-político inquilino de presídio e presidente do PTB, Roberto Jerfferson.
Muitos brasileiros têm suas diferenças com o Supremo Tribunal Federal, eu mesmo já discordei de várias decisões de ministros e do colegiado, mas atingir dois ministros de maneira debochada, irônica e homofóbica como o presidente do PTB fez neste vídeo abaixo, revela sua pequenez e podridão.
Caso seja verdade, qual o crime dos ministros serem homossexuais? Eles não estão no Supremo  para fazer sexo, estão para fazer justiça.
Dizem que a filha do presidente do PTB, ex-deputada Cristiane Brasil é homossexual (sapatão) ou bi-sexual, qual seria o crime que ela estaria cometendo? Sendo verdade que a filha de Roberto Jerfferson  seja homossexual em quê vai desmerecer o respeito e macular sua honra ou dignidade e competência?
Podre é quem é preconceituoso, ordinário, homofóbico como este presidente do PTB que destrói o histórico PTB de Getúlio Vargas, Leonel Brizola, Darcy Ribeiro e tantos outros grandes brasileiros..
Criticar decisões de ministros ou do colegiado é natural e próprio da liberdade garantida pela nossa democracia e Constituição, mas menosprezar, diminuir, achincalhar, ridicularizar pessoas por causa de sua opção sexual é coisa típica dos canalhas.
Primo, Getúlio Batista, você que é uma pessoa boa, bom caráter,  publique uma nota repudiando esse comportamento homofóbico do seu presidente para salvar o PTB Potiguar que tão honradamente foi presidido no passado pelo grande potiguar Clóvis Motta.

Professor Joca: “O tempo dirá quem tem razão”

Seria bom, nesse momento, que tivéssemos estudos robustos embasando o tratamento precoce, mas não temos.
Seria interessante que já tivéssemos uma droga testada e aprovada pela OMS, mas não temos.
Seria interessante que já tivéssemos RT-PCR para todos, testes rápidos absolutamente confiáveis, mas não temos.
Seria interessante que que tivéssemos uma rede de UTI que numericamente e qualitativamente nos desse uma boa resposta, mas não temos.
Seria interessante que já tivéssemos um programa eficiente de vacinação em massa, mas não temos.
Seria interessante que os médicos não se dividessem em pró tratamento precoce e contra, mas temos essa divisão.
Seria interessante que um grupo pudesse respeitar aqueles que acreditam no tratamento precoce e que respeitassem aqueles que não acreditam.
Seria interessante que os médicos não se degladiassem por conta de um tratamento que, infelizmente, está contaminado por um viés político e pelas circunstâncias da pandemia ainda sem evidências de estudos robustos, mas não temos tais estudos.
O tempo dirá quem tem razão.
Com certeza estudos robustos irão surgir.
A queda da doença na nossa população, nesse momento, é visível.
Será que é um fenômeno natural ou será pelo uso do tratamento precoce?
Ou ainda pelo uso galopante da ivermectina?
Viajo todos os dias para o interior e vejo que muita gente tem usado sem orientação médica a Ivermectina.
Fico na dúvida se isso é positivo, pois na maioria das vezes, não há orientação médica.
Só quero chamar atenção de dois fatos: a doença está diminuindo, os indicadores epidemiológicos mostram.
A outra situação é a expectativa de interiorização da doença: será que com tanta gente usando Ivermectina no interior do nosso estado ocorrerá? Em breve teremos respostas…
Sou a favor do tratamento precoce, simples assim! Não preciso agredir ninguém. Vamos Salvar Vidas! Essa é a nossa missão! Não vamos nos agredir enquanto médicos. Respeitemos o contraditório e principalmente, a Medicina! Quer seja ela baseada em evidências, quer seja ela observacional.
João Maria de Lucena Marinho/ Prof Joca – CRM 2122.

Nunca vi tanta bobagem como procurar pegar no pé do procurador

Não sei a razão que em Natal se dá tanto cabimento a procurador. Procurador é uma pessoa normal, nenhum é cidadão acima dos demais e nunca foram autoridades máximas, são apenas servidores públicos como qualquer outro.
Afinal, são pessoas e sendo gente tanto pode ser bom como ruim..

