Arquivo diários:15/04/2015

No Dia mundial de Conscientização da alienação parental, um relato “Filha seu pai não ama você”

André Arruda
ACERTO TARDIO Rafaella, de 29 anos, com a foto do pai. “Fui usada como um fantoche por minha mãe. É triste.”

Revista Época: “Filha seu pai não ama você”

MARTHA MEMDONÇA

REVISTA ÉPOCA

Dos 8 aos 26 anos, a publicitária Rafaella Leme odiou o pai. Motivo não havia. Mas isso ela só sabe hoje, aos 29. Quando fez 5 anos, seus pais se separaram. A mãe tinha sua guarda e a do irmão mais novo. Rafaella ainda tem a lembrança inicial de voltar feliz dos fins de semana com ele. Eram passeios no Aterro do Flamengo, de bicicleta ou de skate. Mas, assim que ele arrumou uma namorada, tudo mudou – a começar pelo discurso de sua mãe. “Ela passou a dizer o tempo todo que ele não prestava, que era um canalha e não gostava de verdade da gente. Era assim 24 horas por dia, como um mantra”, afirma. Rafaella acreditou. Mais: tomou a opinião como sua.

Quando Rafaella era adolescente, o pai mudou-se para o Recife, a trabalho. Nas férias, ele insistia para que os filhos o visitassem. “Eu tinha nojo da ideia. Só ligava para ele para pedir dinheiro, para mim era só para isso que ele servia”, diz. Tudo piorou quando a mãe veio com a informação de que ele estivera no Rio de Janeiro e não fora procurá-los. Durante dez anos, Rafaella cortou relações com o pai. Por mais que a procurasse, ela preferia não retornar. Até que ele parou de tentar. O laço já frágil que existia se rompeu. Aos 26 anos, ela foi fazer terapia. No divã, percebeu que não tinha motivo para não gostar do pai. Resolveu procurá-lo. “Foi uma libertação. Por mais dedicada que minha mãe tenha sido, ela nos fez de fantoches, de arma contra o ex-marido.” Com a aproximação do pai, foi a vez de a mãe lhe virar as costas. Só um ano depois voltaram a se falar. Rafaella se emociona todas as vezes que conta sua história. “Só quem passa por isso e se dá conta sabe a tristeza que é”, afirma.

O relato de Rafaella é parecido com o de muitos filhos de pais separados – com a diferença do desfecho. Nem todos chegam à revelação de que foram vítimas da síndrome da alienação parental. O termo foi cunhado na década de 80 pelo psicanalista americano Richard A. Gardner. Significa um distúrbio mental causado pela campanha de difamação do genitor que tem a guarda contra o outro. Mães, na maior parte dos casos, já que, no Brasil, elas detêm a guarda das crianças em 95% dos casos de separação. Pode acontecer de várias maneiras, de não passar telefonemas e suprimir informações médicas e escolares a inventar motivos para que as crianças não vejam o ex ou mudar de endereço sem avisar. O mais grave, no entanto, é, como definiu o próprio Gardner, a “programação” para que a criança passe a não gostar do genitor que não vive com ela, o que se dá por palavras, atitudes silenciosas ou pela implantação de falsas memórias.

