Arquivo diários:28/10/2019

Presidente Getúlio Batista empossa novo diretório do PTB em Parnamirim

O presidente estadual do PTB Getúlio Batista empossou o novo presidente do diretório do PTB no município de Parnamirim. O evento aconteceu neste sábado(26) na Câmara Municipal que ficou completamente lotado.
Em Parnamirim, o partido prepara uma forte nominata de pré-candidatos a vereadores. Na oportunidade foram empossados, Zico Moura (Presidente Municipal do PTB); Dannylo Thiago(vice-presidente): a presidente PTB mulher, Eliete e o presidente da JPTB, Guilherme.

Exames de Bruno Covas mostram tumor no trato digestivo

Exames médicos realizados pelo prefeito de São Paulo, Bruno Covas, apontaram neste sábado, 26, o surgimento de tumor no trato digestivo do tucano, de acordo com boletim médico publicado na noite deste domingo pelo Hospital Sírio-Libanês. Outros exames também diagnosticaram tromboembolismo pulmonar, ou seja, de bloqueio de artéria no pulmão.

Por conta do tumor, o prefeito será submetido ainda esta noite a uma laparoscopia, técnica de cirurgia menos invasiva, com a finalidade de se aprofundar o diagnóstico. De acordo com o hospital, os próximos resultados vão demorar alguns dias.

Na sexta, 25, Covas havia sido diagnosticado com trombose venosa das veias fibulares (de membro inferior). Ele está internado desde quarta-feira, 23, para tratar de uma erisipela, uma doença infecciosa da pele.

Prefeito Bruno Covas anunciou ponto facultativo na sexta-feira
Prefeito Bruno Covas anunciou ponto facultativo na sexta-feira
Foto: Tiago Queiroz/Estadão / Estadão Conteúdo

Covas recebeu o diagnóstico de trombose após realizar exames complementares, ainda durante a avaliação médica acerca da erisipela. Exames subsequentes diagnosticaram tromboembolismo pulmonar. Por isso, foi realizado um pet scan, que revelou o tumor.

O prefeito já havia sido atendido no pronto-atendimento do Hospital Albert Einstein na tarde de sábado passado. O motivo era também infecção de pele em um “membro inferior”, segundo nota divulgada pela Prefeitura. A erisipela costuma atingir as pernas com maior frequência.

Na ocasião, Covas havia recebido alta na mesma tarde, após ser submetido a exames e ter antibióticos prescritos para o tratamento. O prefeito havia cancelado sua agenda durante o fim de semana passado para ficar em repouso.

No Sírio-Libanês, Covas está sendo acompanhado por equipes médicas coordenadas por David Uip, Roberto Kalil Filho, Tulio Eduardo Flesch Pfiffer, Artur Katz e Raul Cutait. David Uip foi secretário estadual de Saúde durante a gestão do ex-governador tucano Geraldo Alckmin.

Hotel deve indenizar mulher que escorregou em festa de casamento

Um hotel terá que indenizar em R$ 40 mil uma mulher que escorregou no piso molhado e caiu durante uma festa de casamento, fraturando uma das pernas.

Mulher escorregou no chão da festa de casamento e teve diversas fraturas na perna direita

Ao aumentar o valor, fixado inicialmente em R$ 25 mil, a 4ª Câmara de Direito Civil do Tribunal de Justiça de Santa Catarina afirmou que o fato de a mulher estar alcoolizada não afasta a responsabilidade do hotel que, mesmo após ser avisado que o piso estava escorregadio, nada fez.

“Como aquele foi o único acidente ocorrido naquela noite, apesar de o chão não ter sido seco durante toda a festa, é razoável atribuir uma certa parcela de responsabilidade à autora, embora em pequeno grau, mas isso não afasta a responsabilidade maior da ré, pois é também de seu conhecimento notório como organizadora de eventos que as pessoas bebem e se embriagam”, afirmou a relatora, desembargador Hélio David Vieira Figueira dos Santos.

Em primeira instância, o hotel havia sido condenado a pagar R$ 25 mil à vítima. Após recursos de ambas as partes, o TJ-SC decidiu aumentar a indenização para R$ 40 mil, sendo R$ 20 mil pelo dano moral e R$ 20 mil pelo dano estético.

De acordo com o processo, o chão do local estava úmido e não havia qualquer placa de aviso. A mulher, uma das convidadas, escorregou e sofreu diversas fraturas na perna direita. Ela teve que fazer uma cirurgia e, além da cicatriz, perdeu 50% da capacidade motora do membro atingido.

STF quer remodular comunicação da justiça brasileira

Por Gabriela Coelho e Márcio Chaer

Para quem vê de longe ou jornalistas neófitos que caíram do caminhão de mudança, o Supremo Tribunal Federal entrou na pauta da sociedade porque seus ministros entregaram-se ao vedetismo ou decidiram roubar protagonismo do Congresso e do Poder Executivo. Ou porque choveu no Ceará.

