Mauro Cunha reclama que foi afastado do Comitê de Auditoria da estatal justamente porque não aprovou o balanço da empresa
Mauro Cunha, ex-integrante do Comitê de Auditoria da Petrobras, disse, nesta terça-feira (28), à CPI que investiga irregularidades na estatal que o prejuízo da empresa com corrupção foi maior que os R$ 6 bilhões estimados no balanço auditado da empresa, divulgado neste mês.
Segundo ele, esta foi uma das razões pelas quais ele se recusou a aprovar o balanço. “A Petrobras não pagou propina para ninguém, aparentemente. Esse valor foi calculado com base no depoimento do ex-diretor Paulo Roberto Costa, que disse que a propina representava 3% dos valores dos contratos. Corremos o risco de estar buscando valores inferiores aos prejuízos”, disse Mauro Cunha, durante audiência pública da sub-relatoria de Superfaturamento e Gestão Temerária na Construção de Refinarias da CPI.
Cunha disse que foi afastado do Comitê de Auditoria depois de se recusar a aprovar o balanço. Ele deu outras razões para isso. Segundo Cunha, não foram entregues a ele todos os documentos que solicitou para avaliar os números apresentados no balanço.