O número de casos de alienação parental no Brasil e a grita dos pais chegaram a um nível tão alto que provocou o Projeto de Lei 4.053/2008, que no último dia 15 foi aprovado pela Comissão de Seguridade Social da Câmara dos Deputados. O projeto, de autoria do deputado Régis Oliveira (PSC-SP), define e penaliza a alienação parental: o genitor que tentar afastar o filho do ex pode perder a guarda e, se descumprir mandados judiciais, pegar até dois anos de prisão. Há outros sinais de inquietação da sociedade com o assunto. Desde abril está sendo apresentado por todo o país o documentário A morte inventada. O filme, do cineasta carioca Alan Minas, de 40 anos, revela o drama de pais e filhos que tiveram seu elo rompido após a separação conjugal, além de apresentar a opinião de especialistas. Jovens falam de forma contundente e emocionada sobre como a alienação parental interferiu em sua formação. Pais dão testemunho sobre a dor da distância. Diante do inferno em que se transformaram suas vidas e da impotência diante disso, muitos desistiram – o que costuma ser o pior desfecho. Minas diz que foi o tema que o “escolheu”. Há mais de um ano ele foi afastado da filha, que hoje tem 10 anos. Sem entrar em detalhes, ele conta que sofre com a alienação clássica: campanha de difamação junto à criança, descumprimento da visitação e falsas acusações. “Como não encontrei voz como pai e cidadão, resolvi fazer o filme”, afirma. As salas de exibição têm estado cheias de pessoas com histórias parecidas. Nos debates e nas palestras que acontecem depois da apresentação do documentário, vítimas fazem questão de dar seu relato. A procura foi tamanha que A morte inventada saiu em DVD no mês passado.

Equipe de campanha diz que Hillary Clinton virá ao Brasil pedir conselhos de Lula e Dilma

O site de noticias norte-americano “News Times” e a coluna política do site “American Revolution”  publicam hoje (14) uma matéria sobre a candidata á presidência Hillary Clinton pelos Democratas.
Segundo o jornal, após anunciar oficialmente sua candidatura, a equipe de campanha já faz a agenda da candidata pela corrida pela eleição.
Minutos depois de anunciar no Twitter a sua candidatura à nomeação democrata para as eleições presidenciais de 2016 nos Estados Unidos, Hillary Clinton informava que estava a caminho do estado do Iowa, onde arranca o prolongado processo das primárias. “Vou entrar no trilho da campanha para ganhar o vosso voto”, escreveu a ex-secretária de Estado, que aparece em todas as sondagens como a favorita à vitória.

Só em meados de Maio, depois de Hillary completar uma ronda semelhante pelo New Hampshire, o segundo Estado a votar nas primárias, e de estarem abertas sedes de campanha em todos os 50 estados do país, é que está prevista a realização de um grande comício de campanha de âmbito nacional – local e data ainda não foram divulgados.
Hillary deve se encontrar com chefes de estado e políticos importantes pela América Latina e outros país no mundo inteiro.
Segundo a equipe de campanha, Hillary deve vir ao Brasil já em novembro deste ano, para se encontrar com a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula, nos quais ela considera “exemplos de líderes”.
Ela virá para pedir conselhos para modelo de governabilidade dos EUA, discutir futurar relações entre os países, além de conselhos econômicos e sociais.
Democrata considera o Brasil “exemplo de projeto que deu certo”, e quer levar exemplos do país para os EUA, tais como o Bolsa Família que Hillary defende desde 2008.

PSDB formula pedidos de renúncias de Dilma, Renan e Cunha

insanidade

 

Líder da oposição na Câmara dos Deputados disse que partido vai formular pedido de afastamento de Dilma, Renan e Eduardo Cunha

Segundo a colunista Vera Magalhães, o partido quer embasar a ação em pareceres de auditores e do Ministério Público junto ao TCU que apontam que o governo descumpriu a Lei de Responsabilidade Fiscal ao adiar repasses a bancos públicos para melhorar as contas em 2014.