STF quer remodular comunicação da justiça brasileira

Na verdade, o STF é uma construção social e jurídica com 211 anos de idade. Já foi bem menor. Mas superdimensionou-se pela vontade do Constituinte que em 1988 decidiu que a Corte deveria governar o país junto com o Parlamento e com o Executivo.

Demorou um pouco para cair a ficha. A velha guarda do Supremo por anos leu a Carta de 1988 com olhos de 1967. Mas, aos poucos, chegou-se ao tempo presente. Nem todos os ministros da jovem guarda contribuíram, mas o Supremo reconstruiu-se como um tribunal à altura dos países do primeiro mundo — a despeito da opinião dos cronistas de futebol e ex-jurados do programa do Chacrinha que se tornaram analistas do sistema judiciário.

O propósito deste texto, contudo, não é reescrever a história do STF, mas chamar atenção para as pontes que o tribunal criou para comunicar-se com a sociedade: seu site, a Rádio e a TV Justiça e a assessoria de imprensa. O alcance do sistema é limitado, como ocorre em países com o desenvolvimento cultural do Brasil. Mas o fato de as informações divulgadas serem interpretadas de forma estabanada não compromete a sua qualidade.

“Divulgar decisões ou corrigir notícias equivocadas, quando não mal-intencionadas, exige paciência, suor e lágrimas” — depõe o assessor-chefe da Presidência do STF, Adão Paulo Martins de Oliveira — “mas nosso papel é esse mesmo”, afirma.

Adão destaca o papel dos jornalistas credenciados, que cobrem o dia a dia do tribunal — mas nem sempre têm suas pautas valorizadas, já que a vida real espelhada nelas têm menos alcance que as construções imaginadas pelos colegas que jamais leram um processo ou acompanharam um julgamento.

Após viver uma série de ataques, o Supremo Tribunal Federal teve de sair da sua zona de conforto passiva da comunicação e foi obrigado a revê-la em uma busca por esclarecimentos e transparências dos atos que acontecem dentro e fora da corte.

Na próxima semana, o Supremo vai lançar uma página exclusiva da Presidência. No espaço haverá informações sobre atribuições, competências, galeria, vídeos passando por todos os presidentes que o Supremo já teve, além de informações da atual gestão.

A ideia surgiu pelo motivo que a corte está em ultraevidência, tanto como ataques quanto pelas decisões, muitas vezes polêmicas. Mas uma coisa é certeza: A desinformação é terreno fértil para notícias falsas, fofocas e intrigas.

Sazonalidade
Para fazer frente aos ataques destinados a oprimir o tribunal, o ministro Dias Toffoli, em março deste ano, abriu inquérito contra quem ataca os ministros e o próprio tribunal. Seis meses depois, foi constatado na deep web, uma zona da internet com conteúdo anônimo e ilegal, conluios para ataques terroristas à corte. Com a abertura do inquérito, a corte revela que houve uma diminuição de 80% dos ataques.

“Hoje a onda de agressões é sazonal. Depende do assunto que está sendo votado na corte, no plenário, nas turmas ou monocraticamente, os ataques se elevam”, diz Adão de Oliveira.

Padronização da Justiça
Outra ideia para deixar claro o papel do judiciário brasileiro e os seus atos vai acontecer no “Encontro Nacional dos Comunicadores do Judiciário”, entre os dias 5 e 6 de dezembro, uma parceria do Supremo com o Conselho Nacional de Justiça. Na ocasião, será lançada a ideia de um site que vai agregar todas as notícias de todos os tribunais do Brasil.

Nesse portal, não haverá hierarquia, as notícias importantes não serão somente do Supremo ou dos tribunais superiores com sede em Brasília. Notícias importantes de determinadas localidades ficarão em evidência no site. A comunicação trabalha para concluir o site ainda na gestão Toffoli.

Segundo a secretária-geral do Supremo, Daiane Nogueira, o objetivo é fortalecer o judiciário. “A ideia é criar uma comunicação integrada entre todos os tribunais do país e construir uma estratégia que vai aumentar a transparência do que acontece na justiça”, disse.

Tripé
Desde que tomou posse como presidente, Dias Toffoli defende um tripé: eficiência, transparência e responsabilização. Com isso, sua gestão criou campanhas em que são mostrados mitos e verdades da justiça brasileira.

Em junho, por exemplo, foi criado o Painel Multissetorial de Checagem de Informações e Combate a Notícias Falsas em parceria com veículos de comunicação, a OAB e entidades de classe de magistrados.

As notícias são checadas pelos jornalistas dos sites Aos Fatos, Boatos.Org, ConJur, Jota, Migalhas e UOL-Confere. Outros portais, como o Jusbrasil e Jus Navigandi participam da veiculação das checagens.

