Arquivo diários:17/06/2020

MEC autoriza aulas a distância até o fim do ano para o ensino superior

O Ministério da Educação (MEC) vai publicar decreto autorizando aulas a distância no ensino superior até 31 de dezembro deste ano e também flexibilizando o estágio prático.

Até então, havia um decreto autorizando as aulas virtuais até meados do ano.

“Não imaginávamos que a pandemia fosse durar tanto. Então, ao invés de publicar um decreto todo mês, decidimos prorrogar até 31 de dezembro”, disse Marcio Coelho, diretor de política regulatória da Seres – Secretaria de Regulação e Supervisão de Ensino Superior do MEC , durante live promovida pela Associação das Mantenedoras do Ensino Superior (Abmes), que acontece nesta terça-feira (16).

Estágios
Os estágios práticos dos cursos de ensino superior poderão ser feitos virtualmente durante a pandemia, segundo Coelho. O diretor de política regulatória da Seres – Secretaria de Regulação e Supervisão de Ensino Superior do MEC informa ainda que, em algumas situações, não será possível usar a ferramenta de aulas on-line e esses casos serão analisados pelo MEC.

“A Seres [Secretaria de Regulação e Supervisão de Ensino Superior] está nos dando liberdade para definir como serão os estágios virtuais, mas as instituições de ensino precisam fazer isso com responsabilidade”, disse Celso Niskier, presidente da Associação Brasiliera de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES).

Luiz Roberto Curi, presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE), disse que os profissionais já trabalham remotamente e a qualidade dos estágios virtuais não deve ser afetada.

Blogueiro, amigo de Rogério Marinho diz que Alexandre de Moraes é ‘verme imoral’


O blogueiro Allan dos Santos, amigo íntimo do ministro Rogério Marinho, do canal Terça Livre, afirmou nesta terça-feira (16) que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes tem a conduta de um “verme imoral”. A declaração foi feita durante uma transmissão ao vivo na internet, após Allan ser alvo de um segundo mandato de busca e apreensão autorizado por Moraes.

“Mais uma vez, a PF aqui na minha casa, daqui a pouco a gente vai deixar sempre café da manhã (…). Alexandre de Moraes, usando a força policial, a força do Estado, jogando brasileiro contra brasileiro”, afirmou Allan.

“Moralmente falando, a sua conduta (Alexandre de Moraes), é a de um verme. Um verme imoral, deu para entender isso, Alexandre? Um verme, um lixo”, disse.

Consórcio de imprensa registra 1.338 mortes em 24 horas

Com os 37.278 novos casos, o Brasil atinge a marca de 928.834 diagnósticos da doença; total de óbitos é de 45.456

Sandy Oliveira

SÃO PAULO – Em novo recorde, o Brasil registrou mais de 37.278 mil novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas. No mesmo período, o País contabilizou 1.338 óbitos decorrentes da doença. No total, há 45.456 vítimas fatais, segundo dados do levantamento realizado pelo Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL junto às secretarias estaduais de Saúde.
Com os 37.278 novos casos, o Brasil atinge a marca de 928.834 diagnósticos da doença. No dia 31 de maio, o País alcançou a marca de 500 mil casos de covid-19 e em menos de 17 dias foram mais de 411 mil novas infecções.

Bolsonaro se irrita com operação contra aliados, e demissão de Weintraub deixa de ser certeza

por integrantes do STF como crucial para demonstrar a disposição do Executivo ao diálogo. (Photo: Adriano
Debora Álvares

Depois de avisar ao ministro da Educação, Abraham Weintraub, que precisará substituí-lo, Jair Bolsonaro, agora pondera se seguirá com o plano. Uma operação na manhã de ontem, terça-feira (16), que mirou aliados bolsonaristas próximos, porém, deixou o presidente “mais que irritado”, nas palavras de um interlocutor e fez os filhos, aguerridos defensores do chefe do MEC, elevarem os clamores pela permanência do ministro no cargo. Demitir o auxiliar nunca foi do agrado do mandatário, que assim procederia por pressão, agora em especial, do STF (Supremo Tribunal Federal).

A mando de Alexandre de Moraes, do STF, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços de mais de 20 pessoas, entre elas algumas próximas a Bolsonaro, como o blogueiro Allan dos Santos, e o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ). A operação ocorreu no âmbito do inquérito que investiga organizadores e financiadores de manifestações antidemocráticas, que pedem o retorno da ditadura militar e até a reedição do AI-5..

