Anita Efraim
O governador de São Paulo, João Doria(PSDB), criticou o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante a condução da pandemia do coronavírus. Nesta sexta-feira, 26, completa-se um ano desde que o ministério da Saúde anunciou o primeiro caso de covid-19 no Brasil.
Doria começou a coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes parabenizando o centro de contingência, criado assim que o primeiro caso foi identificado. O paciente chegou da Itália ao estado de São Paulo. O tucano, então, criticou a atuação de Bolsonaro “O que fez o governo federal que, até hoje, não criou um centro de contingência para falar sobre essa crise?”, questionou.
“Não foi uma gripezinha. Que ainda não acabou e está se agravando”, afirmou. Doria criticou a fala de Bolsonaro da última quinta-feira, 25, durante uma live, quando minimizou a relevância do uso das máscaras. “Como pode um líder desdenhar da máscara? Como pode alguém recomendar a cloroquina como um medicamento salvador, se não é? Como pode um líder não ter vacinas? Não ter seringas para aplicar vacinas?”
Doria, envolvido nos acordos entre Instituto Butantan e SinoVac para importação da CoronaVac para o Brasil, disse que “se não fosse o Butantan, estaríamos sem vacinas no Brasil”. “Que triste o Brasil diante de uma circunstância tão grave como essa.”
Sobre a vacinação, o tucano anunciou que, em São Paulo, a vacinação de idosos entre 80 e 84 anos começará no próximo sábado, 27, e a de pessoas entre 77 e 79 anos será iniciada em 3 de março.
O governador ainda agradeceu aos profissionais da imprensa e disse que, sem os jornalistas, a situação da pandemia seria muito pior. Doria alfinetou Bolsonaro mais uma vez ao falar da imprensa. “Aqui todos os questionamentos são respondidos por nós, em nome da transparência”, disse. O presidente, em algumas ocasiões, se recusou a responder questionamentos de jornalistas.