Jornalista é agredido por policial ao filmar abordagem a grupo com indumentária nazista


Torcidas rivais e movimentos sociais ocuparam a avenida Paulista na tarde deste domingo (14/6). Cerca de dois mil manifestantes se reuniram contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), pela democracia e contra o racismo.

A poucos quilômetros dali, no Viaduto do Chá, centro da cidade de SP, cerca de 20 bolsonaristas se reuniram no ato pró-Bolsonaro. Em inglês, eles protestavam contra as medidas adotadas pelo governador João Doria (PSDB) contra o coronavírus. No cartaz, os manifestantes bolsonaristas queriam escrever pessoas morreram (died), mas escreveram pessoas tingidas (dyed).

Às 14h, torcedores do Palmeiras partiram da Praça do Ciclista para o Masp, na Avenida Paulista, onde os demais manifestantes estavam concentrados. Com bandeiras “pela vida e democracia” e “ditadura nunca mais”, o grupo se uniu as demais torcidas de times rivais: Corinthians, São Paulo, Santos e Portuguesa.

O efetivo policial na rua era grande. Além de acompanhar a manifestação, os PMs montaram um cercado metálico em torno da estátua de Anhanguera, bandeirante responsável por matar, estuprar e escravizar indígenas, localizada em frente ao Parque Trianon.

Logo no começo do ato, o repórter Luís Adorno, do Uol, teve a tela do celular quebrada pela PM, enquanto gravava as medidas adotadas pelos policiais com um trio de jovens com suásticas nas roupas. O jornalista foi empurrado pelas costas por um dos policiais militares

No vídeo que o repórter estava gravando é possível ver o diálogo entre um manifestante pró-democracia e a PM, que, até então, só havia pedido os documentos dele, ignorando a presença dos jovens com símbolos nazistas. Apesar das suásticas nas roupas, a Polícia Militar afirmou que os jovens não eram nazistas.

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