Segundo a prima Mônica Bergamo, o empreiteiro Marcelo Odebrecht deu sinal verde para que diretores e ex-executivos da empresa façam delação premiada. Informado de que eles estudam colaborar com a Justiça, não apresentou resistência.
Marcelo Odebrecht resistiria, no entanto, a ser ele mesmo um delator.
A colunista da Folha de São Paulo revelou que um interlocutor que conviveu com o empresário nos últimos anos diz que, se um dia vier a assinar acordo de delação, ele não será seletivo –ou seja, fará revelação sobre tudo e todos, e não apenas sobre o PT.
A Odebrecht, como é público, fez contribuições a praticamente todos os partidos políticos do país. Na eleição presidencial, doou oficialmente R$ 8 milhões para a campanha do tucano Aécio Neves. E o dobro para a petista Dilma Rousseff.