Após dois meses de funcionamento, o prefeito Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), anunciou o fechamento do hospital municipal de campanha para pacientes com Covid-19.
Montado em uma escola, o hospital não está mais recebendo pacientes. Com 180 leitos, tinha, até domingo (14), 46 internados. O espaço será desativado após eles serem atendidos, de acordo com a prefeitura.
Até a semana passada, o atendimento no local foi administrado e financiado pelo Grupo Samel, com apoio do Instituto Transire, ambos privados. Segundo a prefeitura, foram curados cerca de 570 pacientes, dos quais 28 indígenas. O número de óbitos não foi informado.
Após semanas difíceis, com hospitais colapsados e enterros coletivos, Manaus passou a registrar uma queda constante no número de mortos e internados desde o final de abril.
Na rede pública estadual, o Amazonas deve passar a receber pacientes com Covid-19 vindos de Roraima nos seus dois hospitais voltados exclusivamente para a doença.
O acordo está sendo costurado com a participação do Ministério da Saúde. A taxa de ocupação dos leitos de UTI para pacientes com o novo coronavírus é de 53%.
Nesta segunda-feira (15), Manaus começou a segunda etapa da reabertura gradual do comércio. Restaurantes e padarias já podem receber clientes, inclusive nas praças de alimentação de shoppings. Lojas de departamento também reabriram.
A cidade, no entanto, ainda registra mais mortos do que antes da epidemia. Levantamento da Fiocruz mostra que, na semana epidemiológica de 31 de maio a 6 de junho, houve 306 óbitos, cerca de 50% a mais que no mesmo período de 2019.
Concomitantemente com o declínio de óbitos em Manaus, a epidemia cresceu no interior do Amazonas, que já registrou o novo coronavírus em 60 dos 62 municípios. Atualmente, o interior concentra 59% dos casos confirmados no estado.
Até esta segunda, Manaus registrou 1.620 óbitos por Covid-19, dos quais 3 nas últimas 24 horas. A cidade acumula 23.138 casos confirmados.
FolhaPress