Do UOL, em São PauloOs juros cobrados de consumidores e empresas subiram em outubro e atingiram o maior nível dos últimos seis anos, mostra pesquisa da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).
Segundo a pesquisa, na média, os juros cobrados dos consumidores passaram de 7,23% ao mês (131,1% ao ano), em setembro de 2015, para 7,3% ao mês (132,91% ao ano) em outubro de 2015. A taxa média atual é a maior desde abril de 2009.
Nos empréstimos concedidos a empresas, os juros médios, que eram de 4,12% ao mês (62,33% ao ano) em setembro de 2015, passaram para 4,16% ao mês (63,08% ao ano) em outubro de 2015. Esta também é a maior taxa desde abril de 2009.
Esses são números médios e podem variar para cada situação específica, porque os bancos oferecem taxas diferentes de acordo com o plano contratado pelo cliente e a relação entre eles (quem tem mais dinheiro no banco paga menos taxas).
Alta nas taxas de todas as linhas de crédito
A Anefac pesquisa, mensalmente, seis linhas de crédito voltadas para o consumidor. Em outubro, todas tiveram as taxas elevadas:
- Juros do comércio: de 5,32% ao mês em setembro para 5,35% ao mês em outubro
- Cartão de crédito: de 13,59% em setembro para 13,73% em outubro
- Cheque especial: de 10,24% em setembro para 10,36% em outubro
- Financiamento de automóveis: de 2,20% em setembro para 2,22% em outubro
- Empréstimo pessoal/bancos: de 4,20% em setembro para 4,24% em outubro
- Empréstimo pessoal/financeiras: de 7,80% em setembro para 7,90% em outubro
A associação inclui em sua pesquisa três linhas de crédito voltadas para as empresas. Todas subiram em outubro, na comparação com setembro.
- Capital de Giro: de 2,44% ao mês em setembro para 2,48% ao mês em outubro
- Desconto de duplicatas: de 2,89% ao mês em setembro para 2,91% ao mês em outubro
- Conta garantida: de 7,03% ao mês em setembro para 7,10% ao mês em outubro
A expectativa da Anefac é que, diante do cenário econômico atual, que aumenta o risco de elevação dos índices de inadimplência, a tendência é de que as taxas de juros das operações de crédito voltem a subir nos próximos meses.