Tem procurador para todos dos gostos: tem boiola, pegador, mentiroso, corrupto, culto, religioso, gabola, simpático, pedante, bondoso, educados, vaidoso, maracatu malamanhado , corno, ricardao, admirados, discretos e cultos como Marcelo Dias e Marcelo Ribeiro Dantas hoje ministro de STJ.
Claro que tem uns papangus que não tomaram coca cola na infância e querem se impor na sociedade pelo fato de tido infância difícil buscando holofotes e notoriedade,  mas também tem aqueles que mesmo tendo infância difícil, se tornaram nobres pela grandeza do saber e da alma.
Deixem eles fazerem o que querem, afinal eles não são autoridades detentores de mandato popular, não precisam dá satisfação da sua vida pessoal, são servidores públicos com a mesma importância dos demais.
Vamos procurar tomar conhecimento dos feitos dos grandes médicos, cientistas e pesquisadores que estão trabalhando para encontrar uma vacina para salvar vidas da pandemia do coronavírus.

Este procurador Fernando Rocha que defendeu o fechamento das atividades econômicas e foi visto treinando numa academia, certamente mudou de opinião, e procurador também muda de opinião, do que tem ideia fixa é doido..

Procurador não merece ser procurado.

Abraços e bom final de semana para todos os primos e primas,

Renato Dantas

Drama: o que fazer quando se sabe que se sabe tudo sobre a “lava jato”?

Por Lenio Luiz Streck
Sempre que alguém do Ministério Público faz algo inadequado, fico com dois corações. Por isso, tenho alertado o Ministério Público sobre os perigos que corre a instituição em face de constantes ameaças legislativas de retirada de prerrogativas, poderes etc. E, agora, com os recentes episódios envolvendo a força-tarefa comandada pelo Doutor Martinazzo Dallagnol e a insurgência para com a PGR, o caldo parece que engrossou.

Participei dos preparativos para a Constituinte. Estava ingressando no Ministério Público, então. O constituinte colocou o Ministério Público como algo à parte, como que a homenagear aquele que considero patrono da instituição, Alfredo Valadão (quem escreveu sobre isso na década de 50 do século passado), cujo mantra recitei na minha prova de tribuna, verbis:

“O MP é instituição que, para além dos Poderes tradicionais, deve defender a sociedade, denunciando abusos, vindos deles de onde vierem, inclusive do próprio Estado (leia-se, o próprio MP e o Poder Judiciário).”

Muita gente do MP não sabe dessa luta. Já pegou um MP pronto. E muitos se enlambuzaram com o poder. Durante 28 anos atuei seguindo a Constituição. Com Alfredo Valadão na mente. Se necessário, atuava em favor do réu, caso suas garantias estivessem sendo usurpadas. Como dizia Valadão, denunciando abusos, vindos de onde viessem…! Atuava como uma magistratura.

Tristemente, vejo, hoje, membros da instituição desgastando dia a dia o MP. Não fosse por nada, vejam as manchetes e o consequente desgaste do Ministério Público: Jornalista Elio Gaspari denuncia: O dinheirinho fácil das palestras — A empresa concebida por Dallagnol tirou da sombra um promíscuo mercado de mimos do andar de cima”.

Outra do insuspeito Elio Gaspari: “Lava Jato de Curitiba tantas fez que está encurralada Pode-se fazer tudo pela operação, menos papel de bobo”.

E Gaspari explica mais essa patacoada de parte do MP:  “A Lava Jato de Curitiba tantas fez que está encurralada. Tentaram satanizar a procuradora Lindora Maria Araújo e foram apanhados pelo repórter Leonardo Cavalcanti chamando Rodrigo Maia de “Rodrigo Felinto” e David Alcolumbre de “David Samuel” numa planilha oficial. Esse golpe é velho, usado por delegados e procuradores que tentam confundir juízes. Justificando-se, a equipe do doutor Martinazzo disse que os nomes completos não cabiam no espaço. Contem outra, doutores. Pode-se fazer tudo pela “lava jato”, menos papel de bobo. Rodrigo Felinto tem 15 batidas, Rodrigo Maia cabe em 12. Só isso já daria um livro.

Só por isso já o CNMP deveria abrir novo procedimento. Aliás, por qual razão será que a procuradora Lindora foi a Curitiba? Bom, vejam também o excelente trabalho feito pela Conjur, que serviu de base para o MP de Contas entrar com pesada representação contra a força-tarefa. ConJur fazendo o bom jornalismo.

Há também a questão da “cooperação internacional”. Esse tapete tem de ser levantado para vermos o que há por debaixo. O artigo de Marco Aurélio de Carvalho e Thales Cassiano na ConJurestá supimpa.

