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O guru dos bolsonaristas, o astrólogo e escritor Olavo de Carvalho, fez a Corte tremer no último final de semana e mostrou que tem, de fato, poder entre os mandachuvas de Brasília. Chamou o presidente de covarde, mandou ele tomar no c… e ameaçou derrubar seu governo, que ele classificou como “de merda, aconselhado por generais covardes ou vendidos”.
Entre os admiradores de Olavoestão os filhos de Bolsonaro, especialmente o 02, o vereador Carlos Bolsonaro, e o 03, o deputado federal Eduardo Bolsonaro. Já na madrugada de domingo, quando Olavo publicou um vídeo em suas redes sociais com duras críticas ao presidente, a turma dos panos quentes já entrou em campo e, segundo consta, com a anuência do próprio Bolsonaro.
Já na tarde de domingo o escritorparecia mais calmo e voltou às redes sociais para amenizar as críticas. Teria recebido indicativos de que um grupo de destacados bolsonaristas estava se mobilizando para ajudá-lo financeiramente.
Sim, porque a razão da ira de Olavo estaria no temor de que os vários processos a que ele responde na justiça o levem à falência. Só ao compositor e músico Caetano Veloso, ele foi condenado a pagar R$ 2,8 milhões. Ainda cabe recurso, mas o risco de derrota ao final da demanda judicial é grande.
À frente de uma vaquinha para ajudar Olavo de Carvalho está o empresário Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, conhecido nas redes sociais como veio da Havan, que o escritor, no mesmo vídeo em que ataca o presidente, chama de “palhaço”.
Para um governo cuja popularidade está em queda acentuada, Covid-19 matando de forma assustadora, economia em frangalhos, desemprego crescendo, não seria nada conveniente comprar briga com seu guru, que parece ter munição, a julgar pelas reações às ameaças, para provocar rombo ainda maior na imagem do presidente.
O risco é que, ao ceder à primeira chantagem do guru Olavo, outras possam vir. Essa novela, certamente, ainda não terminou.