Uma das iniciativas do Painel é unir-se à campanha #FakeNewsNão, capitaneada pelo Conselho Nacional de Justiça, em parceria com tribunais superiores e entidades representativas da magistratura e propõe o compartilhamento de posts, vídeos, textos, artes que esclareçam os danos provocados por dados falsos e ensinem a população a identificar publicações suspeitas, impedindo a circulação de notícias falsas.

Em abril, também foi criada a campanha “Aqui Tem Justiça”, pelo CNJ, em parceria com os Tribunais Superiores e as associações de magistrados, o projeto busca aproximar os cidadãos das informações do Poder Judiciário por meio das redes sociais.

Demanda para a assessoria do tribunal há. A FGV constatou em recente estudo que os ministros do STF têm sido mencionados em média 230 mil vezes todos os dias no Twitter.

Na última semana de setembro, por exemplo, as menções aos membros do STF passaram de 1,6 milhão no Twitter, superando o maior pico alcançado em setembro de 2018. O ministro Dias Toffoli, atual presidente da corte, é o mais citado, tendo recebido, desde que assumiu o cargo, 3,4 milhões de tuítes.

Não é pouco. Ainda que esse público mal saiba distinguir uma ação judicial de um B.O. de delegacia. É bom saber que, no que depende do STF, ninguém pode reclamar da falta de transparência.

Conjur

Joice Hasselmann: ‘Como acho machismo cafona, acho feminismo cafona’

A deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) tem sido atacada desde que, em meio à crise de seu partido, foi destituída da liderança do governo no Congresso Nacional. As ofensas vêm, inclusive, de antigos aliados. E estão sendo feitas justamente no ambiente que foi fundamental para que ela obtivesse votação recorde em 2018: as redes sociais. “Sofro ataques machistas e canalhas de um grupo do qual Eduardo e Carlos Bolsonaro fazem parte”, afirma.

A parlamentar diz estar enfrentando o machismo pela primeira vez agora e acrescenta que se trata de algo tão “cafona” quanto o feminismo. “Eu vejo o feminismo como um machismo de sinal contrário”, diz. “A veia boa do início do feminismo foi distorcida demais.”

Deputada mais votada da história do País, com mais de 1 milhão de votos, Joice pode deixar a Câmara Federal em breve. Ela é pré-candidata à Prefeitura de São Paulo pelo PSL. “Eu só declinaria da candidatura à Prefeitura para algo maior. Algumas pessoas do meu partido já estão me procurando com essa intenção”, revela.

A seguir, os principais trechos da entrevista:

A senhora é uma mulher que se posiciona, que sempre trabalhou fora, que se diz pai e mãe dos filhos. Com esse papel de força, por que não defende o feminismo?

Eu vejo o feminismo como um machismo de sinal contrário. Como eu acho o machismo cafona, eu acho o feminismo cafona. A veia boa do início do feminismo foi distorcida demais, acabou virando um jogo de mulheres contra homens. Eu sou contra isso. A gente não tem de ser contra ninguém: é chegar, ocupar nosso espaço, pronto e acabou. Acho que a gente precisa refundar o movimento feminino no mundo todo, não só no Brasil, para conseguir valorizar o que a mulher tem de fato. Se houver uma ‘refundação’, posso até entrar nisso, mas para ser um movimento feminino. E não uma guerrinha de sexos.

A senhora falou que o feminismo perdeu a veia boa. Qual seria essa veia?

Lá atrás, houve vitórias como a conquista do voto, por exemplo. Mas isso não pode ser atribuído ao movimento feminista. E sim ao movimento de mulheres. Não havia naquele grupo só feministas. Estavam ali também donas de casa, que queriam cuidar do marido e dos filhos. Hoje, no entanto, vejo mulheres sendo criticadas porque querem se dedicar ao papel de mãe. Ou seja, o movimento feminista acaba ridicularizando mulheres que não optam por esse lado mais duro. Não conheço mulher mais dura e firme do que eu. Mas tenho de mesmo de ser feminista? Não, porque eu sou liberal e não quero impor nada para ninguém.

A senhora considera que já sofreu ataques machistas?

Nunca tinha sofrido nenhum ataque machista. Nunca houve um único caso, uma única gracinha na Câmara. Por quê? Porque eu cheguei com a alma preparada para enfrentar o que der e vier. As ofensas começaram agora. Eduardo Bolsonaro e Carlos Bolsonaro fazem parte do grupo que me ataca nas redes sociais. São mais do que ataques machistas, são canalhas. Emojis de porco, postagens me associando à (personagem de desenho animado) Peppa Pig, montagens.

Considera que o presidente Bolsonaro e seus filhos são machistas?

