À Comissão de Mudanças Climáticas do Senado, Antônio Megale disse que a montadora vendeu 17 mil picapes Amarok com software que burla testes de emissões de poluentes
Em sessão da Comissão de Mudanças Climáticas do Senado, na manhã desta quinta-feira (12), o diretor da Volkswagen, Antônio Megale, admitiu que a filial brasileira da montadora vendeu 17 mil picapes a diesel Amarok com software que burla testes de emissões de poluentes. Em setembro deste ano, a empresa se envolveu em escândalo após a fraude ser descoberta nos Estados Unidos. Na época, a montadora revelou que vendeu cerca de 11 milhões de carros fraudados.
Quanto aos carros vendidos no Brasil, o diretor afirmou que a montadora fará um recall das picapes de ano-modelo 2011 e 2012 para corrigir o sistema fraudulento. Aos parlamentares, Megale revelou que a empresa foi pega de surpresa com a denúncia sobre a irregularidade nos veículos.
O escândalo veio à tona quando o governo estadunidense denunciou fraude em 500 mil veículos comercializados no país. Segundo os investigadores, o software burla os dados de emissão de poluentes apenas enquanto os carros estão sendo testados. Com isso, os veículos responderiam positivamente aos níveis exigidos pela legislação de cada país.
Após a descoberta, o presidente-executivo da empresa, Martin Winterkom, pediu desculpas pelo ocorrido e disse que “ferraram tudo”. No entanto, ele não comentou sobre vendas de veículos com software fraudado em outros países.