Os tucanos decidiram surfar na onda da pesquisa Datafolha que mostrou que 63% apoiam abertura de processo contra Dilma.
O PSDB, de Aécio Neves, pediu que Miguel Reale Júnior, ministro da Justiça no governo FHC, elabore uma ação penal contra Dilma Rousseff em busca de viabilidade jurídica para pedido de impeachment.
Em artigo recente, o advogado Miguel Reali Jr. propôs uma saída inusitada para a crise política: as renúncias da presidente Dilma Rousseff, do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) e do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ); “Renúncia já: a única via em busca de pacto sério para reconstrução do País”
O líder da oposição na Câmara Federal, deputado Bruno Araújo (PSDB-PE), disse ontem que quer que o partido acelere a formalização de um pedido de afastamento da presidente. O parlamentar disse que deverá levar o sentimento da bancada ao presidente da legenda, o senador Aécio neves (PSDB-MG), durante a reunião que a cúpula da sigla realizará nesta terça-feira 14, em Brasília, e diz estar “confiante” que o senador ouvirá os tucanos.
“Minha posição é a de que chegamos ao limite de uma insatisfação clara e expressiva que deve ser construída, de forma legítima e dentro das regras constitucionais, em forma de um pedido de impeachment da presidente Dilma”, afirmou. Em sua avaliação, Aécio Neves “ouvirá de um conjunto muito expressivo da bancada federal que está na hora e o partido tem de avançar para formalizar um pedido de afastamento da presidente por todos os fatos que o Brasil conhece”

Depois de muita forçação de barra, Temer diz que Henrique Alves será nomeado ministro nesta quarta-feira

O vice-presidente Michel Temer, articulador político do governo, confirmou na noite desta terça-feira que o ex-deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) será nomeado ministro nesta quarta-feira.

Questionado se o ex-presidente da Câmara assumirá mesmo a pasta do Turismo, Temer evitou responder diretamente, seguindo para o carro que o aguardava em sua saída no Palácio do Planalto.

O vice-presidente, entretanto, afirmou que o atual titular do cargo, Vinicius Lages, “certamente será aproveitado”. A decisão de efetivar a troca foi tomada pela presidente Dilma durante reunião com aliados nesta terça-feira.

Conforme informou o Valor PRO mais cedo, a nomeação é uma vitória do vice-presidente Michel Temer, que enfrentava resistência do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), padrinho político de Lages.

Impasse na Câmara adia votação de projeto de lei da terceirização

Diante do risco de derrota do projeto que amplia a terceirização de trabalhadores, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), suspendeu nesta terça (14) a votação da proposta. O objetivo é ganhar tempo para negociações.

Segundo a Folha apurou, a repercussão negativa nas redes sociais fez o PSDB mudar sua posição favorável ao projeto, que já é combatido pelo PT e pela CUT. Para os opositores, o projeto vai precarizar o emprego e retirar direitos dos trabalhadores.

A suspensão foi articulada pelo deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), o Paulinho da Força Sindical. A central apoia o projeto, patrocinado pela Confederação Nacional da Indústria. A votação pode ser retomada nesta quarta.

Senado nega pedido de impeachment contra Toffoli

Ministro do STF é acusado de ter cometido crime de responsabilidade pelo procurador da Fazenda Nacional Matheus Faria Carneiro. Magistrado estaria envolvido de forma pessoal em julgamentos dos quais participou

 

A Mesa do Senado negou o pedido de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) José Antonio Dias Toffoli por suposto crime de responsabilidade. A denúncia foi feita pelo procurador da Fazenda Nacional Matheus Faria Carneiro e enviada na última quinta-feira (9) à Secretaria-Geral da Mesa.

O procurador alega que o ministro estaria envolvido de forma pessoal em julgamentos dos quais participou. O exemplo utilizado por Carneiro foi o caso do Banco Mercantil, em que Toffoli realizou empréstimos em 2011. Para justificar sua demanda, o procurador alega ter exercido um ato de cidadania.

“Busco restabelecer o sentimento de que os agentes públicos devem prestar contas a seus administrados. Acho que este ato pode ser o início de um novo paradigma, de outros cidadãos fazerem o mesmo também. Eu sou só mais um”, explicou.

A decisão foi comunicada ao plenário na abertura da sessão desta terça (14) pelo senador Valdir Raupp (PMDB-RO), que presidia os trabalhos. “A presidência determinou o arquivamento por inépcia da petição”, informou o peemedebista.