Não vi nenhuma manifestação pública do Flávio, por enquanto. Internamente, é outra coisa. O presidente também não falou nada. Prefiro dar a ele o benefício da dúvida de que é contra tudo isso que está acontecendo.

Apenas 15% dos cargos em disputa nas eleições do ano passado foram conquistados por mulheres. Como avalia a situação?

Quando você faz um comparativo, as mulheres são mais preparadas do que os homens em relação a estudo. Porém, ainda falta para algumas delas o preparo de alma. O preparo de coração, de vontade, de querer entrar na guerra, ir à luta e ganhar. Então, essa questão de cota me incomoda um pouco. Para mim, o mais importante é convencer a mulher de que ela deve entrar na política porque quer, para entregar algo para o País. Sou a prova viva de que não é preciso ter cotas. Fiz minha carreira sozinha no maior colégio eleitoral do País e trouxe mais quatro (deputados) comigo.

Como fazer para que mais mulheres ocupem espaço na política institucional? O que falta para que isso ocorra?

Financiamento é importante, mostrar a comunicação para mulher, o fazer campanha olho no olho. Por outro lado, nem acho que esse mundo (da política) seja tão masculino assim. Se eu estou em um lugar que tem cem homens e só eu de mulher, não me sinto intimidada. Por mim, tanto faz quanto tanto fez. Quebrar isso com o exemplo é o melhor caminho. Essa mulher que está aqui, brigando na Câmara, gosta de um batom, de unhas feitas, de um cabelinho escovado. É menina como todas elas. Mas que chegando aqui tem um papel de mulher forte.

Os últimos governos foram criticados pelo fato de contarem com poucas ministras. Qual a sua visão sobre o tema?

Não gosto dessa observação, como se você tivesse de ter uma cota. Mas os governantes precisam olhar um pouco mais para as qualificações das mulheres. Não venham me dizer que, para a formação de uma equipe ministerial, não há mulheres excepcionais no mercado. Nós temos mais tendência à conciliação, a conversar, a ouvir o contraditório, a não perder a paciência. A mulher pode usar na política a sensibilidade feminina e a força que tem para gerar e criar filhos.

Se existem mulheres conciliadoras e com currículo excepcional, por que não são escolhidas?

Você está perguntando para a pessoa errada. Precisa perguntar para quem nomeia. Particularmente, gosto de trabalhar com mulheres para algumas funções e não para outras. A questão do jeitinho da mulher e do jeitão do homem ajuda em alguns momentos. Para assessoria de comunicação, gosto de trabalhar com mulher, tem o jeitinho para falar com repórter. Mas meu motorista é homem.

Como é feita a articulação da bancada feminina, da esquerda à direita? Existe essa união?

A bancada feminina é organizada, é única, funciona bem quando as pautas não são polêmicas. Quando são, existe uma divisão até por causa da orientação partidária. Em temas de costumes, há divisão. Agora, em outras pautas a mulherada se junta. Define qualquer votação. São 77 mulheres. É maior do que qualquer bancada e consegue decidir o que quiser na Câmara.

A senhora tem um projeto de lei para endurecer a Lei Maria da Penha. Que outras pautas quer propor em prol das mulheres?

Não gosto de fazer pauta específica para mulheres, homens e crianças. A gente tem de pensar no Brasil. As minhas pautas são nacionais, como o combate à corrupção, a segurança pública… O meu projeto (PL 11/2019; a proposição está aguardando parecer na Comissão de Segurança Pública da Câmara) para mexer na Lei Maria da Penha não é uma pauta feminina. É pauta humana, em defesa das pessoas que estão sendo mortas no País. Há levantamentos mostrando que, após denunciarem a agressão, algumas mulheres são espancadas, violentadas e até mortas quando voltam para casa. E isso é feminicídio. Quero que o delegado possa analisar o caso e conceder medidas protetivas imediatamente.

Áudio indica que Bolsonaro conversou com Queiroz sobre demissão de laranja

Em outro áudio reproduzido pela Folha neste domingo, Fabrício Queiroz dá a entender que Jair Bolsonaro o comunicou sobre a intenção de demitir uma funcionária do gabinete de seu filho Carlos.

“Na época, o Jair falou para mim que ele ia exonerar a Cileide porque a reportagem estava indo direto lá na rua e para não vincular ela ao gabinete. Aí ele falou: ‘Vou ter que exonerar ela assim mesmo’. Ele exonerou e depois não arrumou nada para ela não? Ela continua na casa em Bento Ribeiro?”

Cileide Barbosa Mendes foi doméstica da família Bolsonaro e atuou como laranja do militar Ivan Ferreira Mendes, ex-marido de Ana Cristina Valle (Ana é ex-mulher do presidente).

Não é possível determinar quando ocorreu a conversa mencionada por Queiroz.

O Antagonista