Do inglês “fluente” ao curso de pós-doutorado não concluído, mentir no currículo é uma prática comum — e arriscada
Mentiras têm mesmo perna curta: pouco após sua nomeação como ministro da Educação, duas instituições onde Carlos Alberto Decotelli disse ter concluído seu doutorado e pós-doutorado questionaram as informações do seu currículo.
Segundo a Universidade de Wuppertal, na Alemanha, Decotelli esteve na universidade para uma pesquisa de três meses em 2016. Enquanto a Universidade de Rosário, na Argentina, afirmou que ele não teve sua tese de doutorado aprovada.
As revelações chocam, mas não são raridade para quem trabalha com recrutamento. Na verdade, 75% dos currículos enviados às empresas em 2018 no Brasil continham informações falsas, segundo levantamento da DNA Outplacement com base em 6 mil documentos.
Não é todo brasileiro que mente e nem sempre é sobre seu diploma. No entanto, a pesquisa descobriu que até 12% aumentam o grau de escolaridade e 10% adicionam cursos falsos ao documento.
Fonte: Exame