Ao contrário da “carnificina” que um manifestante havia mencionado nesta semana, transcorreu sem registros de violência a retirada de estruturas de acampamento de áreas gramadas em frente ao Congresso e ao Palácio do Itamaraty, onde grupos anti-Dilma e defensores do que chamam de “intervenção militar constitucional” estavam instalados há cerca de um mês. A ordem de desocupação foi decidida no início da noite da última quinta-feira (19), depois de reunião entre os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), com o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg. Na ocasião, um prazo de 48 horas foi estipulado para que o local fosse liberado.
O único momento de tensão, que não resultou em feridos ou teve consequências mais graves, foi quando a Polícia Legislativa Federal, responsável pela segurança do Congresso e seus arredores, começou a retirada das últimas barracas de acampamento armadas por grupos como Movimento Brasil Livre (MBL). Por volta das 19h, homens e mulheres com equipamento de choque avançaram sobre os ativistas e os retiraram, um a um, com seus pertences. Antes, uma negociação entre o comando da polícia e os líderes dos acampamentos promoveu a retirada de crianças que estavam no local.