Em entrevista coletiva a promotora Gilka Mata, informou que a Ceasa é responsável pelos alagamentos da ruas adjacentes e por isso tem que fazer obras de adequação para evitar transtornos aos seus vizinhos. Ela pediu e Justiça atendeu que a CEASA seja fechada até ser providenciada a adequação dos sistemas de esgotamento e de drenagem no local.
O Blog do Primo entrou em contado com servidores da Ceasa e tomou conhecimento que a alegação da promotora Gilka da Mata não tem respaldo em nenhum estudo técnico, nada aponta que a questão dos alagamentos são decorrentes da ‘impermeabilização’ da Ceasa. A promotora apenas juntou umas fotografias feitas por ela com servidores da SEMURB da Prefeitura de Natal que é a responsável pela drenagem águas pluviais em Natal.
Não foi ouvida a ARSBAN-Agência Reguladora de Serviços de Saneamento Básico do Município do Natal, que regulamenta toda questão de saneamento básico onde estão contemplados os itens de drenagem e coleta de efluentes, tratamento e destino final.
A cidade tem que está preparada para receber águas das chuvas e esgotamento sanitário, nenhum imóvel é responsável em coletar efluentes em muito menos drenar água da chuva, apenas tem que direcionar para as redes de coletas existentes.
Quando a Ceasa foi inaugurada recebeu autorização para funcionar e aprovados os quesitos referentes ao esgotamento sanitário e drenagem. Naquela época aquela área era desabitada, com construções de novas casas ocorreu um processo de impermeabilização que a Ceasa não tem responsabilidade de controlar e fiscalizar. A prefeitura de Natal não fiscalizou, os moradores cimentaram os terrenos de seus imóveis e à prefeitura pavimentou ruas. A promotora sabe disso, mas, fechar a Ceasa, interromper o abastecimento da cidade é para ela o mais viável. Tudo isso sem um estudo técnico assinado por engenheiros sanitaristas e órgãos competentes.
As obras de drenagem da área foi iniciada na atual gestão do prefeito Carlos Eduardo Alves com recursos da Copa do Mundo e até agora não foram concluídas.
Continuo dizendo que os donos dos grandes supermercados estão comemorando, e os pequenos comerciantes de produtos hortifrutigranjeiros nos pequenos mercadinhos e quitandas dos bairros de Natal estão apavorados, pois com o fechamento da Ceasa ele não terão onde comprarem para repor suas mercadorias.