De novo: uma coisa é autonomia de trabalho; outra é querer ser soberano. Algo como “the king can’t wrong”. Acima da lei. Eis o problema da força-tarefa. E já era o problema de Moro.

Aras sabe. ConJur sabe. Gaspari sabe. Reinaldo Azevedo sabe. O grupo Prerrogativas sabe. De tudo. O Brasil sabe. Aliás, já o mundo sabe. Todos sabem o que eles fizeram no verão, no inverno, na primavera e no outono passados.

Bom, repito o slogan que lancei não faz muito. No romance À Espera dos Bárbaros, de Coetzee, o juiz descobre que havia tortura no forte e fica num dilema: o que fazer agora que sabe?

Diz o juiz, meditabundo:

“De forma que agora parece que meus anos de sossego estão chegando ao fim, quando eu poderia dormir com o coração tranquilo, sabendo que com um cutucão aqui e um toque ali o mundo continuaria firme em seu curso. Só que, mas, ai! eu não fui embora: durante algum tempo tapei os ouvidos para os ruídos que vinham da cabana junto ao celeiro onde guardam as ferramentas, depois, à noite, peguei uma lanterna e fui ver por mim mesmo.”

Torturavam. E agora, pensa o juiz, o que fazer?

Agora ele sabe… Sabe que sabe! Não dá para tapar os ouvidos.

Resta saber se quem deve saber já sabe que sabe. Porque todos nós sabemos que sabemos. Resta saber o que fazer quando se sabe que se sabe.

Que drama que deve ser isso. Quem hoje duvida da parcialidade de Moro? E da conjuminação da força-tarefa do MP na “lava jato” com Moro?

Outra vez: onde está o MP de Valadão? Onde está o MP da Constituição?

Quedo-me esperando as respostas!

Dr. Enildo Alves rebateu tese de colega para o uso de Invermectina

O médico e ex-vereador Enildo Alves voltou a contestar a tese do deu colega médico infectologista Fernando Suassuna em defender aplicação de cloroquina e cloroquina em pacientes diagnósticos com Covid17.
professor de Hematologia da UFRN e diretor do Banco de Sangue do Hospital das Clínicas do  Hospital Onofre Lopes, Enildo chega a afirmar que é uma irresponsabilidade abordar dessa forma o uso da cloroquina associada à Ivermectina. O que ele fala também vai de frente com o que tem defendido médico oftalmologista Albert Dickson em relação ao medicamento.

Segundo Enildo, a Ivermectina não pode ser tratada como a cura para a Covid-19. “Não há certeza, nenhuma medicação que cura a Covid, aqueles testes são in vitro, em laboratório”.

Para Enildo, outra medicação pode ajudar mais. “O Remdesevir, por exemplo, bastante usado nos EUA, reduz o tempo da doença em 15 ou 10 dias e atenua os sintomas, mas não cura e não evita a doença”, afirmou.

“Eu digo com segurança, o melhor tratamento para Covid é o isolamento social, ficar em casa, não ir para a rua, ficar 16 dias em casa a até a doença desaparecer e não contaminar mais ninguém”, disse.

O médico disse ainda “respeito bastante a opinião de Suassuna, mas Ivermectina não cura, pode ajudar mas muito pouco”, completou.

Além de contestar a Ivermectina, Enildo condena o uso da Cloroquina e também acredita haver sub notificação do número de casos de coronavírus no Brasil.

Á deriva no meio da tragédia

Bolsonaro e seu mais novo conselheiro Rogério Marinho 

Por Míriam Leitão

O mais espantoso na reunião é o conjunto. São duas horas repletas de palavrões e delírios, de escárnio e desrespeito com o país. O Brasil atravessando a sua pior crise em décadas, e em nenhum momento o presidente fala da pandemia como um problema que o preocupasse. Essa ausência choca. Suas falas coléricas são concentradas na defesa da sua família e dos amigos, no insulto aos adversários políticos, e em ordens para que os ministros defendam o governo. E sim, ele claramente quis interferir na Polícia Federal e disse que tem um sistema particular de informação. Na breve fala do ministro Nelson Teich, ele disse “a gente não é um barco à deriva”. Engano. Aquela reunião prova que o Brasil não tem governo, está à deriva no meio de uma tragédia.

Brasileiros morrendo sem respiradores, a doença já se espalhando de forma avassaladora pelo país, os governadores e prefeitos tomando medidas em desespero, pela ausência de uma orientação central, e o presidente acha que o importante era armar a população.