Nas palavras de fontes palacianas ouvidas pelo HuffPost nesta terça, o presidente ficou “furioso” com a ação da PF, que atinge mais uma vez seu núcleo. Aliados do presidente já tinham sido alvo de busca e apreensão, também a partir de um pedido de Moraes, mas no inquérito das fake news.

A demissão de Weintraub entra nesse cenário como uma moeda de negociação para distensionar a relação entre os Poderes Executivo e Judiciário. Do lado do STF, avalia-se que, a permanência do ministro, o que mais eleva o tom contra a Corte e seus integrantes, é um sinal negativo, de que o Planalto “não quer diálogo”, conforme um interlocutor de um ministro do Supremo.

Em uma reunião no fim da tarde de segunda (15), Bolsonaro comunicou a Weintraub que, por causa da pressão “enorme” do STF, precisaria substituí-lo. Disse que não o faria ainda, mas seria em breve. E que também não estava procedendo conforme uma vontade sua, que se dele dependesse, o ministro seguiria à frente do MEC. Ouviu então de Abraham Weintraub que, independente de para onde Jair Bolsonaro o mandasse, ele seguiria apoiando seu governo “incondicionalmente”.

O mandatário estuda uma “saída honrosa” para o chefe do MEC, cogitando inclusive uma embaixada para ele. Isso porque alguns ministros do STF avaliam que, se mantiver o discurso de ataques à Corte, Weintraub pode acabar preso.

Após identificar ameaça de bolsonaristas a bispo católico, Governo do DF volta a fechar Esplanada


RENATO ONOFRE

Um empresário, um publicitário e um investidor do setor imobiliário são alguns dos alvos da Operação da Polícia Federal deflagrada nesta terça-feira (16) por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
Batizada de Lume, em referência à necessidade de jogar luz ao esquema obscuro de financiamento de atos anti-democráticos que se instalaram em Brasília, a operação poderia chamar-se “Siga o dinheiro”.

Ao autorizar as investigações, em abril, o ministro disse ser “imprescindível a verificação da existência de organizações e esquemas de financiamento de manifestações contra a democracia” e da “divulgação em massa de mensagens atentatórias ao regime republicano, bem como as suas formas de gerenciamento, liderança, organização e propagação”.

A lista dos visitados pela polícia quase dois meses depois dão pistas de como fechar a torneira.

A investigação foi aberta a pedido do procurador-geral da República, Augusto Aras, após as manifestações de 19 de abril, que pediam o fechamento do Congresso, do STF e a reedição do AI-5, o ato institucional da ditadura que cassou e prendeu opositores do regime. O ato contou com a participação de Jair Bolsonaro, que subiu em uma camionete em frente ao Quartel General do Exército e saudou os manifestantes. “Estou aqui porque acredito em vocês”, discursou, na ocasião.

Venezuela denuncia Bolsonaro na ONU por negligência na pandemia da Covid-19

João Conrado Kneipp

O embaixador venezuelano afirma que o regime de Maduro tem tido “profunda preocupação” com o volume de casos confirmados de Covid-19 no Brasil.

O governo da Venezuela denunciou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na ONU (Organização das Nações Unidas)acusando-o de negligência frente à pandemia do novo coronavírus. A denúncia feita na segunda-feira (15) pelo regime de Nicolas Maduro partiu do embaixador da Venezuela na ONU, Samuel Moncada.
Segundo a carta enviada ao secretário-geral da organização, António Guterres, a Venezuela classificou a atuação de Bolsonaro como irresponsável e destacou sua “negligência criminal” com a pandemia.
O embaixador venezuelano afirma na carta que o regime de Maduro tem tido “profunda preocupação” com o volume de casos confirmados de Covid-19 no Brasil, com destaque para os estados de Amazonas e Roraima, que fazem fronteira com a Venezuela.

“Um fator que causa profunda preocupação a nossa nação é a porcentagem de casos confirmados de Covid-19 na população dos estados fronteiriços brasileiros do Amazonas e Roraima, onde há uma intensa transmissão comunitária do vírus. Em 15 de junho, por exemplo, todos os registros da Venezuela 3.062 casos confirmados, enquanto apenas os dois estados fronteiriços do Brasil tem mais de 62.000 casos confirmados”, alega Moncada.