Não consta sobre Dilma nenhuma denuncia, nada que comprometa seu nome em nenhuma fase da Operação Lava Jato ou qualquer outra investigação. Nem mesmo nas delações que podem ser derrubadas pela defesa.
Depois de tantas delações e agora com o inicio das divulgações dos diretores da Odebrecht quando foram incluídos o presidente Temer, Aécio Neves, Serra, Alckmin, Lula, Agripino, Jucá, Padinha, Geddel, Henrique Alves, Eduardo Cunha, Renan, Rodrigo Maia e tantos outros, não se ouviu falar no nome da ex-presidente Dilma Rousseff.
Nem apelido na lista da Odebrecht ela recebeu..
No Brasil é assim, pessoas honestas são engolidas pela injustiça.
O deputado Alceu Moreira (PMDB-RS) classificou como “vagabundo remunerado” o segurado atingido pela medida provisória (MP 739/2016) que visava alterar a concessão de benefícios pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Tirem vocês mesmo a dúvida: Assistam o vídeo abaixo:
O portal Memórias da Ditadura, o maior acervo online sobre a história da ditadura no Brasil, de 1964 a 1985, foi relançado hoje (10) na capital paulista. A partir de agora, o site passa a contar também com dados e informações da Comissão Nacional da Verdade (CNV). O portal, desenvolvido pelo Instituto Vladimir Herzog, tem acesso gratuito e todo o conteúdo é de domínio público.
“É um portal que traz a história da época da ditadura, e a maneira que ele é construído é para tentar fazer uma conexão do passado com o presente. Até porque vários temas daquela época estão voltando agora”, disse o diretor executivo do Instituto Vladirmir Herzog, Ivo Herzog.
Entre os novos temas presentes, estão a criação de mecanismos de prevenção e combate à tortura, a reforma na polícia, na segurança pública, e no sistema prisional. Também têm assuntos específicos, como as mulheres, os indígenas e a comunidade LGBT. O site passou a contar ainda com uma área exclusiva sobre a educação na ditadura, que está dividida em quatro partes: educação pré golpe; educação básica na ditadura; universidades e ditadura; e mercado editorial.
O portal, que hoje conta com mais de 1 milhão de caracteres, havia sido lançado originalmente no fim de 2014, quando a Comissão Nacional da Verdade ainda não tinha encerrado os trabalhos e produzido os relatórios finais. “A gente trouxe agora, essa área nova da CNV, mas também as várias comissões estaduais e municipais, e as de fora do país, para que as pessoas entendam o tema, o que é uma comissão da verdade, qual o papel dela”, afirmou Herzog.
O site, que atualmente chega a registrar picos de cerca de 20 mil acessos diários, tem mais de mil itens (posts) publicados, com centenas de imagens, centenas de vídeos e mais de 1 milhão de caracteres.
“O foco é um foco educacional, é um foco de formação. Além de ser uma grande base de consulta, a gente tem áreas com propostas de atividades para educadores. A gente tenta dar direcionamento para como usar esse material dentro da sala de aula”, destacou o diretor executivo do instituto.
O ex-vice-presidente de relações institucionais da Odebrecht, Claudio Melo Filho, entregou à Procuradoria-Geral da República um anexo de 82 páginas nas quais ele diz que cerca de quarenta políticos receberam 68 milhões de reais pagos pelo setor que a empresa chama de Área de Operações Estruturadas, que logo ficou conhecido como “departamento de propinas”.
“Na ocasião do aniversário de 50 anos de Geddel Vieira Lima, em março de 2009, demos, em nome da Odebrecht, um presente relevante a ele. Compramos um relógio Patek-Philippe, modelo Calatrava”, conta Cláudio Melo Filho em sua delação.
O relógio é este da foto acima e tem valor estimado em US$ 25 mil (R$ 84.322, na cotação deste final de semana).
A peça foi enviada ao ex-ministro da Secretaria de Governo de Michel Temer com um cartão assinado pelo patriarca Emílio Odebrecht, pelo ex-presidente da empresa Marcelo Odebrecht e pelo próprio delator.
O documento com a delação do ex-diretor de relações institucionais da Odebrecht traz mais que nomes influentes do Legislativo e Executivo e altos valores em propina –estimadas em R$ 22 milhões. Ele também revela um pouco da vida luxuosa dos políticos e empresários brasileiros envolvidos no esquema.
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Relógio Corum Admiral’s Cup
Além de Vieira Lima, outro presenteado foi Jaques Wagner. No aniversário do petista, em março de 2012, foi dado um relógio Hublot, modelo Oscar Niemeyer, no valor de aproximadamente US$ 2 mil. Em outra comemoração –Melo Filho não se lembra em que ano–, também foi enviado relógio. Desta vez, era da marca Corum, modelo Admirals Cup –estimado hoje, em US$ 4 mil.
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Joalheria Grifith (São Paulo)
Segundo o delator, todos esses modelos foram adquiridos na joalheria Grifith, localizada no shopping Cidade Jardim, em São Paulo. O local é conhecido por ser um dos centros comerciais frequentados pela classe alta da capital paulistana.