-Como impor uma ditadura no Brasil. O povo dentro de casa. Por isso eu quero, ministro da Justiça e ministro da Defesa, que o povo se arme. É a garantia de que não vai ter um filho da puta, aparecer para impor uma ditadura aqui. Não dá para segurar mais. Quero todo mundo armado, porque povo armado jamais será escravizado. Quero escancarar essa questão do armamento.

Os militares ministros do governo em silêncio diante da proposta de que a população seja toda armada para defender o país de quem o presidente define como inimigo. Enquanto isso já havia 2906 mortos e nos 30 dias seguintes iria passar de vinte mil. Mas aquelas pessoas que dirigem o Brasil se mobilizavam pelo risco suposto de pessoas serem presas e algemadas por prefeitos e governadores.

— Pego as minhas15 armas e vou usar para matar ou morrer se minha filha for presa — diz o presidente da Caixa.

A ministra Damares propõe que se prendam os governadores, mas há outros ameaçados.

-Eu por mim botava esses vagabundos todos na cadeia, começando no STF — disse o ministro da Educação, Abraham Weintraub, no meio de catarse cheia de palavrões, ao gosto do presidente, em que em nenhum momento, outra notável ausência, falou em educação.

Parte da reunião é dedicada a xingar a imprensa. Logo depois de dizer que entre os valores do seu governo está a liberdade de expressão, Bolsonaro ameaça os ministros caso falem com os jornalistas.

— A questão da imprensa, não pode falar nada, tem que ignorar esses caras, pautado por esses pulhas, se puder falar zero com a imprensa.
Em um dos muitos momentos escatológicos, Bolsonaro afirma:

— Na linha do Weintraub, o que os caras querem é a nossa hemorroida, a nossa liberdade.

Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente, vê na crise uma grande oportunidade.

-A oportunidade que nós temos agora que a atenção da imprensa tá voltada exclusivamente pro Covid… enquanto estamos nesse momento de tranquilidade porque a imprensa só fala de Covid, ir passando a boiada — e propôs que se fizesse o que ele acabou fazendo, portaria e instruções normativas para mudar as leis ambientais do país.

Essa ruína é o governo do Brasil. Alguns ministros aproveitaram para fazer lobby, como o do Turismo, em favor da liberação dos cassinos. Houve desentendimentos em torno da economia, se é o plano Marshall do ministro Braga Netto, ou as ideias do ministro Paulo Guedes, que, aliás, tem um explícito objetivo político:

-Nao pode ministro querer ter um papel preponderante esse ano e destruir a candidatura de um presidente, que vai ser reeleito se nós seguirmos o plano das reformas estruturantes originais.

Em outro momento, Guedes volta ao ponto:

— Vamos fazer todo o discurso da desigualdade, vamos gastar mais, precisamos eleger o presidente.

No meio dessa reunião enojante houve uma ou outra palavra de sensatez. O então ministro Moro lembrou que o combate à corrupção foi bandeira da campanha, o ministro Rogério Marinho avisou que “caiu um meteoro na nossa cabeça”, o então ministro Teich alertou que não tinha como abrir a economia porque “o medo impede que qualquer atividade tenha sucesso”.

O presidente disse sim, que iria interferir na Polícia Federal, se é prova de crime o que se busca. Mas o conjunto da reunião mostrou a miséria moral do governo. Este governo não merece o Brasil.

Com Alvaro Gribel (de São Paulo)