As reuniões entre Melo Filho e o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha (PMDB-CE), ocorriam na Secretaria de Aviação Civil, na Torre C do Edifício Parque Cidade Corporate, em Brasília. Com três torres de 12 pavimentos cada e sete subsolos com 4.825 vagas de carros, o edifício foi projetado para receber escritórios de grandes instituições. Em seus arredores encontram-se prédios do setor hoteleiro, shoppings e transportes.
No segundo andar da avenida Brigadeiro Faria Lima, 3900, em São Paulo, teriam sido realizados pagamentos de propinas ao senador Romero Jucá (PMDB-RR) em pelo menos duas ocasiões, em 2010 e 2012. Localizado em região nobre, o prédio já foi sede do banco BVA até 2012, ano em que faliu.
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Restaurante Lake’s (Brasília)
No documento, Melo Filho também disse: “enquanto Geddel [Vieira Lima] era deputado federal, por várias vezes frequentei o gabinete dele, além de termos, por algumas vezes, almoçado juntos em restaurantes de Brasília, como Lake’s, Piantella e Rubayat”. O Lake’s tem no menu pratos como confit de pato ao molho de frutas vermelhas e musseline de baroa; gastam-se entre R$ 91 a R$ 130 por refeição, segundo um site de roteiros culturais.
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Restaurante Piantella (Brasília)
Bem frequentado por políticos de Brasília, o Piantella tinha como slogan “Aqui, governo e oposição sentam-se à mesma mesa”. Tinha, porque o restaurante fechou as portas em 1º de setembro deste ano, no mesmo dia em que Dilma Rousseff foi afastada definitivamente da presidência. Era gerido por Carlos Almeida Castro, o Kakay, um dos advogados mais requisitados para livrar políticos e empresários envolvidos em escândalos de corrupção na Lava-Jato.
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Restaurante Baby Beef Rubaiyat (Brasília)
Já o Baby Beef Rubaiyat é uma filial brasiliense da famosa rede paulistana de churrascos. Instalado às margens do Lago Paranoá, ele tem um salão todo em vidro e em seu site se diz “ideal para refeições de negócios”. O preço médio, por pessoa, fica em torno de R$ 125.
O Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM) está novamente sem vigilantes e o médicos e servidores da urgência estão com medo..
Os seguranças suspenderam as atividades na sexta-feira, 09, devido ao atraso de quatro meses no salário por parte da Behring Segurança Privada, que presta serviços ainda no Hospital da Mulher e no Hospital Rafael Fernandes, em Mossoró.
A delação do ex-diretor da Odebrecht Claudio Melo Filho levou o governo de Michel Temer para outro patamar. Um patamar mais rebaixado. Políticos dos partidos governistas incluíram em suas análises a hipótese de o presidente não concluir o mandato-tampão que vai até 2018. Formaram-se entre aliados do presidente dois sólidos consensos: 1) as revelações do delator feriram gravemente o governo; 2) Temer precisa reagir rapidamente, sob pena de ser carbonizado pela Lava Jato.
O blog conversou com um congressistas amigo de Temer. Ele disse ter passado o sábado recolhendo impressões de outros parlamentares e de autoridades do governo. Pendurado ao celular, falou com onze pessoas, algumas delas citadas na delação. Não quis revelar os nomes. Mas contou que nenhum dos seus interlocutores menosprezou o potencial de combustão das revelações do ex-responsável pelo lobby da Odebrecht em Brasília.
Há, porém, uma divisão entre os governistas. A parte do grupo que inclui os delatados avalia que Temer ainda exibe capacidade de reação. Bastaria perseverar nas reformas. O outro pedaço receia que o governo Temer esteja irremediavelmente comprometido. Nessa visão, Temer está diante de uma adversidade que compromete sua pose de reformador. Além de estar pessoalmente envolvido, o presidente rodeou-se de amigos e auxiliaries tóxicos. Pessoas das quais ele tem dificuldades de se livrar.
De resto, a encrenca tende a aumentar. No total, 77 executivos e ex-executivos da Odebrecht estão suando o dedo. Ainda há muita lama por escorrer. Logo, logo Marcelo Odebrecht prestará depoimento confirmando, por exemplo, que participou de um jantar no Palácio do Jaburu, em 2014, em que foi mordido em R$ 10 milhões pelo então vice-presidente Michel Temer. Dinheiro saído das arcas do Departamento de Operações Estruturadas da Odebrecht (pode me chamar de “Departamento de Propinas.)”.
A popularidade do presidente Michel Temer (PMDB) despencou desde julho, segundo pesquisa do instituto Datafolha divulgada neste domingo pelo jornal Folha de S.Paulo. De acordo com o levantamento, 51% dos brasileiros consideram a gestão do presidente ruim ou péssima, ante 31% em julho.
Já aqueles que veem o governo do peemedebista como regular caíram de 42% para 34%. Os que avaliam a gestão como ótima ou boa passaram de 14% para 10%. Nesta pesquisa, 5% dos entrevistados afirmaram não saber avaliar o governo.