Por Dr. Enildo Alves: “Cloroquina mata e não traz nenhum benefício


Primo Renato Dantas – Falando Sempre a Verdade
Caríssimo amigo, hoje sabemos que o vírus causador da COVID-19, também chamado de Coronavírus , é um vírus muito frágil pois é formado por uma fina faixa de RNA (ácido ribonucleico) tendo como maior adversário agua com sabão, destrói muito mais que o álcool gel , possui um poder de replicação nunca visto na história moderna da medicina.
Até ontem (22/05/2020) havia 5 milhões de infectados em todo mundo , 1/3 nos EUA particularmente em Nova York , a Rússia apresentava 320 mil casos e o Brasil 310 mil entrando no triste pódio, hoje assumimos a segunda posição de forma definitiva com mais de 330 mil casos.
Hoje após 45 anos de formando em medicina, pós-graduado, mestre pela PUC Rio, residência no famoso HSE-RJ a época o melhor hospital para residência clínica do Brasil e tendo mais de 40 anos de docência na UFRN, não imaginava que um agente infeccioso tão frágil pudesse parar o mundo, digo com segurança o mundo será outro no pós Covid. Tenham certeza.
A minha explicação para o Covid evoluir para uma pandemia com repercussão em todo mundo é: iniciando pela China , viajando pela Europa como um turista e descobrindo toda a América e chegando com força no Brasil,sem duvidas foi um acidente ocorrido em laboratório de virologia na cidade de Wuhan.
Recentemente tivemos a saída de dois ministros da Saúde do atual governo (Mandeta e Nelson Teich), pela simples razão de recusar assinar qualquer protocolo que incluísse a cloroquina.
A opinião pública precisa saber que o Sr. Jair Bolsonaro , não assinou o protocolo recentemente divulgado e mais não foi assinado por nenhuma autoridade do Governo Federal, comprovando a temeridade de serem responsabilizados por seus atos.
E tem mais o protocolo do Governo Federal publicado no último dia 20/05/2020 não possui:
• – assinatura de um responsável
• – avisa que a Cloroquina poderá não trazer qualquer benefício,
• – afirma que o seu uso pode levar a morte,
• – obriga a quem for usar assinar um termo de responsabilidade.
Pergunto : Que Governo é esse que sabendo que o referido medicamento não traz benéficos comprovados ao paciente e pode levar o mesmo a morte . Indica seu uso?
Na minha opinião isso é uma irresponsabilidade do Governo Federal.
Abordarei um pouco a fundamentação cientifica comprovada de que a cloroquina não favorece os portadores do COVID e pode mata-los por graves arritmias cardíacas e tromboembolismo e em alguns casos cegueiras. A Universidade de Albany / USA fez um estudo de 1438 pacientes internados em 25 hospitais na cidade de Nova York , usou um grupo aleatório como placebo e concluiu: os que tomaram cloroquina e o grupo com placebo tiveram o mesmo resultado , ou seja a droga não traz qualquer benefício comprovado e pode matar. Estudos semelhantes forma feitos em Oxford na Inglaterra e na famosa Universidade de Beida na China considerada uma das melhores do mundo e chegaram também a mesma conclusão: QUE A CLOROQUINA NÃO PRODUZ RESULTADOS POSITIVOS.
Defendo o uso do Tamiflu antiviral, o antibiótico Azitromicina, Corticoide, complexos de vitamina ricos em zinco, a vitamina D e inclusive a Ivermectina de 6 mg atualmente usado como melhor anti parasitário (verminoses)
Recentemente fui testemunho vivo de dois amigos pacientes, atendidos em hospitais de Natal. Um deles internado no Hospital do Coração onde trabalho no dia 11/05 e teve alta no dia 21/05 e salvou-se quase por milagre, o plano de saúde me faz passar 6 horas deste dia 11/05 das 19:30 a 01:30, sem autorizar o internamento que era imprescindível para salva-lo, após esta espera desnecessária e critica devido a urgência o plano autorizou. Mas me faz refletir , quantos pacientes podem esperar este tempo para liberação?
Acredito que muitos pacientes com indicação de internamento em Natal estão falecendo por não ter sido internados na hora correta. Isso é um absurdo e condeno veementemente.
Faço um apelo pessoal e pela história que tenho na medicina do Rio Grande do Norte e hoje conhecendo bem a doença:
– Colegas médicos , hospitais e planos de Saúde parem de prescrever a Cloroquina para seus pacientes.
Se perguntem porque o Covid-19 acomete fora do Brasil pacientes da denominada terceira idade acima de 60 anos, com letalidade ente 1 a 2% . A Letalidade media incluindo paciente entre 20 e 55 anos e os da terceira idade no Brasil está entre 7 e 10%.
Tenho certeza de que em nosso pais muitas das mortes foram causadas por arritmias cardíacas e tromboembolismo(embolia pulmonar e AVC), causada pelo uso da Cloroquina, isso antes de sua regulamentação oficial , imagino agora o que irá acontecer com o uso indiscriminado?
Não há nenhuma publicação cientifica no mundo respeitável, informando que o uso da cloroquina traga algum benefício para contaminados pela COVID-19, incluindo o início da doença.
IMPLORO parem de usar a Cloroquina, retirem-na dos protocolos, pois ela não traz nenhum benéfico mas podem levar a morte.

*Enildo Alves / Clinico Hematologista / Professor Aposentado UFRN / Atualmente atuando no UNACON do Hospital do Coração